Na Língua Portuguesa, as frases são classificadas em afirmativas e negativas. Nas frases afirmativas não é necessário a presença de palavras afirmativas para que o seu sentido afirmativo seja mantido. As frases negativas, por sua vez, necessitam de uma palavra com sentido negativo responsável por indicar a negação da frase. Os advérbios desempenham, habitualmente, essa função.
Advérbios e locuções de afirmação:
certamente;
sim;
decerto;
certo;
efetivamente;
com efeito.
decididamente;
com certeza;
de fato;
seguramente;
na verdade;
por certo;
realmente;
sem dúvida;
Advérbios e locuções de negação:
nunca;
não;
nem;
tampouco;
jamais;
negativamente;
de forma alguma;
de modo algum;
de maneira nenhuma.
de jeito nenhum;
Frases afirmativas
As frases afirmativas são responsáveis por afirmações, tal como:
Minha mãe gosta daquele ator.
Ontem ela foi ao cabeleireiro.
Obviamente ele pediu ajuda.
A janela da casa está muito suja.
Eu fui selecionada no processo de seleção da Universidade.
Frases negativas
As frases negativas são aquelas responsáveis por expressar negações, tal como:
Minha mãe não gosta daquele ator
Ontem ela não foi ao cabeleireiro.
Obviamente ele não pediu ajuda.
A janela da casa não está muito suja.
Eu não fui selecionada no processo de seleção da Universidade.
Nas frases negativas, a transmissão da noção de negação se dá através de um advérbio de negação, tal como: nunca, nem, não jamais e tampouco.
Classificação das frases afirmativas e negativas
As frases afirmativas e negativas são classificadas segundo o tipo das frases (frases interrogativas, declarativas, frases imperativas, frases optativas e frases exclamativas). Transversais aos tipos de frases, as frases afirmativas e negativas podem ocorrer nos diversos tipos.
Frases interrogativas
Utilizadas para realizar uma pergunta, as frases interrogativas terminam num ponto de interrogação se for uma interrogação direta e num ponto final se for uma interrogação indireta.
Frase interrogativa afirmativa: Você escutou o que ela disse? Frase interrogativa negativa: Você não escutou o que ela disse?
Frases declarativas
Utilizadas a fim de transmitir uma informação ou para constatar um fato, as frases declarativas terminam num ponto final.
Frase declarativa afirmativa: Aquele aluno escorregou no pátio do colégio. Frase declarativa negativa: Aquele aluno nunca escorregou no pátio do colégio.
Frases imperativas
Utilizadas para dar ordens ou conselhos, bem como realizar pedidos, as frases imperativas terminam num ponto de exclamação ou num ponto final.
Frase imperativa afirmativa: Pare já com isso! Frase imperativa negativa: Nunca pare com isso!
Frases optativas
Utilizadas para expressar vontades e desejos, as frases optativas terminam num ponto de exclamação.
Frase optativa afirmativa: Espero que dê certo! Frase optativa negativa: Espero que não dê certo!
Frases exclamativas
Utilizadas com o objetivo de expressar emoções e sentimentos, as frases exclamativas terminam num ponto de exclamação.
Frase exclamativa afirmativa: Você já está pronto! Frase exclamativa negativa: Você não está pronto!
Os pronomes empregados em orações interrogativas, sejam elas diretas ou indiretas, são os chamados pronomes interrogativos. Os pronomes interrogativos são: quem, que, quais, qual, quanta, quanto, quantas, quantos.
Os pronomes interrogativos se referem sempre à 3ª pessoa gramatical e apresentam uma significação imprecisa e indeterminada, esclarecida somente pela resposta dada à interrogação.
Exemplos de orações interrogativas diretas:
Quem fez essa torta?
Que dia é hoje?
Quanto custa a entrada para o teatro?
Qual dos dois é mais bonito?
Exemplos de orações interrogativas indiretas:
Queria saber quem fez essa torta.
Perguntei que dia é hoje.
Informe quanto custa a entrada para o teatro.
Diga, na sua opinião, qual dos dois é mais bonito.
Os pronomes interrogativos quem e que são invariáveis. O pronome qual, por sua vez, flexiona-se em número (quais) e o pronome quanto flexiona em gênero (quanta, quanto, quantas, quantos).
Emprego do pronome interrogativo
Pronome interrogativo quem
1. O pronome interrogativo quem pode se configurar como um pronome substantivo.
Exemplos:
Não ignore quem te ajudou.
Quem será aquela atriz?
Perguntei quem era o responsável por aquela bagunça.
2. O pronome interrogativo quem pode ser empregado como predicativo do sujeito (de um sujeito que esteja no plural) em frases que contenham o verbo ser.
Exemplo:
Quem eram os visitantes?
Quem sois?
Você sabe quem são os visitantes?
Pronome interrogativo que
1. O pronome interrogativo que pode ser um pronome substantivo quando apresenta o sentido de “que coisa”.
Exemplos:
Que teria acontecido?
Que foi aquilo?
Não sei que disse a aluna ao professor.
2. O pronome interrogativo que pode ser um pronome adjetivo, quando tem o sentido de “que espécie de”.
Exemplos:
Que sentimento é esse?
Que vendaval passou por aqui?
Não sei que pessoa era capaz de fazer isso.
Pronome interrogativo quanto
O pronome interrogativo quanto pode se configurar tanto como um pronome substantivo como um pronome adjetivo.
Exemplos:
Quantos anos fez?
Quantos são vocês?
Verifique quantas caixas serão necessárias para a mudança.
Pronome interrogativo qual
O pronome interrogativo qual geralmente é utilizado como pronome adjetivo.
Exemplos:
Qual é o objetivo da fofoca?
Qual a razão desse comportamento?
Diga-me qual desses alunos falou com você.
Emprego exclamativo dos pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos podem ainda ser utilizados em orações exclamativas.
Na Língua Portuguesa, são denominadas de advérbios as palavras responsáveis por modificar um adjetivo, um verbo ou outro advérbio. Os advérbios são flexionados em grau (comparativo e superlativo) e divididos em advérbios de modo, lugar, negação, intensidade, tempo, dúvida ou afirmação.
Também existem os advérbios que exprimem exclusão (somente, só, salvo, exclusivamente, apenas), inclusão (inclusivamente, também, ainda, mesmo, até) e ordem (depois, ultimamente, primeiramente).
Como os advérbios são classificados?
Os advérbios são classificados segundo as circunstâncias que eles exprimem nas orações, podendo ser:
Melhor, pior, bem, mal, assim, adrede, devagar, depressa, debalde, acinte e grande parte das palavras que terminam em “-mente”, tais como: calmamente, cuidadosamente, tristemente, dentre outras.
Exemplos:
Foi bem na avaliação.
Estava caminhando depressa por causa da tempestade.
Considerados palavras invariáveis, os advérbios não sofrem flexão de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino). Entretanto, os advérbios são flexionados nos graus superlativo e comparativo.
Grau superlativo
No Grau Superlativo, o advérbio pode ser:
Sintético: quando é formado pelo sufixo -íssimo, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.
Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito baixo.
Grau comparativo
No Grau Comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de inferioridade, igualdade ou superioridade.
Inferioridade: formado por “menos + advérbio + que” (do que), por exemplo: Minha casa é menos perto que a casa de Sílvia.
Igualdade: formado por “tão + advérbio + quanto” (como), por exemplo: Joaquim fala tão baixo quanto Pedro.
Superioridade: formado por “mais + advérbio + que” (do que), por exemplo: Ana anda mais depressa que Carolina.
Na Língua Portuguesa, o substantivo primitivo refere-se às palavras originam outras e que foram constituídas há algum tempo por meio das influências externas. Além do substantivo primitivo, há outros tipos de substantivos, onde cada um classifica palavras distintas.
São palavras pertencentes ao grupo das primitivas todas aquelas cuja criação se deu por meio de influências vindas de fora, de outras línguas e de outros países. NaLíngua Portuguesahá diversos substantivos primitivos, e tais palavras têm sua origem em outras nacionalidades.
Há influências oriundas do Grego, do Latim, do Inglês, do Francês, do Árabe, dentre outras regiões. Tais influências contribuíram e deixaram seus legados na Língua Portuguesa atual. Confira alguns exemplos abaixo:
• máquina: provindo do Latim machina • sapato: palavra originária do árabe sabbat • cafuné: essa palavra veio do quimbundo e ela é escrita kafundu • quilo: vem do grego khylós • alface: esse termo tem origem árabe e é escrito al-hassa • piano: esse termo é procedente do Italiano e tem como tradução a palavra pianoforte • xampu: vocábulo de origem latina, ela veio do inglês Shampoo • azul: palavra natural do Persa e originalmente chama-se lazward • batom: proveniente do francês bâton • gelo: ele é descendente do latim e tem como tradução gelus
Confira algumas orações com a presença dos substantivos primitivos citados acima:
A máquina está quebrada, por isso demorou.
Tinha um sapato na minha janela, mas não sei de quem era.
Me acostumei a dormir com cafuné na cabeça.
O quilo do feijão está caro demais.
A alface está bem verdinha.
O meu namorado toca piano.
Ontem fui ao supermercado e esqueci de comprar o xampu.
O vestido de Ana era preto com azul.
O batom era vermelho, mas parecia que era rosa.
Tinha muito gelo naquela máquina.
Substantivo primitivo e substantivo derivado
Diversos substantivos primitivos dão origem a outras palavras na Língua Portuguesa, que podem ter diversas classificações: adjetivos, verbos ou ainda outros substantivos. Quando um substantivo origina-sea partir de outro, ele é chamado de substantivo derivado.
Tal processo pode acontecer de duas maneiras:
Derivação: quando a palavra é originada a partir do acréscimo de afixos à palavra original.
Composição: quando a palavra é originada a partir de duas ou mais palavras unidas para formar uma nova.
Nos dois casos, o radical se mantém, entretanto o substantivo derivado apresenta variações com relação à palavra que lhe deu origem.
Outros tipos de substantivo
Os substantivos podem ser classificados da seguinte forma:
– primitivo ou derivado;
– simples (substantivo que conta com apenas um radical) ou composto (substantivo que conta com mais de um radical, formado a partir da composição de duas ou mais palavras);
– comum (que se trata do nome genérico usado para um mesmo grupo de substantivos) ou próprio (nome que especifica esse substantivo dentro do grupo no qual ele está inserido);
– concreto (substantivo cuja existência não depende de outro ser) ou abstrato (substantivo cuja existência depende de outro ser);
– coletivo (nome dado a um conjunto de substantivos pertencentes à mesma categoria ou ao mesmo grupo).
A apresentação das falas das personagens de uma narrativa feita pelas palavras do narrador configura-se, na Língua Portuguesa, como discurso indireto. As personagens não se exprimem livremente nesse tipo de discurso, já que o narrador fala pelas personagens.
São exemplos de discursos indireto:
Foi então que ela afirmou que estava exausta de tanto esperar.
O desconhecido questionou o horário estabelecido pela companhia de viagem.
Todas as manhãs minha mãe me dizia para ficar esperta na aula.
Discurso indireto livre
O discurso indireto livre distingue-se do discurso indireto pois nele acontece a introdução das falas exatas da personagem no meio da narração sem qualquer indício da mudança da voz do narrador para a voz da personagem.
Discurso indireto: Pedro chegou cansado do trabalho. Apenas tinha vontade de se jogar na cama, mas afirmou que ia para a universidade depois do almoço. Ele sabia que tinha de cumprir com suas obrigações. Discurso indireto livre: Pedro chegou cansado do trabalho. Apenas tinha vontade de se jogar na cama. Eu vou para a universidade depois do almoço. Ele sabia que tinha de cumprir com suas obrigações.
Quais são as características do discurso indireto?
O discurso indireto tem como principais características:
Narração sempre realizada na 3.ª pessoa;
Reprodução da essência das falas das personagens feita pelas palavras do narrador;
Ocorre com a intervenção do narrador como intermediário entre o leitor e as personagens;
Após o verbo de elocução, há uma conjunção (que ou se) que separa a fala do narrador da fala da personagem;
É introduzido por verbos de elocução que anunciam o discurso (dizer, perguntar, responder, comentar, falar, observar, retrucar, replicar, exclamar, aconselhar, gritar, murmurar);
O narrador também utiliza as suas próprias palavras para reproduzir as reações e personalidade das personagens.
