Tag: gramática

  • Concordância verbal

    Concordância verbal

    Quando o verbo se flexiona em número (singular ou plural) e em pessoa (1ª, 2ª ou 3ª pessoa), concordando com o sujeito gramatical, ocorre a concordância verbal. Apesar de parecer uma simples regra, há inúmeros casos específicos que podem confundir o falante, levando-o ao erro.

    São exemplos de concordância verbal:

    • Eu sou alto.
    • Nós somos altos.
    • Pedro já tomou banho.
    • Pedro e Mariana já tomaram banho.

    Concordância verbal e concordância nominal

    Além de concordância verbal, numa fase acontece também concordância nominal, ou seja, concordância em gênero e número entre o substantivo e os diversos termos da oração que se relacionam com ele.

    Casos específicos de concordância verbal

    Há inúmeros casos específicos de concordância verbal, apesar de existir a regra básica de concordância verbal com o sujeito gramatical.

    Concordância verbal com sujeito simples

    Quando apresenta apenas um núcleo, o sujeito é considerado simples. O verbo deverá concordar em número e pessoa com esse núcleo.

    • O menino gosta de jogar videogame.
    • Os meninos gostam de jogar videogame.
    • Eu vi o carro.
    • Nós vimos o carro.

    Concordância verbal com verbos impessoais

    A concordância verbal deve ser feita sempre com a 3 ª pessoa do singular quando os verbos não apresentam sujeito, sendo chamados de impessoais.

    • Havia cadeiras e lugares suficientes para todos (verbos haver)
    • Faz seis meses que eu o conheci. (verbo fazer)
    • Chovia todas as noites. (verbos de fenômenos atmosféricos)

    Concordância verbal com sujeito composto

    Quando apresenta dois ou mais núcleos, o sujeito é considerado composto. O verbo deve concordar em número e pessoa com todos os núcleos, aparecendo sempre no plural.

    • A Luana e o Ricardo estão namorando.
    • Ela e ele estão namorando.

    Concordância verbal com o verbo ser

    Conforme a regra base de concordância verbal, o verbo “ser” estabelece concordância com o sujeito gramatical. Entretanto, sendo um verbo de ligação, em alguns casos estabelece concordância com o predicativo do sujeito.

    • São sete da manhã
    • Até parece que tudo são flores.
    • Quem são os pais dessa criança?

    Concordância verbal com a partícula se

    A concordância verbal é estabelecida com o sujeito paciente quando a palavra “se” é uma partícula apassivadora, variando em número.

    • Aluga-se casa.
    • Alugam-se casas. 

    A concordância verbal é estabelecida sempre com a 3 ª pessoa do singular quando a palavra “se” é uma partícula indeterminadora do sujeito.

    • Precisa-se de motorista. 
    • Precisa-se de motoristas. 

    Concordância verbal com os verbos dar, bater e soar

    Com os verbos dar, bater e soar, a concordância verbal é feita com o sujeito da oração se for dada ênfase ao substantivo. Sendo dada ênfase ao verbo, a concordância verbal é feita com o numeral.

    • O relógio da igreja deu oito horas (concordância com o sujeito)
    • Deram oito horas no relógio da igreja. (concordância com o numeral)

    Concordância verbal com o verbo parecer

    Nas construções em que o verbo parecer aparece conjugado com um verbo no infinitivo pode acontecer apenas a flexão do verbo parecer ou apenas a flexão do verbo no infinitivo. O erro acontece quando é feita a flexão dos dois verbos em simultâneo.

    • Os gatos pareciam compreender a dona. (flexão do verbo parecer)
    • Os gatos parecia compreenderem a dona. (flexão do verbo no infinitivo)

    Concordância verbal com haja vista

    São aceitos dois tipos de concordância verbal com a expressão “haja vista”. Ou a expressão se mantém inalterada, sempre no singular, ou ocorre flexão do verbo haver em número, ficando haja ou hajam vista. Ambas as formas são corretas.

    • É necessária uma nova postura, haja vista a injustiça social que ainda ocorre.
    • É necessária uma nova postura, haja vista as injustiças sociais que ainda ocorrem.
    • É necessária uma nova postura, hajam vista as injustiças sociais que ainda ocorrem.

    Concordância verbal com verbos no infinitivo

    Os verbos no infinitivo podem ser utilizados de forma flexionada (infinitivo pessoal) ou de forma não flexionada (infinitivo impessoal). 

    Sempre que houver um sujeito definido ou quando se quiser definir o sujeito, a concordância verbal deve ser feita com o infinitivo pessoal. Também quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira e para indicar uma ação recíproca.

