O substantivo abstrato é um tipo de substantivo que designa seres sem existência própria, que dependem de outros seres para existirem (qualidade, sentimento, estado, ação e conceito).
Exemplos de substantivos abstratos
Qualidades:
honestidade;
bondade;
beleza;
educação;
feiura;
maldade;
crueldade;
amabilidade;
integridade;
seriedade.
Noções:
tamanho;
peso;
altura;
cor;
grandeza;
dimensão;
comprimento;
grossura;
porte;
espessura.
Estados:
velhice;
infância;
pobreza;
riqueza;
doença;
cansaço;
ilusão;
delírio;
confusão;
decepção.
Ações:
arrumação;
viagem;
crescimento;
compra;
corrida;
utilização;
organização;
investimento;
movimento;
giro.
Sentimentos:
saudade;
amor;
alegria;
tristeza;
raiva;
orgulho;
inveja;
vergonha;
desconfiança;
culpa.
Sensações:
fome;
sede;
calor;
frio;
enjoo;
incômodo;
bem-estar.
Substantivos Concretos e Abstratos
Os substantivos concretos definem os seres que possuem existência própria e não são dependentes de outros. Eles indicam seres do mundo real e fictícios, e nomeia pessoas, objetos, lugares, animais e outros.
Normalmente, o substantivo abstrato é visto como o contrário do substantivo concreto. Entretanto, o pensamento de oposição está sendo trocado por uma concepção que defende a presença de diversos graus de concretude e abstração.
Dessa forma, alguns substantivos podem ser concretos ou abstratos a depender do contexto.
Qual a imagem que você tem do seu chefe? (noção – abstrato)
A imagem do artista será emoldurada. (objeto – concreto)
O adjunto adverbial é o termo que se refere ao verbo, ao adjetivo e ao advérbio.
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.
Classificação
Dependendo do uso, eles são classificados em diversos tipos:
Adjunto Adverbial de Modo
bem;
mal;
melhor;
pior;
assim;
diferente;
igual;
felizmente.
e quase todos terminados em “mente”
Ex: Felizmente, minha tia chegou.
Adjunto Adverbial de Tempo
hoje;
amanhã;
ontem;
cedo;
tarde;
ainda;
agora.
Ex: Ontem corremos muito.
Adjunto Adverbial de Intensidade
muito;
pouco;
mais;
menos;
bastante;
extremamente;
intensamente.
Ex: Gostamos muito do show.
Adjunto Adverbial de Negação
não;
nunca;
jamais.
Ex: Não estamos na mesma faculdade.
Adjunto Adverbial de Afirmação
sim;
certamente;
realmente.
Ex: Certamente temos muito em comum.
Adjunto Adverbial de Dúvida
talvez;
acaso;
provavelmente.
Ex: Provavelmente ela aplicará a prova.
Adjunto Adverbial de Finalidade
a fim de;
para.
Ex: Eu me esforcei para o exame.
Adjunto Adverbial de Matéria
de;
a partir de.
Ex: O album é feito de material orgânico.
Adjunto Adverbial de Lugar
aqui;
ali;
lá;
acolá;
acima;
abaixo;
embaixo;
dentro;
fora;
longe;
perto;
em cima;
em casa.
Ex: Estamos em casa.
Adjunto Adverbial de Meio
por;
a;
de;
entre.
Ex: Viajamos de ônibus.
Adjunto Adverbial de Concessão
todavia;
contudo;
se bem que;
apesar disso.
Ex: Saímos, apesar do frio.
Adjunto Adverbial de Argumento
chega de;
basta de.
Ex: Chega de conflitos.
Além disso, há os advérbios que indicam:
Companhia (Jantamos com a família);
Causa (O pássaro morreu de fome);
Assunto (eles falavam sobre você);
Instrumento (Ela se feriu com o garfo),
Fenômeno da Natureza (O Japão foi atingido por um terremoto);
Paladar (O maracujá estava azedo);
Sentimento (Natália estava triste);
Preço (Compramos a boneca por 50 reais);
Oposição (O flamengo jogará com o fluminense);
Acréscimo (Além da tristeza, sentia muita dor);
Condição (Sem aulas, não haverá prova).
Locuções Adverbiais
A locuções adverbiais são duas ou mais palavras, geralmente introduzidas por uma preposição, que correspondem a um advérbio.
Tempo: de dia, de manhã, de noite, à noite, à tarde, às vezes, por vezes, em breve, de quando em quando, de vez em quando, de tempos a tempos.
Lugar: por ali, por aqui, por dentro, por fora, por perto, à direita, à esquerda, à distância, ao lado, ao largo, em cima, de cima, de dentro, para dentro, de fora, de longe, de perto, embaixo, para onde.