Artigos, na Língua Portuguesa, configuram-se como palavras responsáveis por acompanhar os substantivos, indicando o gênero (masculino ou feminino) e o número (singular ou plural) de tais substantivos. São quatro os artigos indefinidos:
Um: artigo indefinido indicativo do masculino singular: um aluno.
Uns: artigo indefinido indicativo do masculino plural: uns alunos.
Uma: artigo indefinido indicativo do feminino singular: uma aluna.
Umas: artigo indefinido indicativo do feminino plural: umas alunas.
Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) indeterminam os substantivos, caracterizando eles de maneira indeterminada, vaga, generalizada e imprecisa. Desta forma, os seres e objetos não são particularizados e nem individualizados. Confira alguns exemplos de orações com artigos indefinidos:
Estou buscando um companheiro de viagem. (um companheiro qualquer)
Estou buscando uma companheira de viagem. (uma companheira qualquer)
A escola vai contratar uns educadores novos. (uns educadores quaisquer)
A escola vai contratar umas educadoras novas. (umas educadoras quaisquer)
Contração de artigos com preposições
A contração dos artigos indefinidos acontece com as preposições “em” e “de”.
Artigos indefinidos contraídos com a preposição em:
em + um = num
em + uns = nuns
em + uma = numa
em + umas = numas
Artigos indefinidos contraídos com a preposição de:
de + um = dum
de + uns = duns
de + uma = duma
de + umas = dumas
Exemplos de contração de preposições com artigos:
Ele está precisando dum dia na praia e duma bela noite de descanso.
Isso apenas seria possível num país justo ou numa outra República.
Emprego dos artigos indefinidos
Os artigos indefinidos são usados:
Com números, quando indica aproximação numérica – uns quarenta.
Para enfatizar – um amargor de pessoa.
Na distinção entre substantivos homônimos – uma capital e um capital.
Para comparar alguém com uma figura conhecida – um Elvis Presley.
Para referir obras de um artista – um Picasso.
Para indicar uma pessoa de uma família – um Alves.
Na substantivação de outras classes gramaticais – um andar desajeitado;
Exemplos de uso dos artigos indefinidos:
Está sentido uma enxaqueca enorme!
Acho que ela já tem uns trinta anos…
Não se percebe de cara que ele é um Albuquerque?
Artigos indefinidos e artigos definidos
Os artigos também podem ser classificados como artigos definidos. Tal classificação em artigos definidos e artigos indefinidos tem por base a capacidade de determinar ou indeterminar os substantivos.
Artigo indefinido: indetermina o substantivo – um ditador. Artigo definido: determina o substantivo – o ditador.
Transcrição fonética, na Língua Portuguesa, é a ferramenta linguística que utiliza um sistema de símbolos a fim de representar a fala, simulando como ela seria produzida. A transcrição fonética não somente utiliza símbolos que transcrevem vogais e consoantes dos diversos idiomas, como também pode apresentar demais aspectos da pronúncia, tal como o acento ou a tonicidade.
Um alfabeto específico conhecido como “Alfabeto Fonético Internacional” (International Phonetic Alphabet) foi criado por linguistas para padronizar as transcrições. Tal alfabeto é usado em todo o mundo para representar os sons (fones) da fala de forma mais precisa.
Os sons transcritos são apresentados entre colchetes por meio dos símbolos de tal alfabeto fonético. Isso é o que acontece na transcrição fonética de tais palavras, como pronunciadas no dialeto mineiro: mole [ˈmɔlɪ], mala [ˈmalə], moço [ˈmosʊ], moça [ˈmosə]. Em tais exemplos, a sílaba tônica de cada palavra é marcada pelo símbolo (ˈ).
A fala é representada de forma mais direta através da transcrição fonética somente nas relações biunívocas. Assim, naquelas relações em que cada símbolo representa somente um fone da Língua ou som. As pronúncias diferentes para uma palavra, descrita de uma única forma na ortografia, apresentam transcrições distintas. Isso, por exemplo, acontece com a palavra dia. Existe uma única forma ortográfica para esta palavra, mas existe ao menos duas maneiras de transcrição fonética, em função de pronúncias distintas: por exemplo, a transcrição [ˈdʒiə], para a pronúncia “djia”, realizada no Rio de Janeiro (RJ) e a transcrição [ˈdiə], realizada em Campinas (SP). Desta forma, a transcrição fonética possibilita a visualização da fala de uma forma mais eficiente, através do uso de sinais gráficos próprios.
A anástrofe ou inversão, na Língua Portuguesa, configura-se como uma figura de linguagem, um recurso que usamos na linguagem oral e escrita a fim de aumentar a expressividade da mensagem. A anástrofe refere-se a uma inversão leve da ordem normal das palavras em uma oração, acontecendo tal inversão predominantemente por antecipação de uma palavra que complementa outra, ou seja, em palavras correlativas. A ideia de que na anástrofe acontece também a inversão entre o sujeito e o predicado é defendida por diversos autores.
O realce de uma ideia ou palavra, bem como a criação de um determinado efeito surpresa na oração, é possível pelo uso de anástrofes. Tal figura de linguagem é amplamente utilizada nas poesias a fim de se cumprir com as exigências do verso relativamente às rimas e à métrica.
Exemplos de anástrofe:
Para todos os amigos mandou beijos.
Ao primo, ele deu um livro.
Que faço eu com essa angústia minha?
Correto, eu acredito que seja!
Exemplos de anástrofe na literatura:
“Sabe mortos enterrar?” (J.C. Melo Neto) “Tão leve estou, que nem sombra tenho.” (Mário Quintana) “À espada em tuas mãos achada.” (Fernando Pessoa) “Memória em nós do instinto teu.” (Fernando Pessoa) “Passarinho, desisti de ter.” (Rubem Braga)
Anástrofe x hipérbato x sínquise
Tanto a anástrofe como o hipérbato e a sínquise são figuras de construção ou de sintaxe relacionadas à estrutura das frases. Tais figuras têm como característica a inversão da ordem normal das palavras em uma oração. São diferencias apenas através da intensidade com que tal inversão acontece.
Na anástrofe acontece uma inversão suave que gera apenas um ligeiro efeito surpresa e enfático na oração. No hipérbato acontece uma inversão brusca que, embora possa comprometer a clareza da mensagem, não influencia no entendimento e sentido da mensagem. Na sínquise, por sua vez, acontece uma inversão tão intensa e excessiva que prejudica o sentido da mensagem e a torna obscura e ininteligível.
São denominados verbos regulares todos aqueles verbos que não sofrem alterações em seu radical ao serem conjugados. Outra característica dos verbos regulares é que eles mantêm a mesma desinência do verbo paradigma(modelo), ou seja, terminado em –AR (paradigma da primeira conjugação), –ER (paradigma da segunda conjugação) ou –IR (paradigma da terceira conjugação).
Para compreendermos melhor:
Radical: trata-se da parte principal da palavra, onde reside seu significado. Assim, CANT- é o radical do verbo CANTAR, por exemplo.
Desinência: trata-se da parte final da palavra e, no caso dos verbos, indica número (singular ou plural), pessoa (primeira, segunda ou terceira), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo (pretérito, presente ou futuro).
Confira o exemplo:
O verbo falar (radical: fal-) não tem o seu radical modificado ao ser conjugado em qualquer pessoa e tempo: falei, falassem, falariam.
Quando os verbos amar (1ª conjugação), vender (2ª conjugação) e partir (3ª conjugação) são conjugados, um modelo é seguido. Desta forma, quando o radical é substituído, temos as terminações de número, tempo, pessoa e modo válidas para a maior parte dos verbos.
Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem
Futuro do presente: partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão.
Futuro do pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos, partiríeis, partiriam.
Exercícios resolvidos
Exercício 1 – Analise os enunciados abaixo e assinale a alternativa que apresenta um verbo regular.
A) Reflito, todos os dias, sobre a minha existência.
B) Desisto de buscar respostas para as minhas dúvidas.
C) Durmo mal todas as noites da minha triste vida.
D) É incrível que eu ainda perca tempo com você.
E) Não lhe peço muito, meu amor, só aquilo que é justo.
Resolução
Alternativa B. O verbo “desistir” é um verbo regular.
Exercício 2 – Leia este trecho do romance Recordações do escrivão Isaías Caminha, do escritor pré-modernista Lima Barreto:
Trazia na mão esquerda um caniço que distendia um arame de pescaria; com a direita, auxiliado por uma varinha, vibrava dolentemente a corda, enquanto balbuciava qualquer coisa. Ia de grupo em grupo, tangendo o seu monocórdio extravagante. Cantava talvez uma ária de uma extravagante beleza, certamente só percebida por ele e feita pela sua alma para a sua alma… Tocava e esperava esmolas. Em todas as fisionomias, havia decerto piedade, comiseração, e mais alguma coisa que não me foi dado perceber. Era constrangimento, era não sei o quê…
O preto tinha os pés espalmados e, com a cecidez e a velhice, andava de leve, sem quase tocar no chão, escorregava, deslizava — era como uma sombra…
Sob aquele sol muito forte, à rebrilhante luz daquela manhã de verão, por entre tanta gente rica e forte, aquele seu instrumento infantil, a puerilidade da música, o seu aspecto de sombra, juntavam-se para dar um relevo cortante à sua miséria e à sua fragilidade… Ele, com a sua resignação e miséria, e o sol, com a sua força e indiferença, tinham um certo acordo oculto, uma relação entre si quase perfeita. O negro ia… Ia tocando já sem forças a plangente música das recordações do adusto solo da África, da vida fácil de sua aringa e do cativeiro semissecular!
Analise os verbos em destaque e marque a alternativa que apresenta APENAS verbos irregulares extraídos do texto.
A) Trazia, distendia, vibrava.
B) Balbuciava, ia, cantava.
C) Tocava, esperava, havia.
D) Foi, era, tinha.
E) Escorregava, deslizava, juntavam-se.
Resolução
Alternativa D. Dos verbos em destaque, são irregulares: “foi”, “era”, “tinha”.
Palavras grandes, na Língua Portuguesa, são aquelas que apresentam 20 ou mais letras.. Existem diversas palavras grandes na língua portuguesa. Algumas costumam ser usadas com frequência, enquanto outras são mais utilizadas em áreas específicas, tal como a medicina, a química e a biologia.
A derivação e composição das palavras dão origem às palavras grandes, pois possibilitam a junção de diferentes radicais e da junção de sufixos e prefixos.
Palavras grandes de uso constante
Com 29 letras, Anticonstitucionalissimamente é a maior palavra dicionarizada não técnica da Língua Portuguesa, seguida por Oftalmotorrinolaringologista, com 28 letras; Inconstitucionalissimamente, com 27 letras; Anticonstitucionalístico, com 24 letras.