    • Esta pizza é para nós comermos.
    • O tio não viu os sobrinhos entrarem na escola.
    • Acho fundamental finalizares o artigo.

    A concordância verbal deverá ser feita com o infinitivo impessoal quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração em locuções verbais e com alguns verbos que não formam locução verbal (ver, sentir, mandar,…)., quando o verbo tiver regência de uma preposição e quando o verbo apresentar um sentido imperativo.

    • Apenas os médicos conseguiram escrever os relatórios.
    • Fui obrigado a entender essas regras específicas.
    • Ser pleno é o mais importante!

    Videoaulas

    Referências:

    www.normaculta.com.br

    www.conjugacao.com.br

  • Vocativo

    Vocativo

    Na Língua Portuguesa, o vocativo desempenha a função de invocar, apelar ou chamar. Portanto, o uso do vocativo acontece em situações de comunicação, onde o falante se dirige ao ouvinte, ou seja, quando aquele quem fala nomeia, invoca ou chama a pessoa com quem está falando. Ele pode aparecer no início, no fim ou no meio das orações, porém não possui qualquer relação sintática com os demais termos da frases, pois é independente, não pertencendo nem ao sujeito, nem ao predicado.

    O vocativo é usado no discurso direto, geralmente apresentando uma entonação exclamativa ou apelativa. É necessário destacar o vocativo através do uso de vírgulas ou de outro sinal que pontuação que transmita tal destaque, como reticências ou ponto de exclamação. Além disso, o vocativo pode estar acompanhado de interjeições de apelo, onde a interjeição “ó” é a mais utilizada pelos falantes.

    Qual é a diferença entre vocativo e aposto?

    Frequentemente confundidos, o vocativo e o aposto têm suas diferenças. O vocativo trata-se de um termo independente que não estabelece qualquer tipo de relação sintática com outros termos da frase, enquanto o aposto estabelece uma função sintática com outro termo da frase, relacionando-se com ele.

    Exemplos de vocativo

    No geral, os vocativos aparecem isolados da frase por uma vírgula, e é comum que estejam no início do enunciado. Por exemplo:

    • Amigo, você sabe que dia é?
    • Gente, venha ver isso!
    • Ricardo e Rafael, já mandei pararem de conversar durante a aula!

    Os vocativos também podem aparecer ao final do enunciado. Confira:

    • Você sabe que dia é, amigo?
    • Venha ver isso, gente!
    • Já mandei pararem de conversar durante a aula, Ricardo e Rafael!

    Em casos mais específicos, o aposto pode aparecer no meio da frase, entrecortando-a.

    • Você sabe, amigo, que dia é?

    Perceba que, nesse caso, o vocativo aparece entre duas vírgulas. Lembre-se: é um termo isolado da frase.

    Exercícios resolvidos

    Questão 1 – Em qual alternativa a vírgula não é utilizada para separar o vocativo?

    A) Aproveitem a oferta! Estou vendendo, gente!

    B) Tivemos algum retorno, gente?

    C) Não vi ninguém da escola ultimamente. Você tem visto, Abner?

    D) Escute, George.

    E) Mas ainda há muitos peixes no aquário, correto?

    Resolução

    Alternativa E. O termo “correto” não pode ser interpretado como vocativo.

    Questão 2 – Assinale a alternativa que apresenta vocativo.

    A) Pedro, Rogério e Amanda são melhores amigos.

    B) Encontramos o seu namorado ontem, Luana.

    C) Eu argumentei, Flávio, mas ele não quis me ouvir.

    D) Caetano Veloso, meu cantor preferido, também é compositor.

    E) Temos mesmo que ir, papai não espera.

    Resolução

    Alternativa C. “Flávio” aparece entre vírgulas. Pelo contexto, trata-se do vocativo.

    Videoaulas

    Referências:

    www.normaculta.com.br

    www.portugues.com.br

  • Encontro consonantal: o que é?

    Encontro consonantal: o que é?

    Antes de abordamos o que são os encontros consonantais, precisamos revisar o que é uma consoante. As consoantes configuram-se como fonemas (sons) que atravessam obstáculos do aparelho fonador para que sejam pronunciadas. Há 19 consoantes na nossa gramática: / B /, / C /, / D /, / F /, / G /, / J /, / K /, / L /, / M /, / N /, / P /, / Q /, / R /, / S /, / T /, / V /, / W /, / X /, / Z /.

    Na Língua Portuguesa, um encontro consonantal se dá quando ocorre um encontro de duas ou mais consonantes na mesma sílaba, sem a presença de uma vogal intermediária entre elas. Um encontro consonantal, ao contrário dos dígrafos, não está junto para que se forme um fonema único. Os fonemas são próprios e representam, em um encontro consonantal, o mesmo número de letras.