Modo: à pressa, à toa, à vontade, às avessas, às claras, às direitas, às escuras, ao acaso, a sós, a custo, a torto e a direito, ao contrário, de bom grado, de cor, de má vontade, em geral, em silêncio, em vão.
Intensidade: de muito, de pouco, de todo.
Afirmação: com certeza, com efeito, de facto, na verdade, sem dúvida, claro que sim.
Negação: de maneira nenhuma, de modo algum, de forma alguma.
Dúvida: se possível, quem sabe, ao acaso.
Adjunto adverbial e adjunto adnominal
É importante não confundir o adjunto adverbial com o adjunto adnominal.
Enquanto o adjunto adverbial indica uma circunstância, o adjunto adnominal confere características e atributos a um substantivo.
Aquela menina responsável chegou cedo.
Adjunto adverbial: cedo Adjuntos adnominais: aquela e responsável
Videoaulas
ADJUNTO ADVERBIAL: APRENDA EM 7 MINUTOS – Profa. Pamba
Termos da Sintaxe – Aula 01- (Adj. Adverbial, Ad. Adnominal e Comp. Nominal) [Prof Noslen]
Preposição é toda palavra variável que conecta dois ou mais termos da oração. Uma relação de subordinação onde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro.
Em regra, na língua portuguesa, a palavra que precisa da utilização da preposição é chamada de antecedente ou regente, já a palavra introduzida é classificada como consequente ou regida.
As preposições são elementos fundamentais para a produção de textos, uma vez que elas promovem uma maior compreensão e coerência diante do que é escrito.
Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:
• Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”. • Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”. • Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”. • Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”. • Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões.
Tipos e Exemplos de Preposições
Preposição de lugar: O carro veio de Curitiba.
Preposição de modo: Os homens eram colocados em cadeiras.
Preposição de tempo: Por quatro anos ele morou lá.
Preposição de distância: A oito quilômetros daqui passa uma estrada.
Preposição de causa: Com a seca, o boi começou a adoecer.
Preposição de instrumento: Ele cortou a árvore com o facão.
Preposição de finalidade: A praça foi decorada para o evento.
Classificação das preposições
As preposições podem ser de dois tipos:
1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição. Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até…
2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas. Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado…
Locuções prepositivas
Quando temos um grupo de palavras com valor e emprego de uma preposição, damos a esse conjunto o nome de locução prepositiva. As principais locuções prepositivas são constituídas de um advérbio ou de uma locução adverbial seguido da preposição de, a e com. Alguns exemplos de locuções prepositivas estão na tabela a seguir:
abaixo de
de acordo com
junto a
acerca de
debaixo de
junto de
acima de
de modo a
não obstante
a fim de
dentro de
para com
à frente de
diante de
por baixo de
antes de
embaixo de
por cima de
a respeito de
em cima de
por dentro de
atrás de
em frente de
por detrás de
através de
em razão de
quanto a
com respeito a
fora de
sem embargo de
Combinação, Contração e Crase
Importante notar que, algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Assim, quando na junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma combinação, por exemplo:
ao (a + o)
aos (a + os)
aonde (a + onde
Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda fonética, teremos a chamada contração, por exemplo:
do (de + o)
dum (de + um)
desta (de + esta)
no (em + o)
neste (em + este)
nisso (em + isso)
Por fim, toda fusão de vogais idênticas forma uma crase:
à = contração da preposição a + o artigo a
àquilo = contração da preposição a + a primeira vogal do pronome aquilo.
Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a) e pro (para o). Essas palavras não pedem acento, já que se trata de palavras átonas. por exemplo:
Este é um país que vai pra frente.
Vá pra faculdade, e não pro bar!
Resumo
A preposição, apesar de não assumir uma função sintática na oração, liga os termos de uma sentença. Por isso ela é chamada de conectivo ou palavra relacional. O uso correto das preposições é muito importante para a construção de um texto coeso.
Curiosidades
A preposição ‘após’, em alguns casos, pode assumir a função de advérbio, com o sentido de atrás, depois. A expressão ‘dês’ é a mesma que ‘desde’, contudo ela acontece com pouca frequência em autores mais atuais. A expressão ‘trás’ é usada apenas em locuções adverbiais e prepositivas. Exemplo: por trás, para trás, para trás de.
Videoaulas
Interjeição, Conjunção e Preposição ♫ Paródia Show das Poderosas [Prof Noslen]
PREPOSIÇÕES | Aula de Português para concursos, vestibulares, provas, ENEM
A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais (a + a, ou seja, a soma do artigo definido “a” com a preposição “a”.), sendo representada com acento grave.
Quando usar crase?
Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a,…
Aquele menino nunca está atento à aula.
Suas atitudes são idênticas às de sua prima.
Não consigo ser indiferente à falta de respeito dessa pessoa!
É importante obedecer às regras de funcionamento da faculdade.
As testemunhas assistiram à cena impávidas e serenas.
Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções conjuntivas: à noite, à direita, à toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à frente de, à custa de, à semelhança de, à medida que, à proporção que,…
Ligo-te hoje à tarde.
Ele está completamente à parte dos amigos.
A professora apenas conseguiu a promoção à custa de muito esforço.
Meu sobrinho mais novo está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.
Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves)
Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)
Antes da indicação exata e determinada de horas:
Meu filho acorda todos os dias às seis da manhã.
Chegaremos a Brasília às 22h.
A missa começará à meia-noite.
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.
Estou esperando você desde as oito horas.
Marcaram o almoço para as três horas da tarde.
Em diversas expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de transmissão de clareza na leitura:
Vou lavar a mão na pia.
Vou lavar à mão a roupa delicada.
Ele pôs a venda nos olhos.
Ele pôs à venda o carro.
Ela trancou a chave na gaveta.
Ela trancou à chave a porta.
Estudei a distância.
Estudei à distância.
Quando não usar crase
Antes de palavras masculinas
Pedro tem um carro a álcool.
João comprou um jipe a diesel.
Antes de verbos que não indiquem destino
Estava disposto a salvar a garota.
Passava o dia a cantar.
Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo
Falamos a ela sobre o ocorrido
Ofereceram a mim as entradas para o cinema.
Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.
Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa
Era a isso que nos referíamos.
Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.
Casos facultativos de uso da crase
Antes de pronomes possessivos femininos:
Não dão valor à nossa missão.
ou
Não dão valor a nossa missão.
Antes de nome próprio feminino:
Fizemos referência a Marina.
ou
Fizemos referência à Marina.
José de Nicola e Ulisses Infante defendem que, nesse caso, o uso do artigo “a” é facultativo. Segundo eles, uma forma de verificar isso é substituir, na frase, o termo que exige a preposição “a” por um termo que exige outro tipo de preposição. Veja um exemplo:
Não falamos da Marina
ou
Não falamos de Marina.
Isso, de acordo com esses gramáticos, demonstra que o uso do artigo é facultativo; consequentemente, o uso da crase também.
Já Luiz Antonio Sacconi defende que só “acentuamos o ‘a’ antes de nomes de pessoas quando se tratar de indivíduo que faça parte do nosso círculo de amizades, indivíduos aos quais damos tratamento íntimo: a Marisa, a Bete, a Rosa etc. Ex.: Refiro-me à Marisa, e não à Bete”. No entanto, apesar disso, ele considera esse uso facultativo.
Antes de locuções adverbiais femininas indicativas de instrumento, em regra, não se deve utilizar a crase:
Não se pode resolver os conflitos a bala.
No entanto, muitos gramáticos entendem que o uso do acento grave, nesses casos, é facultativo:
Não se pode resolver os conflitos à bala.
Antes dos seguintes nomes de lugar: Europa, Ásia, África, França, Inglaterra, Espanha, Holanda, Escócia e Flandres. Assim:
Não podemos mais voltar à Londres.
ou
Não podemos mais voltar a Londres.
Na locução prepositiva “até a”, antes de substantivo feminino:
Chegaram até a praia e desistiram de nadar.
ou
Chegaram até à praia e desistiram de nadar.
Dicas/macetes para o uso correto da crase
O principalmacete para você descobrir se deve ou não usar a crase é substituir a palavra feminina que vem depois da possível crase por uma palavra masculina equivalente:
Eu cheguei à escola de Gustavo.
Façamos então a substituição:
Eu cheguei ao colégio de Gustavo.
Note que, ao fazer essa alteração, é possível perceber a presença do artigo definido masculino “o” antes do substantivo “colégio”, o que indica a presença do artigo definido feminino “a” antes do substantivo “escola”.
Assim, temos:
Eu cheguei a + a escola de Gustavo = Eu cheguei à escola de Gustavo.
Eu cheguei a + o colégio de Gustavo = Eu cheguei ao colégio de Gustavo.
Outro macete, semelhante ao primeiro, é substituir o artigo definido feminino “a” pelo artigo indefinido feminino “uma”. Se é possível utilizar esse segundo artigo, é porque a presença de um artigo feminino é necessária na frase:
Assisti à luta de boxe no último domingo.
Façamos a substituição:
Assisti a uma luta de boxe no último domingo.
Desse modo, temos:
Assisti a + a luta de boxe = Assisti à luta de boxe.
Assisti a + uma luta de boxe = Assisti a uma luta de boxe.