Exemplos de palavras com 21 letras
interconfessionalismo;
pluridisciplinaridade;
inconstitucionalmente;
desprofissionalização;
desincompatibilização;
multidimensionalidade;
contrarrevolucionário;
desproporcionadamente;
multidisciplinaridade;
desinstitucionalizado;
inconstitucionalidade;
extraterritorialidade;
transdisciplinaridade.
pluridimensionalidade;
interdisciplinaridade;
interdisciplinarmente;
desconstitucionalizar;
Exemplos de palavras com 22 ou 23 letras
otorrinolaringologista (22 letras);
desconstitucionalização (23 letras).
desinstitucionalizador (22 letras);
desinstitucionalizando (22 letras);
esternocleidomastóideo (22 letras);
anticonstitucionalmente (23 letras);
anticonstitucionalismo (22 letras);
Exemplos de palavras com 21 a 27 letras
carbobenzoxiaminoácido (22 letras);
abdominoisterectômico (21 letras);
dimetatarsoquartifalângico (26 letras);
bromobenzenossulfônico (22 letras);
duodenopancreatectômico (23 letras);
cineangiocoronariografia (24 letras);
amidoazobenzossulfônico (23 letras);
cloroiodonitrobenzênico (23 letras);
colpocisturetrocistostômico (27 letras);
dacriocistossiringotômico (25 letras);
acetilparafenilenadiamínico (27 letras).
electrofototermoterapêutico (27 letras);
aminoacetopirocatequina (23 letras);
alcoilbenzenossulfonático (25 letras);
Palavras de uso técnico
Com 46 letras, Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é a maior palavra técnica dicionarizada da Língua Portuguesa, seguida pelas palavras:
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, com 46 letras;
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose, com 44 letras;
paraclorobenzilpirrolidinonetilbenzimidazol, com 43 letras;
piperidinoetoxicarbometoxibenzofenona, com 37 letras;
dimetilaminofenildimetilpirazolona, com 34 letras;
Na Língua Portuguesa, a regência verbal e a regência nominal tratam-se de um processo em que um determinante termo rege outro termo determinado a ele, responsável por estabelecer uma relação de subordinação entre eles. A subordinação costuma ser marcada pela preposição que liga um termo ao outro, bem como pela ausência dela.
Como a regência verbal ocorre?
A regência verbal, tal qual seu nome denuncia, configura-se como a relação de subordinação entre um verbo e outro termo, podendo ser este tanto o complemento como a preposição.
Assim, quando um verbo é intransitivo (necessita de complemento) ou transitivo direto (necessita de complemento, entretanto sem preposição), afirma-se que ele não é regido por preposição. Confira os exemplos:
→ verbo + complemento
Os estudantes tinham boas notas.
Ela adorava pilotar a própria moto.
Eles finalizaram o trabalho?
Nos exemplos vistos acima, não houve necessidade do verbo precisar ser regido por nenhuma preposição para dar sentido ao enunciado.
Quando o verbo é transitivo indireto, é correto afirmar que uma preposição “rege” esse verbo. Em outras palavras, a preposição é necessária para ligá-lo ao seu complemento e atribuir o significado adequado ao enunciado. Confira os exemplos:
→ verbo + preposição + complemento
Eles opinaramsobre o caso.
É verdade que ela se separou do Pedro?
Eu me dediquei para conseguir a nota.
Nos exemplos vistos acima, o verbo é regido por uma preposição cuja finalidade é ligado ao complemento para atribuir sentido ao enunciado: opinar sobre, separar-se de, dedicar-se para. O verbo depende da preposição, ou seja, está subordinado a ela.
Verbos com mais de uma regência
A importância da preposição é tamanha que, inúmeras vezes, o mesmo verbo pode ser regido por preposições diferentes para indicar significados diferentes. Confira os exemplos:
→ Assistir/assistir a
Sem preposição (transitivo direto) = “ajudar”, “auxiliar”: A enfermeira assistiu o médico durante a operação.
Com preposição (transitivo indireto) = “ver”, “presenciar”, “acompanhar”: Eles já assistiram a esse filme diversas vezes, gostaram muito.
→ Aspirar/aspirar a
Sem preposição (transitivo direto) = “cheirar”: Aspiraram os perfumes e optaram pela melhor fragrância.
Com preposição (transitivo indireto) = “ter por objetivo”, “pretender”: Aspirava a melhores vagas de emprega.
→ Custar/custar a
Sem preposição (transitivo direto) = “ter valor”: Aquele vestido custou muito caro.
Com preposição (transitivo indireto) = “ser custoso a alguém”: Custouao garoto abrir mão da sua vontade.
→ Informar/informar a
Informa-se algo a alguém, portanto, é transitivo direto e indireto, tendo os dois complementos: Informei o acontecimento à gerente e ao supervisor.
→ Implicar/implicar com
Sem preposição (transitivo direto) = “ter consequências”: O cancelamento da compra implicará uma multa.
Com preposição (transitivo indireto) = “provocar”, “irritar”, “antipatizar”: Os meninos viviam implicando com o mais novo.
→ Visar
Sem preposição (transitivo direto) = “olhar”, “avistar”, “assinar”:
O vendedor visou o cliente / A professora visou a prova.
Com preposição (transitivo indireto) = “ter por objetivo”, “pretender”:
Eles visavamao cargo mais alto da empresa.
Quais são as diferenças entre regência verbal e nominal?
A regência nominal também pode se referir à relação de subordinação entre dois termos. Contudo, enquanto a regência verbal trata da relação entre um verbo e seu complemento, a regência nominal é responsável por tratar da relação entre nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e seus complementos.
Um nome possui a mesma regência do verbo do qual deriva. Confira exemplos:
Numerais fracionários são tipos de numerais que têm a finalidade de indicar a diminuição proporcional de determinada quantidade. Deste modo, os numerais fracionários são responsáveis por indicar uma divisão em partes de determinada quantidade. Veja os exemplos:
Se pelo menos metade da turma tivesse vindo…
A questão já foi resolvida por um quarto dos alunos.
Conforme visto acima, o numeral indica a divisão de determinada quantidade. No primeiro exemplo, a divisão em duas partes (“na metade” ou “1/2”) da turma; no segundo, a divisão dos alunos em questão de quatro, indicando que apenas os alunos de uma dessas quatro partes finalizaram a questão até o instante apresentado (“um terço” ou “1/3”).
Os numerais fracionários costumam ser antecedidos por um numeral cardinal, cuja função é indicar o número das partes. Confira o exemplo:
Ele foi responsável por um terço do projeto.
No exemplo acima, o termo “um” é um numeral cardinal. Já o termo em negrito, um numeral fracionário. O numeral fracionário está dividindo o projeto em questão em três partes. O cardinal, por sua vez, está indicando o número de partes do projeto que ficou de responsabilidade do sujeito da oração, ou seja, apenas uma das três partes.
Como os numerais fracionários são flexionados?
Os numerais fracionários têm uma regra de flexão fácil de ser entendida. Com exceção de “meio”, os numerais fracionários sempre concordam em número com o cardinal que o antecede. Portanto:
Uma metade -> Duas metades;
Um terço -> Dois terços;
Um quarto -> Dois quartos.
Portanto, são flexionados em singular e plural. Entretanto, com exceção de “meio”, eles nunca variam em gênero.
Com o numeral fracionário “meio” acontece o oposto, pois ele nunca varia em número. Portanto:
Cinco quilos e meios de cimento (Errado!).
Cinco quilos e meio de cimento (Correto!)
Todavia, os numerais fracionários variam em gênero, flexionando-se tanto em masculino quanto em feminino. Veja:
Andou quatro quilômetros e meio ontem (Masculino);
Termo responsável por se juntar a outro de valor pronominal ou substantivo a fim de explicá-lo ou especificá-lo melhor, o aposto é separado dos demais termos da oração através do travessão, vírgula ou dois-pontos. Confira o exemplo:
Amanhã, sexta-feira, passarei a noite no quiosque da praia.
Sexta-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo amanhã. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Confira:
Sexta-feira passarei a noite no quiosque da praia.
Obs.: após a eliminação de amanhã, o substantivo sexta-feira assume a função de adjunto adverbial de tempo.
Confira outro exemplo:
Aprecio
todos os tipos de literatura:
Terror, romance, drama, científica, etc.
Objeto Direto
Aposto do Objeto Direto
Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função:
Aprecio
Terror, romance, drama, científica, etc.
Objeto Direto
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de aposto). Por Exemplo:
Tio Pedro visitava o sobrinho, pai de Jéssica, moça bonita.
Analisando a oração, temos:
pai de Jéssica = aposto do objeto direto sobrinho.
moça bonita = aposto de Jéssica.
Como o aposto é classificado?
O aposto pode ser classificado em explicativo, enumerativo, resumidor ou recapitulativo, comparativo, distributivo ou aposto de oração, de acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere. Confira
a) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.
b) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.
c) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.
d) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.
e) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.
f) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.
Além dos vistos acima, há ainda o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo é responsável por individualizar um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a diretamente a ele ou através uma preposição, sem que ocorra pausa na entonação da frase. Confira o exemplo:
A poetisaCecília Meireles criou obra de expressão simples e temática profunda. A avenidaPaulista está muito longe do rioSão Francisco.
É chamado de epiceno todo o substantivo responsável por nomear específicos animais, além de possuir somente um gênero gramatical. Desta forma, o substantivo epiceno não pode variar gramaticalmente em feminino e masculino. Entretanto, será que todos os substantivos responsáveis por nomear animais são epicenos? De que forma podemos especificar o sexo da espécie no caso dos substantivos epicenos?
Os substantivos epicenos nomeiam determinados animais, possuindo apenas uma forma, que serve para ambos os gêneros, não variando em masculino e feminino. Observe os exemplos:
O tatu;
O elefante;
A cobra;
A mariposa.
Note que os substantivos vistos apresentam somente um gênero gramatical. Assim, não há “o mariposa” ou “mariposo” na Língua Portuguesa.
Mesmo eles possuindo somente um gênero gramatical, há seres de ambos os gêneros. Para se referir ao sexo específico do animal, é necessário fazer uso das palavras “macho” e “fêmea”, como “o macho da mosca” ou “tigre fêmea”.
É valido destacarmos que nem todo substantivo que nomeia animais é um substantivo epiceno.Por exemplo, “cachorro” não é um substantivo epiceno, pois possui a forma flexionada no gênero feminino: “cadela”.
Confundir “a gente” com “agente” é um erro comum que muitas pessoas cometem na Língua Portuguesa. Afinal, em quais situações devemos usar cada uma das opções, já que as duas são possíveis?
Como diferenciar a gente de agente?
Quando escrito de maneira separada, “a gente” tem o significado de “nós”. Já quando está escrito de forma junta, “agente” tem o significado de pessoa que age, que pratica alguma ação.
Exemplos de frases com a gente e agente:
A gente fala com o agente de execução amanhã.
O agente imobiliário chamou a gente para uma reunião.
A gente descobriu que ele era um agente secreto.
O agente da firma disse que não iria colaborar com a gente.
A gente perguntou ao agente da polícia uma informação.
Quando devemos usamos “a gente”?
Quando a locução pronominal “a gente” é utilizada, ela tem o significado de “nós”, pois se trata de uma locução semanticamente equivalente a esse pronome pessoal.
A expressão “a gente” deve ser conjugada na terceira pessoa do singular: a gente fala, a gente quer, a gente sabe, a gente vai…
A gente
Nós
A gente quer saber o fato. A gente não vai à praia hoje. A gente já conversou sobre aquilo.
Nósqueremos saber o fato. Nós não vamos à praia hoje. Nós já conversamos sobre aquilo.
“A gente” também pode indicar todas as pessoas em geral.
Toda a gente testemunhou como ele ficou feliz.
Todos observaram como ele ficou feliz.
Quando devemos usar “agente”?
Ao substantivo comum “agente” ser utilizado, pretendemos indicar uma pessoa que realiza determinada ação, ou seja, o agente da ação. Também pode indicar uma pessoa que administra uma agência, um guarda policial, um intermediário em negociações comerciais ou um agente secreto.
Agente
O agente da polícia deteve o suspeito. Ninguém tem certeza sobre quem é o agente secreto. Resolva esses problemas com o seu agente. A exigente cantora demitiu o seu agente publicitário.
Originado de outra palavra, comumente pelo radical, o substantivo derivado pode ser prefixal, sufixal, parassintético, regressivo ou impróprio, de acordo com a forma que ele altera o substantivo primitivo para originar o derivado.
Pode-se afirmar que o substantivo derivado trata-se de uma classificação de substantivo. Ele é chamado assim devido ao fato do seu nome se originara partir de outro substantivo, ou seja, é derivado de outro nome. Ele também pode ser oriundo de um substantivo primitivo ou de outro substantivo derivado. Assim, é possível que um substantivo derivado seja criado com base em outro substantivo derivado.
Exemplos de substantivos derivados
Confira exemplos de substantivos derivados e as palavras que deram origem.
palavra primitiva
substantivo derivado
neta
bisneta
teatro
anfiteatro
forno
fornalha
terra
território
carne
carnaval
Tipos de derivação
A derivação pode acontecer de formas diferentes, dependendo de como altera a palavra da qual o substantivo derivado é originário.