    Exemplos de encontros consonantais

    • Atleta
    • Bruxa
    • Preto
    • Trave
    • Problema
    • Pneu

    Quais são os grupos de encontros consonantais?

    1 – Na mesma sílaba: são denominados de grupos consonantais e têm quase sempre como segunda consoante o L ou o R. Exemplo:

    • TL: a-tl-ta
    • BL: blu-sa, bí-bli-a
    • BR: ru-bro, bra-sil, bri-sa, ca-bra
    • DR: pa-dre, dri-blar, vi-dro
    • PL: ple-no
    • CL: cla-rão, cli-ma, te-cla,
    • CR: cri-vo, A-cre, la-crar
    • FL: flo-res-ta, a-fli-ção, ru-flar
    • FR: fran-go, so-frer, fra-ga-ta, re-frão
    • GL: gla-di-a-dor, in-glês, a-glu-ti-nar
    • GR: gru-ta, ne-gro, re-gra
    • PR: pro-ble-ma, so-pro
    • PN: pneumonia
    • TR: tri-pa, a-trás
    • VR: pa-la-vra

    Ainda há aqueles encontros consonantais que não aparecem em muitos vocábulos, como:

    • GN: gno-mo
    • PN: pneu-má-ti-co
    • MN: mne-mô-ni-co
    • PT: ptialina
    • PS: psi-co-se

    2 – Em sílabas consecutivas: nas sílabas diferentes, cada consoante pertence a uma sílaba. Exemplo:

    • R/T: Tor-to
    • P/T: Ap-to
    • C/C: Con-vic-ção
    • S/T: Lis-ta
    • B/S: Ab-so-lu-to
    • T/M: Rit-mo
    • C/T: As-pec-to
    • D/V: Ad-ver-tir
    • F/T: Af-ta

    Algumas exceções à regra:

    • CH, LH, NH, RR, SS, QU, GU não são grupos consonantais, e sim Dígrafos. Um dígrafo é a reunião de duas letras para a transcrição de um fonema, como, por exemplo, as palavras carro, machado, banheiro, calha e passo.
    • M e o N pós vocálico também não formam encontro consonantal, pois não são consoantes mas sim sinais diacríticos de nasalização. É o caso de cam-po e son-so.
    • BL pode determinar a formação de grupos consonantais ou de encontros disjuntos, como no caso de a-bla-ti-vo e do encontro disjunto em sub-li-nhar.

    O encontro consonantal também pode ser fonético. A consoante X possui sonoridade de CS, ocorrendo dois fonemas consonantais:

    • Táxi – 5 fonemas e 4 letras
    • Boxe – 5 fonemas e 4 letras
    • Axila – 6 fonemas e 5 letras
    • Oxigênio – 9 fonemas e 8 letras

    Videoaulas

    Referências:

    www.mundoeducacao.uol.com.br

    www.infoescola.com

  • Texto descritivo

    Texto descritivo

    Tipo de texto que visa descrever algo, desde uma pessoa a um objeto ou lugar, animal ou acontecimento, o texto descritivo transmite as qualidades e aspectos de algo ao leitor. Desta forma, o texto descritivo captura as impressões e a partir delas elabora um retrato, tal como uma fotografia cuja revelação se dá através de palavras.

    Desde características físicas e/ou psicológicas do que se pretende analisar, as qualidades são fundamentais para a confecção do texto descritivo. São exemplos de tais qualidades altura, textura, localização, função, cor, peso, sensação, comprimento, tempo, dimensões, clima e vegetação, dentre outros.

    Quais são as principais características do texto descritivo?

    São as principais características do texto descritivo a ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre frases; retrato verbal; predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas; presença de verbos de ligação; emprego de orações coordenadas justapostas; utilização da enumeração e comparação; verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado).

    Para que o texto possa transmitir ao leitor o conteúdo que se deseja de maneira compreensível e objetiva, é essencial que ele apresente coerência e coesão, independentemente do tipo textual utilizado.

    A coesão está relacionada ao uso adequado das palavras de forma que ocorra uma ligação e complementação entre as partes do texto (períodos e parágrafos). Portanto, determinados elementos devem ser utilizados. A substituição é um deles e consiste na troca de palavras que tenham o mesmo significado para que se evite as repetições. Outras possibilidades são o uso de elipse, com a omissão de determinados componentes; as conjunções, que fazem a ligação entre as orações; e os pronomes pessoais e demonstrativos para se referir às situações ou pessoas já citadas no texto.