Outra maneira de ter certeza da ocorrência ou não da crase, no caso de verbos que indicam movimento, como “ir”, “chegar” etc., é substituir esses verbos por outros que indiquem procedência, como “vir”, “partir” etc., ou mesmo localização, como “estar”, “ficar” etc.:
Chegamosa Santos na manhã de sábado.
Então substituímos por:
Partimos de Santos na manhã de sábado.
E também por:
Ficamos em Santos na manhã de sábado.
Perceba que, nas duas substituições, nota-se apenas a presença de preposição, mas não de artigo. Portanto, em “Chegamos a Fortaleza na manhã de sábado”, não pode ocorrer crase.
Exercícios
Fácil, não? Agora é só praticar! Selecione a linha verde para revelar a resposta de cada questão.
1. (ESAN – Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática. b) Daqui à duas semanas ele estará de volta. c) Dia à dia, a empresa foi crescendo. d Ele parecia entregue à tristes cogitações. e) Puseram-se à discutir em voz alta.
Alternativa a: Devemos aliar a teoria à prática.
2. (FCC – Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:
a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o que está vendo. b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar. c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos. d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos. e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.
Alternativa e: Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.
3. (ESAF – Escola de Administração Fazendária) Assinale a frase em que o acento indicativo de crase foi empregado incorretamente:
a) Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria. b) O candidato falou às classes trabalhadoras. c) Fiquei à espera de meus amigos. d) Sua maneira de falar é semelhante à de Paulo. e) Você só poderá ser atendido às 9 horas.
Alternativa a: Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria.
Videoaulas
CRASE: USO E REGRAS | GRAMÁTICA | QUER QUE DESENHE?
Palavras proparoxítonas, ou esdrúxulas, são palavras que têm a antepenúltima sílaba da palavra como sílaba tônica, ou seja, como a sílaba que é pronunciada com maior força. Segundo as regras de acentuação do português, todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente.
Lista de palavras proparoxítonas
átomo (á-to-mo)
tétrico (té-tri-co)
penúltima (pe-núl-ti-ma)
ridículo (ri-dí-cu-lo)
tônica (tô-ni-ca)
incômodo (in-cô-mo-do)
cômico (cô-mi-co)
esplêndido (es-plên-di-do)
fenômeno (fe-nô-me-no)
déspota (dés-po-ta)
próspero (prós-pe-ro)
informática (in-for-má-ti-ca)
simpático (sim-pá-ti-co)
hóspede (hós-pe-de)
impávido (im-pá-vi-do)
câmara (câ-ma-ra)
quíntuplo (quín-tu-plo)
patético (pa-té-ti-co)
fantástico (fan-tás-ti-co)
sólido (só-li-do)
cântico (cân-ti-co)
síndrome (sín-dro-me)
telégrafo (te-lé-gra-fo)
época (é-po-ca)
bárbaro (bár-ba-ro)
hipótese (hi-pó-te-se)
sôfrego (sô-fre-go)
óptica (óp-ti-ca)
anônima (a-nô-ni-ma)
maníaco (ma-ní-a-co)
ginástica (gi-nás-ti-ca)
mérito (mé-ri-to)
áspero (ás-pe-ro)
intrépido (in-tré-pi-do)
inúmero (i-nú-me-ro)
econômico (e-co-nô-mi-co)
ânimo (â-ni-mo)
alcoólatra (al-co-ó-la-tra)
húngaro (hún-ga-ro)
fábula (fá-bu-la)
efêmero (e-fê-me-ro)
estático (es-tá-ti-co)
estúpido (es-tú-pi-do)
elástico (e-lás-ti-co)
fonética (fo-né-ti-ca)
estereótipo (es-te-re-ó-ti-po)
tóxico (tó-xi-co)
lástima (lás-ti-ma)
vândalo (vân-da-lo)
cálculo (cál-cu-lo)
científico (ci-en-tí-fi-co)
típico (tí-pi-co)
hipérbole (hi-pér-bo-le)
músculo (mús-cu-lo)
básico (bá-si-co)