Derivação prefixal: acontece pelo acréscimo de um prefixo.
Ex.: som → ultrassom
Derivação parassintética: ocorre pelo acréscimo de um prefixo e de um sufixo.
Ex.: laço → enlaçamento (em + laço + mento)
Derivação regressiva: acontece pela redução de uma palavra primitiva.
Ex.: cantar → canto (“O canto dele é muito afinado.”)
Derivação sufixal: ocorre acrescentando-se um sufixo.
Ex.: roupa → roupagem
Derivação imprópria: não ocorre mudança na forma da palavra, porém ocorre mudança semântica, ou seja, da palavra primitiva cria-se a palavra derivada, que, apesar de ter a mesma forma, tem um novo sentido.
Ex.: saber (verbo) → saber (substantivo) (“A força nunca supera o saber.”)
Como os substantivos derivados são usados?
Das palavras que utilizamos no nosso dia a dia, algumas são substantivos derivados sem que a gente perceba. Confira:
“Os pedreiros conhecem muito bem esse terreno.”
“O anticlímax da história foi surpreendente.”
“Tentou armar uma ratoeira para pegar os ratos.”
“Ainda não sei usar esse aplicativo.”
“Aquela floricultura tem grande variedade de flores.”
Quais são as diferenças entre substantivo derivado e substantivo comum?
O substantivo comum trata-se de todo substantivo de nome genérico a um grupo de seres ou coisas, não identificando os indivíduos de tal grupo. Por sua vez, o substantivo derivado configura-se necessariamenteum nome que surge de outro nome, comumente com base num radical em comum.
Na Língua Portuguesa, o tritongo trata-se de um fenômeno fonético que configura-se no encontro de uma vogal e duas semivogais em uma mesma sílaba. Além disso, os tritongos são classificados em nasais e orais.
Vogais e semivogais
Vogais: são conhecidos como vogais os fonemas sonoros que não possuem obstáculos na cavidade bucal durante a pronúncia, pois esta encontra-se totalmente aberta para a passagem do ar. São elas que dão base para a sonoridade da sílaba, sendo assim silábicas. Confira:
me-ni-na
Perceba que, somente com a presença das vogais, é possível pronunciarmos as sílabas que compõem a palavra “menina”.
Semivogais: as semivogais caracterizam-se por uma tonicidade mais fraca em relação à vogal que serve de base para as sílabas. Assim, chamam-se semivogais o i e u (orais ou nasais) quando acompanham uma vogal em uma mesma sílaba e são assilábicas. Confira:
Pa-ra-guai
Perceba que a vogal “a” possui uma sonoridade maior do que as semivogais “u” e “i”.
Confira as seguintes palavras:
Iguais
Enxaguou
Nota-se que são trissílabos:
I-guais
En-xa-guou
Note nos exemplos acima que a última sílaba de cada palavra possui o encontro de uma vogal com duas semivogais:
I-guais (semivogal + vogal + semivogal)
En-xa-guou(semivogal + vogal + semivogal)
O tritongo, portanto, é o fenômeno fonético expresso pelo encontro vocálico formado por uma semivogal + uma vogal + uma semivogal.
Além dos tritongos, também tratam-se de encontros vocálicos:
Ditongo – encontro de vogal e semivogal V + SV ou SV + V na mesma sílaba: cau-da, lin-gui-ça, bei-jo.
Hiato – encontro de duas vogais (V + V) em sílabas distintas: pa-ís, cu-ri-o-so, ra-iz.
Tritongos nasais
Os tritongos nasais são aqueles emitidos pela boca e pelas fossas nasais. Exemplos:
uem: en-xá-guem
uão: sa-guão
uõe: sa-guões
Tritongos orais
Os tritongos orais são aqueles emitidos pela boca. Exemplos:
Quando uma frase não apresenta um verbo em sua composição, ela é classificada como frase nominal. As frases nominais são maioritariamente formadas por adjetivos, substantivos e advérbios. São exemplos de frases nominais:
Coisa esquisita…
Que bonita!
Atenção, moça!
Tenebroso…
Grande projeto!
Que bagunça!
Boa noite a todos!
Rápido, por gentileza!
As frases nominais, conforme visto nos exemplos acima, são amplamente utilizadas em ordens e exclamações, assim como em provérbios e descrições literárias.
Exemplos de frases nominais em provérbios:
Casa de ferreiro, espeto de pau.
Amigos, amigos, negócios à parte.
Antes tarde do que nunca.
Cada cabeça, uma sentença.
Devagar e sempre.
Exemplos de frases nominais em descrições:
Uma vista encantadora, com altas palmeiras, flores exuberantes e um verde vibrante.
Uma sala muito fria: o chão sujo e cinza, a janela aberta e as paredes brancas.
Em cima da mesa um livro gasto e muitas canetas velhas.
Frase nominal ou verbo subentendido?
A existência de frases nominais é contestada por alguns autores que afirmam que o verbo se encontra meramente subentendido, mentalizado nos interlocutores da comunicação.
Exemplos de verbos subentendidos:
Atenção! (verbo ter subentendido: Tenha atenção!)
Quieto! (verbo fazer subentendido: Fique quieto!)
Tudo bem? (verbo estar subentendido: Está tudo bem?)
Bom dia! (verbo ter subentendido: Tenha um bom dia!)
Em determinadas orações é possível verificar que a vírgula marca o lugar do verbo:
Cada cabeça, uma sentença. (Cada cabeça tem uma sentença.)
Casa de ferreiro, espeto de pau. (Casa de ferreiro tem espeto de pau.)
Em outras orações, é possível compreender que não há verbo porque ele já foi anteriormente mencionado, como em respostas:
Quem quer aquilo? Eu. (Eu quero.)
Já finalizou? Ainda não. (Ainda não finalizei.)
Quem foi o primeiro? O Allan. (Foi o Allan.)
Frase nominal e frase verbal
Uma frase verbal é uma frase que apresenta verbos na sua composição, contrariamente à frase nominal.
Figura de linguagem pertencente à categoria defiguras de som, a paronomásia relaciona-se com a sonoridade das palavras. Desta forma, ela faz uso dos parônimos a fim de enfatizar uma ideia, recebendo assim tal nome.
A paronomásia é um recurso amplamente empregado na linguagem publicitária, nas artes, poesias, letras de músicas, prosas, etc.
Apesar das palavras parônimas apresentarem sonoridade e serem escritas de maneira semelhante, elas apresentam um significado bastante diferente. A paronomásia costuma ser usada em textos literários, porém pode ser utilizada na linguagem oral e popular também.
Palavras parônimas
Por se assemelharem tanto no som como na escrita, as palavras parônimas podem acabar confundindo as pessoas, induzindo-as ao erro. Confira alguns exemplos de palavras parônimas:
Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)
Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)
Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)
Delatar (denunciar) e dilatar (alargar)
Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)
Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)
Esbaforido (apressado, ofegante) e espavorido (apavorado)
Fluir (transcorrer, decorrer) e fruir (desfrutar)
Fusível (aquilo que funde) e fuzil (arma de fogo)
Flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)
Inflação (alta dos preços) e infração (violação)
Imergir (afundar) e emergir (vir à tona)
Infligir (aplicar pena) e infringir (violar)
Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)
Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)
Recrear (divertir) e recriar (criar novamente)
Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
Sortir (abastecer, misturar) e surtir (produzir efeito)
Soar (produzir som) e suar (transpirar)
Sustar (suspender) e suster (sustentar)
Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)
Vadear (atravessar a vau) e vadiar (andar ociosamente)
Osverbos de ligação são responsáveis por ligar o sujeito às suas características (predicativo do sujeito). Também conhecidos como copulativos, os verbos de ligação distinguem-se dos verbos intransitivos e transitivos, pois estes exercem a função de expressar uma ação sofrida ou praticada.
São os principais verbos de ligação: permanecer, estar, ser, tornar-se, ficar, parecer, andar, continuar, virar e viver.
Exemplos:
O elenco é todo jovem. (Verbo de Ligação)
Hoje nós teremos visita em casa. (Verbo Transitivo)
Não vai! (Verbo Intransitivo)
Quais são os verbos de ligação?
A seguir, confira os verbos de ligação e alguns exemplos:
Estado circunstancial
Parecer. Exemplo: Ele parece feliz por ir à praia.
Estar. Exemplo: Está cansado!
Andar. Exemplo: A partir de então, andamos sempre alertas.
Estado permanente
Viver. Exemplo: Vivem contentes a cantar.
Ser. Exemplo: Elas são capazes de ir bem além do que se imagina.
Mudança de estado
Virar. Exemplo: Após aquele episódio, parece que virou outra pessoa.
Tornar-se. Exemplo: Ele se tornou alguém mais forte.
Ficar. Exemplo: Fico contente por saber que você virá!
Continuidade do estado
Continuar. Exemplo: Eles continuaram fazendo o serviço.
Permanecer. Exemplo: Ela permaneceu imóvel por 5 minutos.
Como os verbos são classificados?
Os verbos são classificados em transitivo, intransitivo e verbo de ligação de acordo com o contexto. O mesmo verbo pode ser classificado de diferentes formas. Confira alguns exemplos:
Andamos a praia toda atrás de um vendedor de água de coco e não achamos. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de procurar o vendedor de água de coco)
Desde então, andamos sempre alertas. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de se sentir alerta)
Ele vive na Flórida. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de residir na Flórida)
Ela vive exausta. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de se sentir exausta)
Na hora de classificar um verbo, lembre-se de que o predicativo do sujeito modifica o sujeito, portanto ele vem sempre acompanhado de um verbo de ligação, mesmo que esteja oculto. Exemplos:
O amor é aceitação, o ódio (é) a rejeição.
O predicativo do sujeito modifica o sujeito, e sempre está acompanhado (ainda que esteja oculto) de um verbo de ligação.
Exemplo:
O amor é paciente, a paixão (é) a impaciência.
O que não deve acontecer é um verbo de ligação sem predicativo, já que sem ele o verbo deixa de ter a função de ligar, de ligação, logo deixa de ser verbo de ligação.
Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito trata-se da característica responsável por definir ou modificar o sujeito. Ele é chamado de predicativo por fazer parte do predicado, porém ele não acrescenta nada ao verbo, mas sim ao sujeito.
Exemplo:
Ambas seguem imóveis.
Sujeito: Ambas Predicado: seguem imóveis Verbo de Ligação: seguem Predicativo do Sujeito: imóveis
O predicativo do sujeito costuma ser constituído por um adjetivo, um substantivo ou um pronome. Entretanto, há casos em que o predicativo é formado por preposição.
Exemplos:
Aqueles biscoitos são de baunilha. (de baunilha é o predicativo do sujeito)
O Allan é dos nossos! (dos nossos é o predicativo do sujeito)
A vírgula trata-se de um sinal pontuação que marca uma pequena pausa, tendo como finalidade separar termos dentro de uma oração e orações dentro de um período, sejam elas com mesma função sintática ou com funções sintáticas diferentes.
Elementos com a mesma função sintática
Elementos coordenados em enumerações que apresentam a mesma função sintática, quando não são separados pelas conjunções e, ou, nem, são separados por vírgulas. Por exemplo:
João, Vitória e Ana Maria foram promovidos pelo diretor da transportadora.
Vou comprar farinha, manteiga, ovos, leite, canela e açúcar para fazer biscoitos.
Elementos com diferentes funções sintáticas
Os elementos com função sintática diferente são separados por vírgulas, que os isolam e os realçam.
O aposto e outros elementos explicativos são isolados por vírgula. Por exemplo:
Allan, o mais novo do grupo, foi acampar no verão.
Valéria, a vizinha do andar de cima, está viajando para a praia.
O vocativo é separado por vírgula, inclusivamente o vocativo inicial de cartas e comunicações.
Ó Reginaldo, você pode parar com essa tristeza toda?
Venha, Mônica, está na hora de acordar.