    A coerência configura-se como a lógica dos conceitos ou ideias apresentadas. É essencial, por exemplo, que se conheça a fundo o que será descrito no texto a fim de se evitar contradições e redundâncias. Também é importante ter clareza na exposição do conteúdo, para que o leitor possa compreender que o texto quer dizer.

    Quais são as diferenças entre o texto descritivo e o texto narrativo?

    É comum que se confunda os textos descritivos com os textos narrativos. Desta forma, devemos nos ater às suas diferenças. O texto narrativo apresenta uma sucessão de acontecimentos, uma sequência de ações reais ou imaginárias contadas por um narrador. Já o texto descritivo se resume à descrição física, sensorial ou psicológica em detalhes de algo ou alguém.

    Como é a estrutura descritiva?

    A descrição apresenta três passos para a construção:

    1. Introdução, onde é apresentado o que se pretende escrever.
    2. Desenvolvimento, onde ocorre a caracterização subjetiva ou objetiva da descrição.
    3. Conclusão: onde ocorre a finalização da apresentação e caracterização de algo.

    Quais são os tipos de texto descritivo?

    As descrições são classificadas em duas formas, de acordo com a intenção do texto:

    Descrição Subjetiva: na descrição subjetiva são apresentas as descrições de algo, evidenciando as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. São exemplos os textos literários repletos de impressões dos autores.

    Descrição Objetiva: na descrição objetiva, o texto busca a descrição de forma exata e realista das características concretas e físicas de algo, sem que seja atribuído juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. São exemplos descrições objetivas os manuais de instrução, os retratos falados e os verbetes de enciclopédias e dicionários.

    Videoaulas

    Referências:

    www.todamateria.com.br

    www.educamaisbrasil.com.br

  • Reticências [ … ]

    Reticências [ … ]

    O uso da pontuação é de suma importância para que a gente transmita emoções e o continuísmo das ideias em um texto. A transmissão das mensagens deve estar de acordo com o contexto.

    Com origem no latim e cujo significado é algo implícito, as reticências são um desses sinais gráficos. Utilizadas para dar sentido de continuísmo ao texto, podem aparecer no início, no meio ou no fim de uma oração.

    As reticências, em geral, podem indicar tanto a omissão de algo que não foi escrito como um pensamento que ainda não foi concluído. Assim, as reticências configuram-se como um sinal de pontuação que visa demonstrar uma interrupção da oração.

    O uso das reticências ainda pode indicar uma citação incompleta, especialmente de outros autores citados, a fim de que se enfatize algum argumento ou ideia. Tal uso das reticências é bastante presente tanto em textos científicos como em textos sobre personalidades que deixaram citações famosas.

    Quando devemos usar reticências?

    Bastante amplo, o uso das reticências demanda determinada sensibilidade por parte do redator, a fim de que o sinal se inclua da maneira certa nas produções textuais. Assim, deve-se atentar para não cometer exageros.

    O sinal de reticências tem presença garantida nas peças publicitárias e nos textos literários, possibilitando que o leitor pense e reflita a respeito do tema proposto. A oração também deve seguir com letra maiúscula se a ideia transmitida antes das reticências estiver concluída.

    Exemplos do uso das reticências

    Reticências nas indecisões

    As reticências podem demonstrar a dúvida em tomadas de decisões, hesitação dos falantes de um discurso ou até mesmo a timidez.

    Exemplo: “Não sabia se devia aceitar o convite… Queria ir, mas tinha os seus receios.”

    Reticências para realçar discursos

    O uso das reticências também pode destacar algo – uma palavra ou expressão – sendo o sinal utilizado antes delas.

    Exemplo: “Aquele olhar é… encantador.”

    Reticências na interrupção de discursos

    As reticências podem ser usadas entre parênteses ou entre colchetes em trechos de citações, ou seja, quando não se apresenta a frase completa do autor.

    Exemplo: ““(…) a expansão do terrorismo que mata homens, mulheres e crianças, destrói patrimônio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milhões de pessoas, mostram que a ONU está diante de um grande desafio.”

    No exemplo acima, o discurso não está transcrito na íntegra, pois algumas partes foram omitidas, ficando somente a parte escolhida pelo autor que produziu o texto. Confira o trecho completo:

    A multiplicação de conflitos regionais —alguns com alto potencial destrutivo—, assim como a expansão do terrorismo que mata homens, mulheres e crianças, destrói patrimônio da humanidade, expulsa de suas comunidades seculares milhões de pessoas, mostram que a ONU está diante de um grande desafio.”

    Reticências na interrupção das ideias

    Em uma narração, as reticências podem ser utilizadas quando um personagem começa a falar sobre uma ideia e a interrompe.