espírito (es-pí-ri-to)
célebre (cé-le-bre)
sábado (sá-ba-do)
característica (ca-rac-te-rís-ti-ca)
tráfico (trá-fi-co)
pêssego (pês-se-go)
pântano (pân-ta-no)
mágica (má-gi-ca)
romântico (ro-mân-ti-co)
análise (a-ná-li-se)
sinônimo (si-nô-ni-mo)
círculo (cír-cu-lo)
anêmona (a-nê-mo-na)
rápido (rá-pi-do)
método (mé-to-do)
polígono (po-lí-go-no)
metrópole (me-tró-po-le)
protótipo (pro-tó-ti-po)
âncora (ân-co-ra)
dúvida (dú-vi-da)
fécula (fé-cu-la)
analógico (a-na-ló-gi-co)
médico (mé-di-co)
quilômetros (qui-lô-me-tros)
xícara (xí-ca-ra)
triângulo (tri-ân-gu-lo)
índice (ín-di-ce)
paroxítona (pa-ro-xí-to-na)
pássaro (pás-sa-ro)
ótimo (ó-ti-mo)
gênero (gê-ne-ro)
válido (vá-li-do)
munícipe (mu-ní-ci-pe)
bêbado (bê-ba-do)
maléfica (ma-lé-fi-ca)
íngreme (ín-gre-me)
público (pú-bli-co)
azáfama (a-zá-fa-ma)
tática (tá-ti-ca)
excêntrico (ex-cên-tri-co)
jurídico (ju-rí-di-co)
leucócito (leu-có-ci-to)
próxima (pró-xi-ma)
prática (prá-ti-ca)
didático (di-dá-ti-co)
dívida (dí-vi-da)
técnica (téc-ni-ca)
pânico (pâ-ni-co)
ângulo (ân-gu-lo)
enérgico (e-nér-gi-co)
ônibus (ô-ni-bus)
último (úl-ti-mo)
histórico (his-tó-ri-co)
indígena (in-dí-ge-na)
máximo (má-xi-mo)
arquétipo (ar-qué-ti-po)
idêntico (i-dên-ti-co)
nítido (ní-ti-do)
página (pá-gi-na)
binóculos (bi-nó-cu-los)
físico (fí-si-co)
lúdico (lú-di-co)
analítico (a-na-lí-ti-co)
tímido (tí-mi-do)
súbito (sú-bi-to)
trágico (trá-gi-co)
paralelepípedo (pa-ra-le-le-pí-pe-do)
acústica (a-cús-ti-ca)
harmônico (har-mô-ni-co)
fósforo (fós-fo-ro)
colérico (co-lé-ri-co)
íntegro (ín-te-gro)
rúcula (rú-cu-la)
pêndulo (pên-du-lo)
pétala (pé-ta-la)
anônimo (a-nô-ni-mo)
lâmpada (lâm-pa-da)
católico (ca-tó-li-co)
rígido (rí-gi-do)
arquipélago (ar-qui-pé-la-go)
espetáculo (es-pe-tá-cu-lo)
límpido (lím-pi-do)
uníssono (u-nís-so-no)
aborígene (a-bo-rí-ge-ne)
única (ú-ni-ca)
artístico (ar-tís-ti-co)
trôpego (trô-pe-go)
próximo (pró-xi-mo)
fôlego (fô-le-go)
exército (e-xér-ci-to)
míope (mí-o-pe)
ética (é-ti-ca)
único (ú-ni-co)
crítico (crí-ti-co)
tônico (tô-ni-co)
cromático (cro-má-ti-co)
término (tér-mi-no)
problemático (pro-ble-má-ti-co)
relâmpago (re-lâm-pa-go)
música (mú-si-ca)
gráfico (grá-fi-co)
antídoto (an-tí-do-to)
bálsamo (bál-sa-mo)
código (có-di-go)
âmbito (âm-bi-to)
trânsito (trân-si-to)
minúsculo (mi-nús-cu-lo)
ípsilon (íp-si-lon)
péssimo (pés-si-mo)
gramática (gra-má-ti-ca)
óculos (ó-cu-los)
catástrofe (ca-tás-tro-fe)
quádruplo (quá-dru-plo)
específica (es-pe-cí-fi-co)
político (po-lí-ti-co)
proparoxítona (pro-pa-ro-xí-to-na)
crítica (crí-ti-ca)
estômago (es-tô-ma-go)
líquido (lí-qui-do)
plástico (plás-ti-co)
lúcido (lú-ci-do)
príncipe (prín-ci-pe)
sílaba (sí-la-ba)
máquina (má-qui-na)
automático (au-to-má-ti-co)
poético (po-é-ti-co)
nômade (nô-ma-de)
cônjuge (côn-ju-ge)
específico (es-pe-cí-fi-co)
bússola (bús-so-la)
mecânico (me-câ-ni-co)
química (quí-mi-ca)
abóbora (a-bó-bo-ra)
cólera (có-le-ra)
ávido (á-vi-do)
oxítona (o-xí-to-na)
esdrúxula (es-drú-xu-la)
flácido (flá-ci-do)
ômega (ô-me-ga)
ácaro (á-ca-ro)
ínterim (ín-te-rim)
doméstico (do-més-ti-co)
cálice (cá-li-ce)
número (nú-me-ro)
brócolis (bró-co-lis)
parâmetro (pa-râ-me-tro)
lógico (ló-gi-co)
sátira (sá-ti-ra)
elétrico (e-lé-tri-co)
sonâmbulo (so-nâm-bu-lo)
obstáculo (obs-tá-cu-lo)
mágico (má-gi-co)
coreógrafo (co-re-ó-gra-fo)
matemática (ma-te-má-ti-ca)
propósito (pro-pó-si-to)
eletrônico (e-le-trô-ni-co)
título (tí-tu-lo)
árvore (ár-vo-re)
décimo (dé-ci-mo)
vítima (ví-ti-ma)