Prezadas senhoras,
Os advérbios sim e não, quando iniciam uma oração dando uma resposta, se referindo à oração anterior, também são separados por vírgula.
Não, vocês não podem contar com o auxílio dela.
Sim, será possível concluir esse trabalho dentro do prazo.
Numa data, a vírgula isola o nome do lugar.
Ouro Preto, 10 de janeiro de 2019.
Ubatuba, 28 de março de 2021.
Um elemento pleonástico que vem antes do verbo também é isolado por vírgula.
Os salgadinhos do aniversário, minha mãe os buscará hoje.
Os mais espertos, o sargento os receberá com um discurso motivador.
A vírgula também isola o adjunto adverbial no início ou meio da oração, sendo dispensável quando o adjunto adverbial for apenas um advérbio.
Calmo e discretamente, ele chegou aonde queria.
Ela, calma e discretamente, convenceu de que estava certa.
Meu pai jamais deixará de viver no litoral.
Os elementos repetidos também são isolados por vírgula.
Estou sentindo muita, muita, muita felicidade!
A vitória será dele, dele, dele!
A vírgula indica ainda supressão de uma palavra, geralmente do verbo.
Ela tomou suco de maracujá; eu, de laranja.
Tenho aulas de tarde; minha irmã, de manhã.
Expressões intercaladas na oração também são isoladas por vírgula, como: além disso, contudo, por exemplo, logo, enfim, entretanto, todavia…
Os alunos, entretanto, não estudaram para a prova.
Será necessária, por exemplo, uma nova batedeira.
Como a vírgula é usada na separação das orações dentro de um período?
As orações coordenadas assindéticas são separadas por vírgulas, ou seja, orações que não estão ligadas por meio de conjunções, e sim através de uma pausa.
Minha filha não quer namorar, nem casar, nem ter filhos.
Quer aproveitar a vida, viajar mais, conviver com a família, ser feliz.
A vírgula também é usada para separar as orações coordenadas sindéticas, ou seja, orações que têm ligação por meio de conjunções, quando não introduzidas pela conjunção e.
Ora você gosta dela, ora não gosta.
Eu queria ir ao aniversário, mas meu pai não deixou.
Orações intercaladas são isoladas por vírgulas, bem como as orações subordinadas adjetivas explicativas.
O fundamental, destacou a professora, é que realizem o teste com calma e concentração.
Meu irmão, que sempre foi meu melhor amigo, não consegue compreender meus problemas atuais.
Orações subordinadas adverbiais antepostas são separadas por vírgula, bem como orações reduzidas do gerúndio, particípio e infinitivo que equivalem a orações adverbiais
Se fizer sol, iremos ao clube.
Fazendo sol, iremos ao clube.
Quando fazer uso da vírgula antes da conjunção e?
O uso da vírgula antes da conjunção “e” pode acontecer quando:
1. A conjunção “e” for utilizada repetidamente para transmitir ênfase.
O faxineiro aspirou, e limpou, e consertou, e arrumou, e organizou todo o estabelecimento.
Deus criou o mundo, e a natureza, e os animais, e o homem, e a mulher.
2. As orações coordenadas apresentarem sujeitos distintos.
Pedro fez a pizza, e Allan saiu para comprar o refrigerante.
Ela permaneceu na empresa, e ele foi se aventurar Brasil afora.
3. A conjunção “e” não transmitir uma noção de adição, mas sim um valor diferente.
Ela agiu de modo exemplar, mas mesmo assim não teve o merecido reconhecimento.
Eu segui uma dieta rigorosa, e ainda assim não consegui emagrecer.
Quando o uso da vírgula não deve acontecer?
Quando se encontram seguidos na oração, os elementos principais dela nunca são separados por vírgulas. Ou seja, o uso vírgula não ocorre entre o sujeito e o predicado, entre o verbo e seus objetos, entre o objeto direto e o objeto indireto,…
Na Língua Portuguesa, os tempos verbais são responsáveis por indicar o momento em que uma ação transmitida pelo verbo ocorre, e são estruturados nos modos verbais. Eles podem ser simples, quando formados por apenas uma forma verbal, ou podem ser compostos, quando são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal.
Eles são responsáveis por indicar o exato momento de uma determinada ação verbal, e tal momento pode acontecer em diversos tempos, como algo que está em conclusão, concluído ou caminhando para a conclusão. De forma resumida, o tempo verbal é determinado pela relação que se mantém entre o momento em que o indivíduo fala e a ocorrência do fato expresso pelo verbo.
Os tempos verbais indicam o presente ao se referirem a algo que acontece no momento em que se fala; indicam o futuro ao se referirem a algo que acontecerá após o momento em que se fala e indicam o passado, conhecido também como pretérito, ao se referirem a algo que acontecer antes do momento em que se fala.
Tempos verbais do modo indicativo
Os tempos verbais do modo indicativo são responsáveis por transmitir ações certas e reais.
Presente do indicativo
É responsável por indicar uma ação que ocorre no mesmo momento em que é contada. Também pode indicar um estado permanente ou ação habitual. Exemplo: Como está na escola, ele estuda diariamente.
Pretérito perfeito do indicativo
Indica uma ação ocorrida num momento do passado, que já foi concluída. Exemplo: Ele estudou muito no fim de semana passado.
Pretérito imperfeito do indicativo
Indica tanto uma ação passada frequente, quanto uma ação que tem continuidade e duração no tempo. Exemplo: Quando estava na faculdade, ele estudava todos os fins de semana.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Responsável por indicar uma ação ocorrida antes de outra ação passada. Exemplo: Apenas de manhã eu notei que ele estudou a noite toda.
Futuro do pretérito do indicativo
Indica uma ação futura que encontra-se condicionada por outra, sendo consequente dela. Exemplo: Ela estudaria mais se tivesse companhia.
Futuro do presente do indicativo
Indica uma ação que irá ocorrer no futuro. Exemplo: Ele estudará mais a partir de hoje.
Pretérito perfeito composto do indicativo
Indica uma ação passada que prolonga-se até ao momento presente. Exemplo: Ele tem estudado muito para a prova.
Futuro do presente composto do indicativo
Indica uma ação no futuro que estará terminada antes de outra ação no futuro. Exemplo: Ela terá estudado tudo ao fim do dia.
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
Indica uma ação no passado que ocorreu antes de outra ação no passado. Exemplo: Ele já tinha estudado o suficiente.
Futuro do pretérito composto do indicativo
Indica uma ação que poderia ter ocorrido no passado, estando condicionada por outra ação no passado. Exemplo: Ela teria estudado mais se soubesse que repetiria de ano.
Tempos verbais do modo subjuntivo
Os tempos verbais do modo subjuntivo são responsáveis por transmitir ações possíveis, mas que são dependentes de outras.
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Indica uma ação responsável por estabelecer uma relação de condição com outra. Exemplo: Ela saberia a matéria toda se ela estudasse mais.
Presente do subjuntivo
Responsável por indicar uma ação hipotética, baseada em suposições e desejos. Exemplo: Seu pai quer que ele estude mais.
Futuro do subjuntivo
Indica uma possível ação, mas que ainda não aconteceu no futuro. Exemplo: As atividades serão mais fáceis quando ela estudar mais.
Futuro composto do subjuntivo
Responsável por indicar uma ação que estará terminada antes de outra ação no futuro. Exemplo: Só poderá sair quando ela tiver estudado tudo.
Pretérito perfeito composto do subjuntivo
Indica uma ação anterior, já concluída no passado. Exemplo: Meu pai não acredita que ela tenha estudado a manhã toda.
Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
Responsável por indicar uma ação hipotética, anterior a outra ação no passado. Exemplo: Sua nota seria melhor se ele tivesse estudado mais.
Tempos verbais do modo imperativo
A ação expressa pelo imperativo trata-se de um pedido, uma ordem, um convite, um conselho ou uma súplica.
Imperativo negativo
Indica uma ação que pede, suplica, ordena, aconselha,… de maneira negativa. Exemplo: Não estudes mais por hoje!
Imperativo afirmativo
Responsável por indicar uma ação que pede, ordena, suplica, aconselha,… de forma afirmativa. Exemplo: Estuda mais pela parte da tarde!
Tempos primitivos e tempos derivados
Dos tempos verbais vistos acima, alguns são classificados de tempos primitivos, tendo já ocorrência no Latim, enquanto outros são classificados de tempos derivados, formando-se a partir dos tempos primitivos.
Tempos primitivos:
presente do indicativo;
pretérito perfeito do indicativo;
infinitivo impessoal.
Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo:
pretérito mais-que-perfeito do indicativo;
pretérito imperfeito do subjuntivo;
futuro do subjuntivo.
Tempos derivados do presente do indicativo:
presente do subjuntivo;
imperativo afirmativo;
imperativo negativo.
Tempos derivados do infinitivo impessoal:
futuro do presente do indicativo;
futuro do pretérito do indicativo;
pretérito imperfeito do indicativo;
infinitivo pessoal;
gerúndio;
particípio.
Conjugação nos diferentes tempos verbais
Verbo estudar: exemplo de conjugação verbal de um verbo regular da 1.ª conjugação.
Presente do indicativo: (eu) estudo; (tu) estudas; (ele) estuda; (nós) estudamos; (vós) estudais; (eles) estudam.
Futuro do subjuntivo: (quando eu) estudar; (quando tu) estudares; (quando ele) estudar; (quando nós) estudarmos; (quando vós) estudardes; (quando eles) estudarem.
Futuro composto do subjuntivo: (quando eu) tiver estudado; (quando tu) tiveres estudado; (quando ele) tiver estudado; (quando nós) tivermos estudado; (quando vós) tiverdes estudado; (quando eles) tiverem estudado.
Imperativo negativo: não estudes (tu); não estude (ele); não estudemos (nós); não estudeis (vós); não estudem (eles).
Na Língua Portuguesa, as palavras que apresentam pronúncia idêntica mas são escritas de formas diferentes são denominadas palavras homófonas. Tais palavras distinguem-se tanto na forma que são escritas como em significado, porém apresentam fonéticas idênticas.