    Exemplo: “Quanto às decisões… Fica angustiada só de pensar em tudo o que precisa fazer… Talvez… Amanhã se organize melhor.”

    Reticências na transmissão de sentimentos

    As reticências podem sinalizar sentimentos facilmente perceptíveis na língua falada (alegria, emoção, tristeza etc).

    Exemplo: “Tanto fez por ela… sem ajuda… sozinho… conseguiu!”

    Letras maiúsculas ou minúsculas após as reticências

    As letras maiúsculas podem ser utilizadas após as reticências quando a ideia que vem em seguida trata-se de uma ideia nova. Entretanto, se o discurso só apresenta uma pausa e a ideia prossegue, deveremos escrever com letra minúscula.

    Exemplo:

    • Gustavo sorriu… Resolveu perguntar sobre seu primo.
    • Gustavo sorriu… perguntou sobre seu primo.

    Videoaulas

    Referências:

    www.comunidade.rockcontent.com

    www.todamateria.com.br

  • Concordância nominal

    Concordância nominal

    A concordância nominal é responsável pela concordância entre o gênero e o número que deve ocorrer entre um nome (o substantivo) e outros termos da sentença que o modificam (artigos, adjetivos, pronomes e numerais). Também há casos específicos que podem gerar dúvidas, como por exemplo nas expressões “menos”, “é proibido”, “anexo”, “meio” etc.

    Como a concordância nominal ocorre?

    Quando o substantivo é acompanhado por outros termos em uma oração, há a necessidade de concordância entre eles. Os termos que acompanham o substantivo precisam estar de acordo com ele em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). A regra mais comum na gramática a respeito do gênero e do número dos substantivos é a de terminação das palavras de acordo com tais características:

    Masculino

    Singular – o
    Plural – os

    Feminino

    Singular – a
    Plural – as

    Observe a oração a seguir:

    Meu sobrinho é esperto.

    (pronome + substantivo + verbo + adjetivo)

    Caso o substantivo da frase passe para o feminino, os termos que o acompanham terão que fazer a mesma transição para que haja concordância nominal. Veja:

    Minha sobrinha é esperta.

    (pronome + substantivo + verbo + adjetivo)

    O mesmo acontece se alterarmos o número do substantivo (do singular para o plural):

    Minhas sobrinhas são espertas.

    (pronome + substantivo + verbo + adjetivo)

    O substantivo pode acompanhar artigos, adjetivos, pronomes e numerais. Tais termos devem estar de acordo com o gênero e o número do substantivo que acompanham. Apesar de certas palavras não seguirem a terminação mais comum (-o, -a, -os, -as), a regra da concordância nominal tende a ser a mesma sempre: o número e o gênero do substantivo definem o gênero e o número dos termos que o modificam.

    Casos específicos de concordância nominal

    Existem certos casos específicos de concordância nominal que costumam gerar dúvidas em muitas pessoas. São exemplos:

    • Os termos “é necessário”, “é proibido” e suas variações

    Quando se trata especificamente desses termos, os adjetivos deles podem permanecer invariáveis se não houver artigo explicitando o gênero e o número do substantivo a que eles se referem:

    • É proibido permanência de crianças.
    • É necessário resiliência.
    • É permitido comercialização de mercadorias neste local.

    No entanto, caso outros elementos acompanhem o substantivo, os adjetivos devem concordar em gênero e número:

    • É proibida a permanência de crianças.
    • É necessária muita resiliência.
    • É permitida a comercialização de mercadorias neste local.
    • A palavra “meio”

    Quando a palavra “meio” assume função de adjetivo, ela precisa estar de acordo com o substantivo que qualifica:

    • Você é cheio de meias verdades.
    • Já passa de meio-dia e meia [hora].
    • Eles têm um milhão e meio [milhão] de razões.

    Tome cuidado para não confundir com o advérbio “meio”, que não flexiona:

    • esposa está meio nervosa. (“meio” altera o adjetivo “nervosa”, e não o substantivo “esposa”, por isso exerce função de advérbio e é invariável)
    • A palavra “anexo”

    A palavra “anexo” (sem preposição), ao funcionar como adjetivo, varia conforme o substantivo acompanhante:

    • A planilha anexa contém o relatório elaborado.
    • O arquivo anexo contém o relatório elaborado.
    • As planilhas anexas contêm vários relatórios.
    • Os arquivos anexos contêm vários relatórios.

    A construção “em anexo” já é aceita por alguns gramáticos, permanecendo invariável. Contudo, algumas adaptações ocorrem:

    • Na planilha em anexo está o relatório elaborado.
    • No arquivo em anexo está o relatório elaborado.
    • Os relatórios estão nas planilhas em anexo.
    • Há diversos relatórios nos arquivos em anexo.
    • A palavra “menos”

    Por se tratar de palavra invariável, “menos” sempre será escrito dessa forma, ainda que acompanhe um substantivo no feminino. A palavra “menas”, portanto, não existe.