síntese (sín-te-se)
álibi (á-li-bi)
úlcera (úl-ce-ra)
física (fí-si-ca)
fígado (fí-ga-do)
tráfego (trá-fe-go)
dinâmico (di-nâ-mi-co)
lúcifer (lú-ci-fer)
anoréxico (a-no-ré-xi-co)
mínimo (mí-ni-mo)
êxito (ê-xi-to)
lágrima (lá-gri-ma)
úmido (ú-mi-do)
acadêmico (a-ca-dê-mi-co)
gótica (gó-ti-ca)
mácula (má-cu-la)
Proparoxítonas, paroxítonas e oxítonas
Quando classificamos as palavras quanto à posição da sílaba tônica, além de proparoxítonas, as palavras podem ser também classificadas de paroxítonas e oxítonas.
Nas palavras proparoxítonas, a sílaba tônica é a antepenúltima:
gráfico (grá-fi-co);
física (fí-si-ca);
técnica (téc-ni-ca).
Nas palavras paroxítonas, a sílaba tônica é a penúltima:
leitura (lei-tu-ra);
artista (ar-tis-ta);
repórter (re-pór-ter).
Nas palavras oxítonas, a sílaba tônica é a última:
estudar (es-tu-dar);
comitê (co-mi-tê);
boletim (bo-le-tim).
Acentuação Gráfica
Nem toda a sílaba tônica é sinalizada com acento gráfico. Acento tônico e acento gráfico são coisas diferentes e, por isso, não devem ser confundidos. Enquanto o acento gráfico é um sinal gráfico, o acento tônico marca a intensidade do som.
No caso das palavras proparoxítonas todas são acentuadas. Lembre-se: Não existem palavras proparoxítonas sem acento!
Palavras que podem ser proparoxítonas ou paroxítonas
Existem palavras que são consideradas proparoxítonas por alguns dicionários e gramáticos, mas que são consideradas paroxítonas por outros. São as palavras que terminam em -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo.
São consideradas proparoxítonas se o encontro vocálico for pronunciado como hiato (RÁ-di-o) e paroxítonas se o encontro vocálico for pronunciado como ditongo (RÁ-dio).
Vamos considerá-las como proparoxítonas:
ambulância
angústia
ânsia
anúncio
aparência
árduo
arrogância
auxílio
benefício
calúnia
cárie
cerimônia
colégio
comércio
consciência
consequência
contágio
contrário
convívio
cópia
critério
decadência
deficiência
diário
distância
distúrbio
domínio
dúzia
edifício
eficácia
escritório
espécie
essência
estratégia
estúdio
experiência
família
farmácia
fascínio
fêmea
férias
funcionário
gênio
glória
história
horário
ignorância
império
importância
incêndio
indivíduo
infância
influência
ingênuo
início
inteligência
intempérie
laboratório
lírio
literário
mágoa
matéria
memória
miséria
mistério
múmia
necessário
negligência
negócio
notícia
obrigatório
óbvio
ócio
operário
petróleo
potência
prédio
prefácio
preferência
presídio
presságio
privilégio
próprio
provérbio
provisório
prudência
raciocínio
rádio
relatório
relógio
remédio
residência
salário
sandália
secundário
série
sério
silêncio
sítio
substância
temporário
tendência
tênue
tragédia
urgência
usuário
violência
vitória
vocabulário
Palavras proparoxítonas: diferença entre acento tônico e acento gráfico
Acento tônico é diferente de acento gráfico, então cuidado para não as confundir, mesmo as palavras proparoxítonas sendo sempre acentuadas. Acento gráfico É a marcação gráfica que gera a sílaba tônica. Caracterizam-se pelos símbolos: agudo, acento circunflexo e crase. Acento tônico É a tonicidade de uma determinada sílaba quando é pronunciada. Essa sílaba tônica independe da acentuação.
Palavras proparoxítonas e erros de prosódia
Existe uma parte da fonética que trata da acentuação tônica das palavras. Chama-se prosódia. Erros de prosódia são comuns, principalmente a transformação de palavras paroxítona em proparoxítona.