Exemplos de palavras homófonas
Arrochar e arroxar Não me vou arrochar nesse vestido justo. (apertar com força) Esse soco vai arroxar sua face. (tornar roxo)
Aço e asso Mandei pôr uma porta de aço no armazém. (liga de ferro) Amanhã de manhã asso um bolo para o lanche. (verbo assar)
Apressar e apreçar Vamos apressar o passo, por favor! (tornar mais rápido) O gerente da loja vai apreçar a nova mercadoria. (definir o preço)
Acento e assento A palavra rubrica tem acento? (sinal gráfico) Esse assento está vazio? (cadeira, lugar)
Alto e auto Ele sempre foi muito alto. (comprido, elevado) O artista fez o seu autorretrato. (de si próprio)
Brocha e broxa Use uma brocha para prender o fundo da gaveta. (prego, tacha) Você precisa de uma broxa para caiar esse muro? (pincel grande)
Cem e sem Você pode me emprestar cem reais? (100) Estou sem paciência para essas confusões. (indica falta)
Cerrar e serrar Teve de cerrar os olhos por causa da claridade intensa. (fechar) Você vai serrar essa madeira toda sozinho? (cortar com serra)
Cinto e sinto Parti a fivela do meu sinto. (acessório para as calças) Sinto saudades de você! (verbo sentir)
Cozer e coser Vou cozer uns ovos para o café da manhã. (cozinhar) Minha avó poderá coser sua blusa. (costurar)
Concerto e conserto Nunca vi um concerto da minha banda preferida. (espetáculo musical) Quanto custará o conserto da televisão? (reparação)
Cauda e calda Você pisou a cauda do gato! (rabo) A calda de chocolate ainda está quente! (líquido doce)
Concelho e conselho Minha tia mora em Portugal, no concelho do Porto. (município) Ouve bem o conselho que eu vou te dar! (sugestão)
Concelho e conselho Minha tia mora em Portugal, no concelho do Porto. (município) Ouve bem o conselho que eu vou te dar! (sugestão)
Coxa e cocha Ele tem uma cicatriz enorme na coxa. (parte da perna) Uma cocha é um recipiente feito de um tronco de árvore. (vasilha)
Cento e sento Produzimos cento e cinquenta quilos de morango. (cem) Onde eu me sento? (verbo sentar)
Cerração e serração É perigoso conduzir com esta cerração. (neblina densa) Meu pai trabalha numa serração. (oficina de serrar madeiras)
Caçar e cassar É proibido caçar animais nesta área. (perseguir, capturar) É possível cassar um mandato presidencial? (anular, invalidar)
Cela e sela Não consigo andar de cavalo sem sela. (assento acolchoado) Aquele prisioneiro terá direito a uma cela individual. (pequeno compartimento)
Cheque e xeque Posso pagar com cheque? (documento para pagamento) O rei está em xeque. (risco ou ameaça)
Cesto e sexto Recebi um cesto de frutas dos meus alunos no meu aniversário. (balaio) É o sexto aniversário do meu sobrinho. (6º)
Extrato e estrato Verifique o pagamento no seu extrato bancário. (registro bancário) Existe muita desigualdade nos diferentes estratos sociais da população brasileira. (camada)
Houve e ouve Houve tiroteio no morro ontem à noite. (verbo haver) Minha avó já não ouve bem. (verbo ouvir)
Hera e era O muro está coberto de hera. (planta trepadeira) Era um problema de difícil resolução. (verbo ser)
Laço e lasso Ela adora usar laços no cabelo! (nó com alças) É possível ficar com o estômago lasso? (frouxo, distendido)
Mal e mau Meu sobrinho está passando mal. (antônimo de bem) É muito mau o que está acontecendo? (antônimo de bom)
Passo e paço O meu objetivo são dez mil passos diários. (passada) O Paço Imperial fica no Rio de Janeiro. (palácio)
Senso e censo Que falta de bom senso! (sentido) Onde posso consultar os resultados do último censo? (levantamento estatístico)
Saudar e saldar Todos os dias acordo e vou saudar meus pais. (cumprimentar) Venho saldar minha dívida. (completar um pagamento)
Sessão, seção e cessão Recebi de presente uma sessão fotográfica. (reunião, apresentação), Como posso saber qual é a minha seção eleitoral? (divisão, repartição) A cessão dos bens aos herdeiros legais não foi autorizada. (cedência)
Sena e cena Você costuma jogar na Mega-Sena? (lotaria) A cena do crime está protegida pela polícia. (cenário)
Traz e trás Traz o martelo, por favor! (verbo trazer) Está na parte de trás do armário. (local posterior)
Tachado e taxado O texto foi tachado pela crítica. (apontar defeitos) O imposto foi taxado pelo governo. (tributado, tabelado)
Voz e vós Que linda voz você tem! (som humano) Vós sabeis que isso é mentira. (pronome pessoal)
Vaso e vazo O garoto partiu o vaso com a bola de futebol. (recipiente) Vazo agora mesmo se for preciso. (verbo vazar)
Diferenças entre palavras homônimas, homófonas e homógrafas
Além das palavras homófonas, ainda existem as palavras homógrafas e homônimas perfeitas. Enquanto as palavras homófonas apresentam mesma fonética mas grafias e significados diferentes, as palavras homônimas perfeitas apresentam mesma grafia e mesmo som, porém significados diferentes. Já as palavras homógrafas apresentam a mesma grafia, porém significados e pronúncias diferentes.
Quando o verbo se flexiona em número (singular ou plural) e em pessoa (1ª, 2ª ou 3ª pessoa), concordando com o sujeito gramatical, ocorre a concordância verbal. Apesar de parecer uma simples regra, há inúmeros casos específicos que podem confundir o falante, levando-o ao erro.
São exemplos de concordância verbal:
Eu sou alto.
Nós somos altos.
Pedro já tomou banho.
Pedro e Mariana já tomaram banho.
Concordância verbal e concordância nominal
Além de concordância verbal, numa fase acontece também concordância nominal, ou seja, concordância em gênero e número entre o substantivo e os diversos termos da oração que se relacionam com ele.
Casos específicos de concordância verbal
Há inúmeros casos específicos de concordância verbal, apesar de existir a regra básica de concordância verbal com o sujeito gramatical.
Concordância verbal com sujeito simples
Quando apresenta apenas um núcleo, o sujeito é considerado simples. O verbo deverá concordar em número e pessoa com esse núcleo.
O menino gosta de jogar videogame.
Os meninos gostam de jogar videogame.
Eu vi o carro.
Nós vimos o carro.
Concordância verbal com verbos impessoais
A concordância verbal deve ser feita sempre com a 3 ª pessoa do singular quando os verbos não apresentam sujeito, sendo chamados de impessoais.
Havia cadeiras e lugares suficientes para todos (verbos haver)
Faz seis meses que eu o conheci. (verbo fazer)
Chovia todas as noites. (verbos de fenômenos atmosféricos)
Concordância verbal com sujeito composto
Quando apresenta dois ou mais núcleos, o sujeito é considerado composto. O verbo deve concordar em número e pessoa com todos os núcleos, aparecendo sempre no plural.
A Luana e o Ricardo estão namorando.
Ela e ele estão namorando.
Concordância verbal com o verbo ser
Conforme a regra base de concordância verbal, o verbo “ser” estabelece concordância com o sujeito gramatical. Entretanto, sendo um verbo de ligação, em alguns casos estabelece concordância com o predicativo do sujeito.
Sãosete da manhã
Até parece que tudo são flores.
Quem são os pais dessa criança?
Concordância verbal com a partícula se
A concordância verbal é estabelecida com o sujeito paciente quando a palavra “se” é uma partícula apassivadora, variando em número.
Aluga-se casa.
Alugam-se casas.
A concordância verbal é estabelecida sempre com a 3 ª pessoa do singular quando a palavra “se” é uma partícula indeterminadora do sujeito.
Precisa-se de motorista.
Precisa-se de motoristas.
Concordância verbal com os verbos dar, bater e soar
Com os verbos dar, bater e soar, a concordância verbal é feita com o sujeito da oração se for dada ênfase ao substantivo. Sendo dada ênfase ao verbo, a concordância verbal é feita com o numeral.
O relógio da igreja deu oito horas (concordância com o sujeito)
Deram oito horas no relógio da igreja. (concordância com o numeral)
Concordância verbal com o verbo parecer
Nas construções em que o verbo parecer aparece conjugado com um verbo no infinitivo pode acontecer apenas a flexão do verbo parecer ou apenas a flexão do verbo no infinitivo. O erro acontece quando é feita a flexão dos dois verbos em simultâneo.
Os gatos pareciam compreender a dona. (flexão do verbo parecer)
Os gatos parecia compreenderem a dona. (flexão do verbo no infinitivo)
Concordância verbal com haja vista
São aceitos dois tipos de concordância verbal com a expressão “haja vista”. Ou a expressão se mantém inalterada, sempre no singular, ou ocorre flexão do verbo haver em número, ficando haja ou hajam vista. Ambas as formas são corretas.
É necessária uma nova postura, haja vista a injustiça social que ainda ocorre.
É necessária uma nova postura, haja vista as injustiças sociais que ainda ocorrem.
É necessária uma nova postura, hajam vista as injustiças sociais que ainda ocorrem.
Concordância verbal com verbos no infinitivo
Os verbos no infinitivo podem ser utilizados de forma flexionada (infinitivo pessoal) ou de forma não flexionada (infinitivo impessoal).
Sempre que houver um sujeito definido ou quando se quiser definir o sujeito, a concordância verbal deve ser feita com o infinitivo pessoal. Também quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira e para indicar uma ação recíproca.
Esta pizza é para nós comermos.
O tio não viu os sobrinhos entrarem na escola.
Acho fundamental finalizares o artigo.
A concordância verbal deverá ser feita com o infinitivo impessoal quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração em locuções verbais e com alguns verbos que não formam locução verbal (ver, sentir, mandar,…)., quando o verbo tiver regência de uma preposição e quando o verbo apresentar um sentido imperativo.
Apenas os médicos conseguiram escrever os relatórios.
Na Língua Portuguesa, o vocativo desempenha a função de invocar, apelar ou chamar. Portanto, o uso do vocativo acontece em situações de comunicação, onde o falante se dirige ao ouvinte, ou seja, quando aquele quem fala nomeia, invoca ou chama a pessoa com quem está falando. Ele pode aparecer no início, no fim ou no meio das orações, porém não possui qualquer relação sintática com os demais termos da frases, pois é independente, não pertencendo nem ao sujeito, nem ao predicado.
O vocativo é usado no discurso direto, geralmente apresentando uma entonação exclamativa ou apelativa. É necessário destacar o vocativo através do uso de vírgulas ou de outro sinal que pontuação que transmita tal destaque, como reticências ou ponto de exclamação. Além disso, o vocativo pode estar acompanhado de interjeições de apelo, onde a interjeição “ó” é a mais utilizada pelos falantes.
Qual é a diferença entre vocativo e aposto?
Frequentemente confundidos, o vocativo e o aposto têm suas diferenças. O vocativo trata-se de um termo independente que não estabelece qualquer tipo de relação sintática com outros termos da frase, enquanto o aposto estabelece uma função sintática com outro termo da frase, relacionando-se com ele.
Exemplos de vocativo
No geral, os vocativos aparecem isolados da frase por uma vírgula, e é comum que estejam no início do enunciado. Por exemplo:
Amigo, você sabe que dia é?
Gente, venha ver isso!
Ricardo e Rafael, já mandei pararem de conversar durante a aula!
Os vocativos também podem aparecer ao final do enunciado. Confira:
Você sabe que dia é, amigo?
Venha ver isso, gente!
Já mandei pararem de conversar durante a aula, Ricardo e Rafael!
Em casos mais específicos, o aposto pode aparecer no meio da frase, entrecortando-a.
Você sabe, amigo, que dia é?
Perceba que, nesse caso, o vocativo aparece entre duas vírgulas. Lembre-se: é um termo isolado da frase.
Exercícios resolvidos
Questão 1 – Em qual alternativa a vírgula não é utilizada para separar o vocativo?
A) Aproveitem a oferta! Estou vendendo, gente!
B) Tivemos algum retorno, gente?
C) Não vi ninguém da escola ultimamente. Você tem visto, Abner?
D) Escute, George.
E) Mas ainda há muitos peixes no aquário, correto?
Resolução
Alternativa E. O termo “correto” não pode ser interpretado como vocativo.
Questão 2 – Assinale a alternativa que apresenta vocativo.
A) Pedro, Rogério e Amanda são melhores amigos.
B) Encontramos o seu namorado ontem, Luana.
C) Eu argumentei, Flávio, mas ele não quis me ouvir.
D) Caetano Veloso, meu cantor preferido, também é compositor.
E) Temos mesmo que ir, papai não espera.
Resolução
Alternativa C. “Flávio” aparece entre vírgulas. Pelo contexto, trata-se do vocativo.
Antes de abordamos o que são os encontros consonantais, precisamos revisar o que é uma consoante. As consoantes configuram-se como fonemas (sons) que atravessam obstáculos do aparelho fonador para que sejam pronunciadas. Há 19 consoantes na nossa gramática: / B /, / C /, / D /, / F /, / G /, / J /, / K /, / L /, / M /, / N /, / P /, / Q /, / R /, / S /, / T /, / V /, / W /, / X /, / Z /.
Na Língua Portuguesa, um encontro consonantal se dá quando ocorre um encontro de duas ou mais consonantes na mesma sílaba, sem a presença de uma vogal intermediária entre elas. Um encontro consonantal, ao contrário dos dígrafos, não está junto para que se forme um fonema único. Os fonemas são próprios e representam, em um encontro consonantal, o mesmo número de letras.
Exemplos de encontros consonantais
Atleta
Bruxa
Preto
Trave
Problema
Pneu
Quais são os grupos de encontros consonantais?