    Ele tinha menos blusas do que ela.

    • Cores

    A concordância que envolve cores costumar deixar muita gente em dúvida. As cores, na regra geral, devem concordar com o substantivo a que se referem, quando são variáveis:

    • pasta é roxa.
    • Os tecidos são azuis.

    Caso o nome da cor faça referência a um substantivo (verde, laranja etc.), a cor é invariável.

    • As pastas são verdes.
    • Os tecidos são laranjas.

    Quando o nome da cor é constituído de dois adjetivos (o segundo envolvendo tonalidades), costuma-se deixar o primeiro invariável na forma do masculino e o segundo fazendo a concordância:

    • pasta é amarelo-clara.
    • Os tecidos são azul-escuros.

    Porém, se o segundo adjetivo fizer referência a um substantivo, voltamos à regra da cor ser invariável.

    • As pastas são verde-água.
    • Os tecidos são azul-oceano.

    Exercícios de concordância nominal

    Questão 1

    Assinale a alternativa em que, pluralizando-se a frase, as palavras destacadas permanecem invariáveis:

    a) Este é o meio mais exato para você resolver o problema: estude só.

    b) Meia palavra, meio tom – índice de sua sensatez.

    c) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em sua meia promessa.

    d) Passei muito inverno só.

    e) Só estudei o elementar, o que me deixa meio apreensivo.

    Resposta: Alternativa “e”. Quando meio, bastante, caro, barato e só exercerem função de advérbio na oração, não sofrerão variação quanto ao número e ao gênero.

    Questão 2

    Há concordância nominal inadequada em:

    a) clima e terras desconhecidas;

    b) clima e terra desconhecidos;

    c) terras e clima desconhecidas;

    d) terras e clima desconhecido;

    e) terras e clima desconhecidos.

    Resposta: Alternativa “c”. Quando os substantivos estiverem no plural e forem de gêneros diferentes, o adjetivo, na função de adjunto adnominal, concordará com o mais próximo ou irá para o masculino plural: terras e clima desconhecidos.

    Videoaulas

    Referências:

    www.brasilescola.uol.com.br

    www.exercicios.mundoeducacao.uol.com.br

  • Locução Adverbial

    Locução Adverbial

    Termo constituinte de uma oração, a locução adverbial pode assumir a função de advérbio e, por este motivo, é importante entender qual é a sua importância. A locução adverbial altera os sentidos de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.

    A locução adverbial é amplamente utilizada tanto na modalidade escrita, como na modalidade oral. É chamado de locução adverbial um conjunto de duas ou mais palavras que, ao se agruparem, acabam desempenhando a função de advérbio, podendo assim alterar o sentido de um adjetivo, de um verbo ou de um advérbio.

    As locuções adverbiais são formadas por uma preposição e um substantivo, na maioria das locuções. Porém, determinadas locuções adverbiais também são formadas por adjetivos ou advérbios, como por exemplo:

    Preposição + advérbio: por ali

    Preposição + substantivo: de novo

    Preposição + adjetivo: em breve

    Observe como tais locuções adverbiais podem aparecer nas orações:

    Tia, você pode me mostrar o desenho de novo? (de novo = novamente)

    Em breve o cachorrinho dele estará em casa. (em breve = brevemente)

    Observe a classificação das locuções adverbiais:

    ♦ Locução adverbial de tempo: logo mais, em breve, à noite, à tarde, pela manhã, por vezes, de tempos em tempos etc.

    À tarde iremos ao shopping com eles.

    ♦ Locução adverbial de lugar: por perto, em cima, ao lado, à direita, à esquerda, para dentro, para fora etc.

    Os professores querem os alunos sempre por perto.

    Locução adverbial de afirmação: por certo, com certeza, sem dúvida, de fato, na verdade etc.

    Com certeza ela levará várias malas à viagem!

    ♦ Locução adverbial de negação: de modo algum, de forma alguma, de maneira nenhuma etc.

    De forma alguma tivemos o intuito de enganar a ele.

    ♦ Locução adverbial de modo: ao contrário, às pressas, em silêncio, de cor, às claras, à toa, em geral etc.

    O médico permaneceu em silêncio durante toda a operação.

    ♦ Locução adverbial de quantidade: de pouco, de muito, de todo, em excesso etc.

    O corredor passou mal pois fez atividade física em excesso.