As seguintes palavras são paroxítonas, erradamente pronunciada como proparoxítonas.
rubrica (rúbrica está errado)
recorde (récorde está errado)
libido (líbido está errado)
pudico (púdico está errado)
alcoolemia (alcoolêmia está errado)
filantropo (filantropo está errado)
avaro (ávaro está errado)
Palavras proparoxítonas e dupla prosódia
Algumas palavras apresentam dupla prosódia, ou seja, apresentam dupla pronúncia e grafia, apesar de serem a mesma palavra e possuírem o mesmo significado.
Por apresentarem dupla prosódia, as seguintes palavras podem ser proparoxítonas ou paroxítonas:
acróbata (a-cró-ba-ta) e acrobata (a-cro-ba-ta);
hieróglifo (hi-e-ró-gli-fo) e hieroglifo (hi-e-ro-gli-fo);
logótipo (lo-gó-ti-po) e logotipo (lo-go-ti-po).
Videoaulas
Regras Simples da Acentuação das Palavras – PROPAROXÍTONAS
Oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas – ATUALIZAÇÃO da Aula 1 – Acentuação
ACENTUAÇÃO: OXÍTONAS, PAROXÍTONAS e PROPAROXÍTONAS || Aula de Português
As orações subordinadas substantivas são aquelas que desempenham o papel de substantivo na frase.
São orações que exercem as funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto, tendo a mesma função que um substantivo na estrutura frásica.
Elas começam, maioritariamente, com as conjunções integrantes que e se. São classificadas conforme a função sintática que exercem na oração.
Vale lembrar que as orações subordinadas são orações dependentes, uma vez que para terem o sentido completo, possuem uma relação sintática com outra.
Oração subordinada substantiva subjetiva
Exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
É necessário que você se apresente ao serviço amanhã.
Foi anunciado que Bruno é o vencedor do concurso.
Oração subordinada substantiva objetiva direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas possuem o valor de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo:
Desejo que vocês sejam felizes.
Oração principal: Desejo
Oração subordinada substantiva objetiva direta: que vocês sejam felizes.
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
Exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal, sendo sempre iniciada por uma preposição.
O diretor da empresa necessita deque todos os colaboradores estejam presentes na reunião.
A professora insistiu muito emque os alunos tivessem aulas de recuperação.
Oração subordinada substantiva completiva nominal
As orações subordinadas substantivas completivas nominais possuem o valor de complemento nominal (completa o sentido do nome da oração principal), sendo sempre iniciada por uma preposição.
Exemplo:
Temos fé de que a humanidade para de destruir o planeta.
Oração principal: Temos fé
Oração subordinada substantiva completiva nominal: de que a humanidade para de destruir o planeta.
Oração subordinada substantiva predicativa
Exerce a função de predicativo do sujeito do verbo da oração principal. Aparece sempre depois do verbo ser.
O bom é que ela sempre foi bem comportada.
A dúvida era se seriam necessários mais ajudantes.
Oração subordinada substantiva objetiva direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas possuem o valor de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo:
Desejo que vocês sejam felizes.
Oração principal: Desejo
Oração subordinada substantiva objetiva direta: que vocês sejam felizes.
Oração subordinada substantiva apositiva
Exerce a função de aposto de qualquer termo da oração principal.
Helena apenas desejava uma coisa: que fosse muito feliz com sua família.
Pedi um favor a meus amigos: que esperassem por mim.
Orações desenvolvidas e reduzidas
As orações subordinadas podem ser desenvolvidas ou reduzidas.
As orações subordinadas substantivas acima apresentadas são orações desenvolvidas, iniciadas com pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas. Possuem um verbo conjugado no modo indicativo ou subjuntivo.
Já as orações reduzidas, diferentemente das orações desenvolvidas, não são introduzidas por conjunções ou pronomes. Possuem verbos conjugados numa das formas nominais.
Exemplos de orações subordinadas substantivas reduzidas
É essencial entender a questão. (subjetiva)
O importante é ser o melhor. (predicativa)
O diretor insistiu em trabalharmos com mais afinco. (objetiva indireta)
Outros tipos de orações subordinadas
Além das orações subordinadas substantivas, existem também as orações subordinadas adjetivas, que têm a mesma função que um adjetivo na oração, e as orações subordinadas adverbiais, que têm a mesma função que um advérbio na oração.
A Locução Adjetiva é a união de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo, caracterizando um substantivo.
Locução = reunião de palavras.
Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)
Classificações
– Simples: quando apresenta um único radical. Ex.: comida saborosa.
– Composto: quando apresenta mais de um radical. Ex.: programa sociocultural.
– Primitivo: quando não provém de outra palavra da língua portuguesa. Ex.: inimigo leal.