1 – Na mesma sílaba: são denominados de grupos consonantais e têm quase sempre como segunda consoante o L ou o R. Exemplo:
TL: a-tl-ta
BL: blu-sa, bí-bli-a
BR: ru-bro, bra-sil, bri-sa, ca-bra
DR: pa-dre, dri-blar, vi-dro
PL: ple-no
CL: cla-rão, cli-ma, te-cla,
CR: cri-vo, A-cre, la-crar
FL: flo-res-ta, a-fli-ção, ru-flar
FR: fran-go, so-frer, fra-ga-ta, re-frão
GL: gla-di-a-dor, in-glês, a-glu-ti-nar
GR: gru-ta, ne-gro, re-gra
PR: pro-ble-ma, so-pro
PN: pneumonia
TR: tri-pa, a-trás
VR: pa-la-vra
Ainda há aqueles encontros consonantais que não aparecem em muitos vocábulos, como:
GN: gno-mo
PN: pneu-má-ti-co
MN: mne-mô-ni-co
PT: ptialina
PS: psi-co-se
2 – Em sílabas consecutivas: nas sílabas diferentes, cada consoante pertence a uma sílaba. Exemplo:
R/T: Tor-to
P/T: Ap-to
C/C: Con-vic-ção
S/T: Lis-ta
B/S: Ab-so-lu-to
T/M: Rit-mo
C/T: As-pec-to
D/V: Ad-ver-tir
F/T: Af-ta
Algumas exceções à regra:
CH, LH, NH, RR, SS, QU, GU não são grupos consonantais, e sim Dígrafos. Um dígrafo é a reunião de duas letras para a transcrição de um fonema, como, por exemplo, as palavras carro, machado, banheiro, calha e passo.
M e o N pós vocálico também não formam encontro consonantal, pois não são consoantes mas sim sinais diacríticos de nasalização. É o caso de cam-po e son-so.
BL pode determinar a formação de grupos consonantais ou de encontros disjuntos, como no caso de a-bla-ti-vo e do encontro disjunto em sub-li-nhar.
O encontro consonantal também pode ser fonético. A consoante X possui sonoridade de CS, ocorrendo dois fonemas consonantais:
Tipo de texto que visa descrever algo, desde uma pessoa a um objeto ou lugar, animal ou acontecimento, o texto descritivo transmite as qualidades e aspectos de algo ao leitor. Desta forma, o texto descritivo captura as impressões e a partir delas elabora um retrato, tal como uma fotografia cuja revelação se dá através de palavras.
Desde características físicas e/ou psicológicas do que se pretende analisar, as qualidades são fundamentais para a confecção do texto descritivo. São exemplos de tais qualidades altura, textura, localização, função, cor, peso, sensação, comprimento, tempo, dimensões, clima e vegetação, dentre outros.
Quais são as principais características do texto descritivo?
São as principais características do texto descritivo a ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre frases; retrato verbal; predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas; presença de verbos de ligação; emprego de orações coordenadas justapostas; utilização da enumeração e comparação; verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado).
Para que o texto possa transmitir ao leitor o conteúdo que se deseja de maneira compreensível e objetiva, é essencial que ele apresente coerência e coesão, independentemente do tipo textual utilizado.
Acoesãoestá relacionada ao uso adequado das palavras de forma que ocorra uma ligação e complementação entre as partes do texto (períodos e parágrafos). Portanto, determinados elementos devem ser utilizados. A substituição é um deles e consiste na troca de palavras que tenham o mesmo significado para que se evite as repetições. Outras possibilidades são o uso de elipse, com a omissão de determinados componentes; as conjunções, que fazem a ligação entre as orações; e os pronomes pessoais e demonstrativos para se referir às situações ou pessoas já citadas no texto.
A coerênciaconfigura-se como a lógica dos conceitos ou ideias apresentadas. É essencial, por exemplo, que se conheça a fundo o que será descrito no texto a fim de se evitar contradições e redundâncias. Também é importante ter clareza na exposição do conteúdo, para que o leitor possa compreender que o texto quer dizer.
Quais são as diferenças entre o texto descritivo e o texto narrativo?
É comum que se confunda os textos descritivos com os textos narrativos. Desta forma, devemos nos ater às suas diferenças. O texto narrativo apresenta uma sucessão de acontecimentos, uma sequência de ações reais ou imaginárias contadas por um narrador. Já o texto descritivo se resume à descrição física, sensorial ou psicológica em detalhes de algo ou alguém.
Como é a estrutura descritiva?
A descrição apresenta três passos para a construção:
Introdução, onde é apresentado o que se pretende escrever.
Desenvolvimento, onde ocorre a caracterização subjetiva ou objetiva da descrição.
Conclusão: onde ocorre a finalização da apresentação e caracterização de algo.
Quais são os tipos de texto descritivo?
As descrições são classificadas em duas formas, de acordo com a intenção do texto:
Descrição Subjetiva: na descrição subjetiva são apresentas as descrições de algo, evidenciando as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. São exemplos os textos literários repletos de impressões dos autores.
Descrição Objetiva: na descrição objetiva, o texto busca a descrição de forma exata e realista das características concretas e físicas de algo, sem que seja atribuído juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. São exemplos descrições objetivas os manuais de instrução, os retratos falados e os verbetes de enciclopédias e dicionários.
O uso da pontuação é de suma importância para que a gente transmita emoções e o continuísmo das ideias em um texto. A transmissão das mensagens deve estar de acordo com o contexto.
Com origem no latim e cujo significado é algo implícito, as reticências são um desses sinais gráficos. Utilizadas para dar sentido de continuísmo ao texto, podem aparecer no início, no meio ou no fim de uma oração.
As reticências, em geral, podem indicar tanto a omissão de algo que não foi escrito como um pensamento que ainda não foi concluído. Assim, as reticências configuram-se como um sinal de pontuação que visa demonstrar umainterrupção da oração.
O uso das reticências ainda pode indicar uma citação incompleta, especialmente de outros autores citados, a fim de que se enfatize algum argumento ou ideia. Tal uso das reticências é bastante presente tanto em textos científicos como em textos sobre personalidades que deixaram citações famosas.
Quando devemos usar reticências?
Bastante amplo, o uso das reticências demanda determinada sensibilidade por parte do redator, a fim de que o sinal se inclua da maneira certa nas produções textuais. Assim, deve-se atentar para não cometer exageros.
O sinal de reticências tem presença garantida nas peças publicitárias e nos textos literários, possibilitando que oleitor pense e reflita a respeito do tema proposto. A oração também deve seguir com letra maiúscula se a ideia transmitida antes das reticências estiver concluída.
Exemplos do uso das reticências
Reticências nas indecisões
As reticências podem demonstrar a dúvida em tomadas de decisões, hesitação dos falantes de um discurso ou até mesmo a timidez.
Exemplo: “Não sabia se devia aceitar o convite… Queria ir, mas tinha os seus receios.”
Reticências para realçar discursos
O uso das reticências também pode destacar algo – uma palavra ou expressão – sendo o sinal utilizado antes delas.
Exemplo: “Aquele olhar é… encantador.”
Reticências na interrupção de discursos
As reticências podem ser usadas entre parênteses ou entre colchetes em trechos de citações, ou seja, quando não se apresenta a frase completa do autor.
Exemplo: ““(…) a expansão do terrorismo que mata homens, mulheres e crianças, destrói patrimônio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milhões de pessoas, mostram que a ONU está diante de um grande desafio.”
No exemplo acima, o discurso não está transcrito na íntegra, pois algumas partes foram omitidas, ficando somente a parte escolhida pelo autor que produziu o texto. Confira o trecho completo:
“A multiplicação de conflitos regionais —alguns com alto potencial destrutivo—, assim como a expansão do terrorismo que mata homens, mulheres e crianças, destrói patrimônio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milhões de pessoas, mostram que a ONU está diante de um grande desafio.”
Reticências na interrupção das ideias
Em uma narração, as reticências podem ser utilizadas quando um personagem começa a falar sobre uma ideia e a interrompe.
Exemplo: “Quanto às decisões… Fica angustiada só de pensar em tudo o que precisa fazer… Talvez… Amanhã se organize melhor.”
Reticências na transmissão de sentimentos
As reticências podem sinalizar sentimentos facilmente perceptíveis na língua falada (alegria, emoção, tristeza etc).
Exemplo: “Tanto fez por ela… sem ajuda… sozinho… conseguiu!”
Letras maiúsculas ou minúsculas após as reticências
As letras maiúsculas podem ser utilizadas após as reticências quando a ideia que vem em seguida trata-se de uma ideia nova. Entretanto, se o discurso só apresenta uma pausa e a ideia prossegue, deveremos escrever com letra minúscula.
Exemplo:
Gustavo sorriu… Resolveu perguntar sobre seu primo.
A concordância nominal é responsável pela concordância entre o gênero e o número que deve ocorrer entre um nome (o substantivo) e outros termos da sentença que o modificam (artigos, adjetivos, pronomes e numerais). Também há casos específicos que podem gerar dúvidas, como por exemplo nas expressões “menos”, “é proibido”, “anexo”, “meio” etc.
Como a concordância nominal ocorre?
Quando o substantivo é acompanhado por outros termos em uma oração, há a necessidade de concordância entre eles. Os termos que acompanham o substantivo precisam estar de acordo com ele em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). A regra mais comum na gramática a respeito do gênero e do número dos substantivos é a de terminação das palavras de acordo com tais características:
Masculino
Singular – o Plural – os
Feminino
Singular – a Plural – as
Observe a oração a seguir:
Meu sobrinho é esperto.
(pronome + substantivo + verbo + adjetivo)
Caso o substantivo da frase passe para o feminino, os termos que o acompanham terão que fazer a mesma transição para que haja concordância nominal. Veja:
Minha sobrinha é esperta.
(pronome + substantivo + verbo + adjetivo)
O mesmo acontece se alterarmos o número do substantivo (do singular para o plural):
Minhas sobrinhas são espertas.
(pronome + substantivo + verbo + adjetivo)
O substantivo pode acompanhar artigos, adjetivos, pronomes e numerais. Tais termos devem estar de acordo com o gênero e o número do substantivo que acompanham. Apesar de certas palavras não seguirem a terminação mais comum (-o, -a, -os, -as), a regra da concordância nominal tende a ser a mesma sempre: o número e o gênero do substantivo definem o gênero e o número dos termos que o modificam.
Casos específicos de concordância nominal
Existem certos casos específicos de concordância nominal que costumam gerar dúvidas em muitas pessoas. São exemplos:
Os termos “é necessário”, “é proibido” e suas variações
Quando se trata especificamente desses termos, os adjetivos deles podem permanecer invariáveis se não houver artigo explicitando o gênero e o número do substantivo a que eles se referem:
É proibido permanência de crianças.
É necessário resiliência.
É permitido comercialização de mercadorias neste local.
No entanto, caso outros elementos acompanhem o substantivo, os adjetivos devem concordar em gênero e número:
É proibida a permanência de crianças.
É necessária muita resiliência.
É permitida a comercialização de mercadorias neste local.
A palavra “meio”
Quando a palavra “meio” assume função de adjetivo, ela precisa estar de acordo com o substantivo que qualifica:
Você é cheio de meias verdades.
Já passa de meio-dia e meia [hora].
Eles têm um milhão e meio [milhão] de razões.
Tome cuidado para não confundir com o advérbio “meio”, que não flexiona:
A esposa está meio nervosa. (“meio” altera o adjetivo “nervosa”, e não o substantivo “esposa”, por isso exerce função de advérbio e é invariável)
A palavra “anexo”
A palavra “anexo” (sem preposição), ao funcionar como adjetivo, varia conforme o substantivo acompanhante:
A planilha anexa contém o relatório elaborado.
O arquivo anexo contém o relatório elaborado.
As planilhas anexas contêm vários relatórios.
Os arquivos anexos contêm vários relatórios.
A construção “em anexo” já é aceita por alguns gramáticos, permanecendo invariável. Contudo, algumas adaptações ocorrem:
Na planilha em anexo está o relatório elaborado.
No arquivo em anexo está o relatório elaborado.
Os relatórios estão nas planilhas em anexo.
Há diversos relatórios nos arquivos em anexo.