    Exemplos de locução adverbial

    • O caderno está à esquerda da luminária.
    • O caminho é por ali.
    • Minha mãe foi caminhar no calçadão pela tarde.
    • Quem sabe se tudo não acabará bem.
    • Choverá em breve.
    • Em silêncio, os professores prosseguiram suas aulas.
    • Tudo, sem dúvida, se resolverá!
    • De modo algum ela poderá contar com sua participação.
    • Ela comeu em excesso.
    • O incentivo chegará com certeza.

    Videoaulas

    Referências:

    www.mundoeducacao.uol.com.br

    www.normaculta.com.br

    www.todamateria.com.br

  • Orações subordinadas

    Orações subordinadas

    Orações Subordinadas: Substantivas, Adjetivas e Adverbiais

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    São orações subordinadas aquelas que exercem uma função sintática em relação à oração principal. São estabelecidos dois tipos de períodos na gramática da língua portuguesa. São eles o período composto por coordenação e o período composto por subordinação. O período composto por coordenação é formado exclusivamente por orações independentes e sem dependência sintática. Já o período composto por subordinação é formado por duas ou mais orações, sendo uma a principal e a outra subordinada pois depende sintaticamente dela.

    No geral, a oração independente sintaticamente tem sentido e constitui-se em um texto. Confira o exemplo:

    “A chuva caiu”

    A oração “a chuva caiu” é independente, pois ela tem sentido próprio. Entretanto, se essa oração for inserida em uma camada gramatical inferior em relação à outra oração, ela não será mais independente. Confira:

    “Todos se molharam quando a chuva caiu.”

    Note que escrita de tal forma, a oração apresenta a seguinte estrutura sintática:

    Oração principal = Todos se molharam
    Oração subordinada = quando a chuva caiu

    A oração “quando a chuva caiu” tem uma relação de dependência e exerce uma função sintática em relação à oração principal.

    Neste caso, a oração independente “a chuva caiu” transportou-se do nível sintático de independência para exercer a função sintática de oração subordinada adverbial temporal, uma vez que tem valor de advérbio e exprime o aspecto circunstancial de “tempo” em relação ao núcleo verbal “molharam” da oração principal.

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    Podemos reconhecer a subordinação da oração “quando a chuva caiu”, que passou a funcionar como membro dependente da oração principal, através da palavra “quando” que a introduziu. O “quando” configura-se como uma conjunção subordinativa temporal.

    Desta forma, as orações subordinadas são gramaticalmente classificadas de acordo com a função sintática, ou seja, se são termos essenciais, integrantes ou acessórios, que exercerem em relação à oração principal.

    As unções sintáticas que as orações subordinadas podem exercer são: objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, complemento nominal, aposto, adjunto adverbial e adjunto adnominal. Assim, as orações subordinadas têm valor de adjetivos, substantivos e advérbios e, por isso, são classificadas como orações subordinadas substantivas, orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais. As orações subordinadas têm especificidades gramaticais dentro das unidades sintáticas. 

    Período composto por orações subordinadas substantivas

    As orações subordinadas substantivas apresentam valor de substantivo e exercem a função sintática de objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, aposto ou complemento nominal em relação à oração principal. 

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    Geralmente as orações subordinadas substantivas são iniciadas com conjunções subordinativas “se” e “que”. O “se” é empregado quando o verbo exprime duvida e, em alguns casos, quando as orações são iniciadas por pronome ou advérbio exclamativo ou interrogativo. Já o “que” é empregado quando o verbo exprime certeza.

    Confira abaixo exemplos dos tipos de orações subordinadas, de acordo com a sua função sintática:

    • apositivas: são as orações que exercem função sintática de aposto em relação à oração principal. Exemplo: Dei a ele um conselho: (que) seguisse seu rumo na vida.
    • completivas nominais: são as orações cuja função é exercer o complemento nominal em relação à oração principal. Exemplo: Tinha convicção de que ela era a culpada.
    • objetivas diretas: são as orações que exercem a função de objeto direto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Acreditamos que a senhora deve trabalhar pela tarde.
    • objetivas indiretas: são as orações que exercem a função de objeto indireto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Convenceu-o de que o problema era passageiro. 
    • predicativas: são as orações que exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo: A verdade é que todos foram negados.
    • subjetivas: são as orações que exercem a função de sujeito em relação à oração principal. Exemplo: Consta que as dívidas já foram pagas.
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    Período composto por orações subordinadas adjetivas

    As orações subordinadas adjetivas, como o nome sugere, são aquelas que têm valor de adjetivo em relação à oração principal e, consequentemente, determinam o substantivo antecedente.