A palavra “menos”
Por se tratar de palavra invariável, “menos” sempre será escrito dessa forma, ainda que acompanhe um substantivo no feminino. A palavra “menas”, portanto, nãoexiste.
Ele tinha menos blusas do que ela.
Cores
A concordância que envolve cores costumar deixar muita gente em dúvida. As cores, na regra geral, devem concordar com o substantivo a que se referem, quando são variáveis:
A pasta é roxa.
Os tecidos são azuis.
Caso o nome da cor faça referência a um substantivo (verde, laranja etc.), a cor é invariável.
As pastas são verdes.
Os tecidos são laranjas.
Quando o nome da cor é constituído de dois adjetivos (o segundo envolvendo tonalidades), costuma-se deixar o primeiro invariável na forma do masculino e o segundo fazendo a concordância:
A pasta é amarelo-clara.
Os tecidos são azul-escuros.
Porém, se o segundo adjetivo fizer referência a um substantivo, voltamos à regra da cor ser invariável.
As pastas são verde-água.
Os tecidos são azul-oceano.
Exercícios de concordância nominal
Questão 1
Assinale a alternativa em que, pluralizando-se a frase, as palavras destacadas permanecem invariáveis:
a) Este é o meio mais exato para você resolver o problema: estude só.
b) Meia palavra, meio tom – índice de sua sensatez.
c) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em sua meia promessa.
d) Passei muito inverno só.
e) Só estudei o elementar, o que me deixa meio apreensivo.
Resposta: Alternativa “e”. Quando meio, bastante, caro, barato e só exercerem função de advérbio na oração, não sofrerão variação quanto ao número e ao gênero.
Questão 2
Há concordância nominal inadequada em:
a) clima e terras desconhecidas;
b) clima e terra desconhecidos;
c) terras e clima desconhecidas;
d) terras e clima desconhecido;
e) terras e clima desconhecidos.
Resposta: Alternativa “c”. Quando os substantivos estiverem no plural e forem de gêneros diferentes, o adjetivo, na função de adjunto adnominal, concordará com o mais próximo ou irá para o masculino plural: terras e clima desconhecidos.
Termo constituinte de uma oração, a locução adverbial pode assumir a função de advérbio e, por este motivo, é importante entender qual é a sua importância. A locução adverbial altera os sentidos de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.
A locução adverbial é amplamente utilizada tanto na modalidade escrita, como na modalidade oral. É chamado de locução adverbial um conjunto de duas ou mais palavras que, ao se agruparem, acabam desempenhando a função de advérbio, podendo assim alterar o sentido de um adjetivo, de um verbo ou de um advérbio.
As locuções adverbiais são formadas por uma preposição e um substantivo, na maioria das locuções. Porém, determinadas locuções adverbiais também são formadas por adjetivos ou advérbios, como por exemplo:
Preposição + advérbio: por ali
Preposição + substantivo:de novo
Preposição + adjetivo:em breve
Observe como tais locuções adverbiais podem aparecer nas orações:
Tia, você pode me mostrar o desenho de novo? (de novo = novamente)
Em breve o cachorrinho dele estará em casa. (em breve = brevemente)
Observe a classificação das locuções adverbiais:
♦ Locução adverbial de tempo: logo mais, em breve, à noite, à tarde, pela manhã, por vezes, de tempos em tempos etc.
À tarde iremos ao shopping com eles.
♦ Locução adverbial de lugar: por perto, em cima, ao lado, à direita, à esquerda, para dentro, para fora etc.
Os professores querem os alunos sempre por perto.
Locução adverbial de afirmação: por certo, com certeza, sem dúvida, de fato, na verdade etc.
Com certeza ela levará várias malas à viagem!
♦ Locução adverbial de negação: de modo algum, de forma alguma, de maneira nenhuma etc.
De forma alguma tivemos o intuito de enganar a ele.
♦ Locução adverbial de modo: ao contrário, às pressas, em silêncio, de cor, às claras, à toa, em geral etc.
O médico permaneceu em silêncio durante toda a operação.
♦ Locução adverbial de quantidade: de pouco, de muito, de todo, em excesso etc.
O corredor passou mal pois fez atividade física em excesso.
Exemplos de locução adverbial
O caderno está à esquerda da luminária.
O caminho é por ali.
Minha mãe foi caminhar no calçadão pela tarde.
Quem sabe se tudo não acabará bem.
Choverá em breve.
Em silêncio, os professores prosseguiram suas aulas.
Tudo, sem dúvida, se resolverá!
De modo algum ela poderá contar com sua participação.
Na Língua Portuguesa, o hiato acontece quando duas vogais se encontram em uma palavra mas são separadas na separação silábica.
São exemplos de hiato:
Pa-ra-í-ba
Sa-ú-de
La-go-a
Ma-es-tro
So-ar
Bu-ro-cra-ci-a
E-pi-de-mi-a
Hi-e-na
Ma-re-si-a
Te-a-tro
Fi-el
Se-ri-a-do
Mo-e-da
E-lo-gi-o
U-ni-cór-ni-o
Xin-to-ís-mo
Ti-a
Zo-dí-a-co
Te-o-ri-a
Zo-o-ló-gi-co
Vo-o
Ur-gên-ci-a
Vi-a-gem
Se-rei-a
Pi-o-lho
Ju-iz
Fa-ís-ca
Vo-o
Do-er
Ál-co-ol
Ju-í-zo
Su-a-do
Ba-ú
Ra-i-nha
Tra-í-do
Vi-ú-vo
A-or-ta
Ru-í-do
Co-or-te
Ti-o
Le-al
Anu-i-da-de
Pre-en-cher
Mo-i-nho
Hi-a-to
La-go-a
Lu-a
Po-e-sia
Se-re-i-a
Fi-el
Con-te-ú-do
Pi-a-no
A-men-do-im
Ru-im
Vi-a-gem
Pi-o-lho
A-é-re-o
Ca-o-lho
Sa-ú-de
A-in-da
Se-ri-a-do
Tra-i-dor
Ru-í-na
Pa-ís
Di-ur-no
Bu-ro-cra-ci-a
Co-e-lho
Jo-e-lho
Re-e-le-ger
Co-o-pe-rar
Cru-el
Di-a
Hiato, ditongo e tritongo
Existem três tipos de encontros vocálicos. São eles o hiato, o ditongo e o tritongo. Vale recordar que encontro vocálico trata-se do encontro de vogais ou semivogais (sons vocálicos pronunciadas com menos força) em uma palavra, sem a presença de consoantes entre elas.
Os hiatos configuram-se como o encontro de duas vogais em sílabas diferentes. São exemplos de hiato: piada (pi-a-da), piolho (pi-o-lho) e moeda (mo-e-da).
Os ditongos configuram-se como o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba. São exemplos de ditongo: caixa (cai-xa), beijo (bei-jo) e sabão (sa-bão).
Os tritongos configuram-se como o encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba. São exemplos de tritongo: Paraguai (Pa-ra-guai), saguão (sa-guão) e iguais (i-guais).
Diferença entre hiatos e ditongos
Apesar dos hiatos e ditongos se tratarem de encontros vocálicos, os hiatos são separados no momento da separação de sílabas. As vogais permanecem na mesma sílaba e não se separam no ditongo. Por exemplo: peixe (pei-xe), mãe (mãe), herói (he-rói). Já no hiato, cada vogal permanece em uma sílaba diferente. Por exemplo: rainha (ra-i-nha), iate (i-a-te), país (pa-ís).
Pronome pode ser definido como palavras que pertencem a uma classe de palavras que pode ser utilizada na substituição do substantivo. A finalidade do pronome é indicar a pessoa do discurso, bem como situar no tempo e no espaço sem que o seu nome seja utilizado.
O pronome pode ser dividido em dois tipos: pronomes adjetivos, aqueles que acompanham ou modificam os substantivos, como no exemplo: “Meu boné é verde, aqueles bonés são pretos”; pronomes substantivos, que desempenham a função de substantivo, como no exemplo “Ele é meu namorado”. Assim, os pronomes podem ser pronomes interrogativos, pronomes oblíquos, pronomes relativos, pronomes demonstrativos, pronomes indefinidos, pronomes possessivos, pronomes pessoais e pronomes de tratamento. Tais pronomes sofrem variações com relação ao número, gênero e pessoa. A seguir, aprenda o que é pronome adjetivo.
O pronome adjetivo é utilizado a fim de se modificar o substantivo que acompanha, como um adjetivo. Sempre que o pronome adjetivo consta em uma oração ele acompanha um determinado substantivo, concordando sempre em número, pessoa e gênero. Por exemplo, “Estão as coisas em minha mala azul”. Nessa oração, o pronome “minha” determina “mala”. Outro exemplo: “Por outras regiões te procurei”. “Outras” é o pronome adjetivo que determina o substantivo “regiões”.
Pronome Adjetivo X Pronome Substantivo
O pronome adjetivo acompanha o substantivo em uma oração, e o pronome substantivo substitui o substantivo. Por exemplo: “Vitor entende linguagem de sinais” passaria para: “Ele entende linguagem de sinais”, onde o pronome substantivo “ele” substitui o substantivo próprio “Vitor”.
Exemplos de pronome adjetivo
Meu cunhado chega hoje ao Brasil. (O pronome adjetivo meu determina o substantivo comum cunhado.)
Suas perguntas serão respondidas pelo advogado. (O pronome adjetivo suas determina o substantivo comum perguntas.)
Aqueles alunos passaram na prova com distinção. (O pronome adjetivo aqueles determina o substantivo comum alunos.)
Este manual é muitíssimo indicado. (O pronome adjetivo este determina o substantivo comum manual.)
O predicativo do objeto configura-se como o elemento que atribui um estado, uma característica ou uma qualidade ao objeto. Ele é usado quando o predicado é verbo-nominal e funciona como núcleo nominal do predicado.
Exemplos:
O diretor deixou Maria desconsolada.
Acho a sua didática incrível!
Predicado verbo-nominal, por sua vez, trata-se do predicado que apresenta dois núcleos. Em um deles consta um verbo transitivo e no outro consta um nome (predicativo) e o verbo é de ligação.
Exemplo: A população considera o parque exuberante.
A população = sujeito considera o parque excelente = predicado considera = verbo transitivo o parque = objeto direto exuberante = predicativo
O predicativo do objeto quase sempre ocorre com o objeto direto. Isso quer dizer que é possível que o predicativo do objeto atribua uma característica a um objeto indireto, ainda que com muito menos frequência. Isso acontece apenas com o verbo chamar.
Exemplo: Chamou-lhe de infeliz e saiu porta afora.
Predicativo do Objeto x Adjunto Adnominal
O objeto por vezes é confundido com o adjunto adnominal. Basta substituir o objeto direto por um pronome substantivo para afastar a dúvida. Se nessa alteração a característica que não se sabe se é predicativo do sujeito ou adjunto adnominal manter-se, trata-se de predicativo.
O predicativo do objeto ocorre somente em predicados verbo-nominais, ou seja, em predicados que apresentam dois núcleos: um verbal e um nominal. O núcleo verbal do predicado é um verbo transitivo ou intransitivo (direto, indireto ou direto e indireto). O núcleo nominal do predicado é um substantivo, adjetivo ou locução adjetiva.
Exemplos:
1) A noiva deixou Cristiano triste. (triste = predicativo do objeto ou adjunto adnominal?)
A noiva deixou-o triste. (predicativo do objeto)
2) A noiva disse palavras tristes. (triste = predicativo do objeto ou adjunto adnominal?)
A noiva disse-as. (adjunto adnominal)
Exercícios
1) Indique o predicativo do objeto nas orações abaixo:
a) Consideraram o trabalho árduo. b) Agora era a vez de Mateus deixar a esposa enciumada. c) O juiz considerou o réu culpado. d) A diretora deixou os alunos nervosos. e) Chamam a polícia de corrupta.
Resposta: a) árduo; b) enciumada; c)culpado; d)nervosos e) corrupta
2) Indique a oração em que ocorre predicativo do objeto.
a) Estas são as roupas sujas. b) Levou a pasta vermelha. c) O motorista chega atrasado todos os dias.