    As orações subordinadas adjetivas apresentam valores semânticos diferentes. Para que você entenda melhor tais valores, vamos simular uma reunião de professores em situação comunicativa. A coordenadora pedagógica afirma:

    Fala 1:
    – Nesse currículo escolar, se todos concordarem, vamos adotar um novo projeto pedagógico. Os alunos que têm dificuldade com química terão aulas extras.

    A segunda frase dita pela coordenadora pedagógica tem a seguinte estrutura sintática:
    oração principal = Os alunos
    oração subordinada adjetiva = que têm dificuldade com química
    oração principal = terão aulas extras

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    Na fala 1, quem “terá aulas extras”? A coordenadora pedagógica tem como objetivo planejar aulas extras somente para alguns alunos. No caso apresentado aqui, aqueles que têm dificuldade com química.

    A mesma frase dita pela coordenadora pedagógica foi reescrita de outra forma e, agora, entre vírgulas. Veja:

    Fala 2:
    Os alunos, que têm dificuldade com química, terão aulas extras.

    Observe que, com a fala 2 escrita de tal forma, mudou-se o objetivo da coordenadora pedagógica, já que quem “terá aulas extras” agora serão todos os alunos.

    Ambos os casos apresentam orações subordinadas adjetivas com valor de adjetivo e que modificam o substantivo “alunos”. A fala 1, porém, é uma oração subordinada adjetiva restritiva pois particulariza o sentido do substantivo. Já a fala 2 configura-se como uma oração subordinada adjetiva explicativa pois universaliza o sentido do substantivo.

    Desta forma, as orações subordinadas adjetivas são classificadas em:

    adjetiva restritiva: são as orações que particularizam o sentido do substantivo ou do pronome e ligam-se sem vírgulas ao antecedente;

    adjetiva explicativa: são as orações que universalizam o sentido do substantivo ou do pronome antecedente e estão entre vírgulas.

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    Período composto por orações subordinadas adverbiais

    As orações subordinadas adverbiais têm valor de advérbio ou de locução adverbial e apresentam função sintática de adjunto adverbial em relação ao núcleo verbal da oração verbal. As orações adverbiais expressam diversas circunstâncias diante da oração principal e são classificadas como:

    • proporcionais: são orações proporcionais aquelas que expressam a circunstância de proporção de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas proporcionais.
      Exemplo: Conforme aproximava-se o dia da prova final, a tensão de Renan aumentava.
    • condicionais: são orações condicionais aquelas expressam a circunstância de condição de algo apresentado na oração principal e iniciam-se com conjunções subordinativas condicionais. Exemplo: Iremos ao rodízio japonês hoje, se não chover.
    • conformativas: são orações conformativas aquelas que expressam a circunstância de conformidade entre algo apresentado nelas e na oração principal, e são iniciadas com conjunções subordinativas conformativas.
      Exemplo: Conforme prometeu, pagará a dívida ainda hoje.
    • temporais: são orações temporais aquelas que expressam a circunstância de tempo de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas temporais.
      Exemplo: Fico empolgado sempre que viajo para o Recife.
    • finais: são orações finais aquelas que expressam a circunstância de finalidade de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas finais.
      Exemplo: João fez de tudo para que sua filha estudasse na Itália.
    • consecutivas: são orações consecutivas aquelas que expressam a circunstância de consequência de algo apresentado na oração principal e são iniciadas  por conjunções subordinativas consecutivas.
      Exemplo: Andou tanto que cansou-se.
    • comparativas: são orações comparativas aquelas que expressam a circunstância de comparação de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas comparativas.
      Exemplo: Guilherme estuda como um louco.
    • causais: são orações causais aquelas que expressam a circunstância de causa de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas causais.
      Exemplo: Não compareceu à reunião de família pois viajou.
    • concessivas: são orações concessivas aquelas que expressam a circunstância de concessão de algo apresentado na oração e são iniciadas com conjunções subordinativas concessivas.
      Exemplo: Fernando não notou nada, embora estivesse atento.
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    Exercício

    Assinale a única alternativa que possui uma oração subordinada adjetiva restritiva:

    a) ( ) As crianças que não ganharam presentes choraram muito.

    b) ( ) Meu pai, que sempre me apoiou, merece todo meu amor.

    c) ( ) O livro, que conquistou o país todo, tornou-se um best-seller.

    d) ( ) As pessoas, que visitavam a cidade, hospedaram-se no famoso hotel Copacabana Palace.

    e) ( ) As flores, que são colhidas ao amanhecer, compõem o famoso perfume francês.

    Resposta: a)

    Videoaulas

    Referências:

    www.educamaisbrasil.com.br

    www.exercicios.mundoeducacao.uol.com.br