– Derivados: quando provém de outra palavra da língua portuguesa. Ex.: calça esverdeada.
Exemplos
As locuções adjetivas são normalmente formadas por preposição + substantivo ou preposição + advérbio. A locução adjetiva nunca é formada por verbo, nesse caso corresponde a uma oração.
Luz do sol – luz solar
Passeio da manhã – passeio matinal
Festa de junho – festa junina
Amor de irmão – amor fraterno
Faixa de idade – faixa etária
Problemas do estômago – problemas estomacais
Flores do campo – flores campestres
Turno da tarde – turno vespertino
Passeio da noite – passeio noturno
Carne de boi – carne bovina
Água da chuva – água pluvial
Imagem do lago – imagem lacustre
Rosto de anjo – rosto angelical
Indústria de tecidos – indústria têxtil
Globo do olho – globo ocular
Doença do coração – doença cardíaca
Ambiente sem cheiro – ambiente inodoro
Alegria da família – alegria familiar
Problemas da sociedade – problemas sociais
Ondas do mar – ondas marítimas
Linguagem do homem – linguagem humana
Cordão do umbigo – cordão umbilical
Material de guerra – material bélico
Lista de Locuções Adjetivas
Confira abaixo uma lista com as locuções adjetivas e os adjetivos correspondentes:
As palavras paroxítonas são palavras que têm a penúltima sílaba da palavra como sílaba tônica. A maior parte delas não é acentuada e representa a maioria das palavras da língua portuguesa.
Exemplos de palavras paroxítonas
alcateia (al-ca-tei-a);
higiene (hi-gi-e-ne);
tênis (tê-nis);
amável (a-má-vel);
filantropo (fi-lan-tro-po);
enjoo (en-jo-o);
órfã (ór-fã);
caráter (ca-rá-ter);
pezinho (pe-zi-nho);
sótão (só-tão);
órgão (ór-gão);
europeia (eu-ro-pei-a);
bênção (bên-ção);
ideia (i-dei-a);
proibido (pro-i-bi-do);
bônus (bô-nus);
felicidade (fe-li-ci-da-de);
libido (li-bi-do);
fêmur (fê-mur);
réptil (rép-til);
bíceps (bí-ceps);
coco (co-co);
vírus (ví-rus);
córtex (cór-tex);
heroico (he-roi-co);
álbum (ál-bum);
homem (ho-mem);
oásis (o-á-sis);
tórax (tó-rax);
túnel (tú-nel);
rubrica (ru-bri-ca);
Fênix (Fê-nix);
ciúme (ci-ú-me);
rapidamente (ra-pi-da-men-te);
revólver (re-vól-ver);
joia (joi-a);
ímpar (ím-par);
item (i-tem);
pônei (pô-nei);
Vênus (Vê-nus);
voo (vo-o);
dócil (dó-cil);
vizinho (vi-zi-nho);
cansaço (can-sa-ço);
amigo (a-mi-go);
paranoia (pa-ra-noi-a);
geleia (ge-lei-a);
pudico (pu-di-co);
recorde (re-cor-de);
júri (jú-ri);
fácil (fá-cil);
jiboia (ji-boi-a);
mesa (me-sa);
gratuito (gra-tui-to);
açúcar (a-çú-car);
fósseis (fós-seis).
Acentuação das palavras paroxítonas
Todas as palavras paroxítonas com as terminações abaixo recebe acento.
Terminadas em r:
Ímpar;
Cadáver;
Caráter;
Fêmur;
Revólver;
Açúcar.
Terminadas em l:
Fóssil;
Réptil;
Têxtil;
Túnel;
Tátil;
Cônsul.
Terminadas em n:
Hífen;
Éden;
Dólmen;
Glúten;
Pólen;
Abdômen;
Líquen.
Terminadas em x:
Córtex;
Tórax;
Fênix;
Clímax;
Látex.
Terminadas em ps:
Bíceps;
Tríceps;
Fórceps.
Terminadas em ã, ãs, ão, ãos:
Órfã;
Órfão;
Ímã;
Órgãos;
Sótão;
Bênção.
Terminadas em um, uns, om, ons:
Álbum;
Fórum;
Prótons.
Terminadas em us:
Vírus;
Húmus;
Bônus;
Campus;
Ônus.
Terminadas em i, is:
Júri;
Íris;
Tênis;
Lápis;
Práxis.
Terminadas em ei, eis:
Jóquei;
Hóquei;
Fizésseis;
Falásseis;
Amáveis;
Saudáveis.
Terminadas em ditongo (união de duas vogais na mesma sílaba)
Itália;
Áurea;
Memória;
Róseo;
Cássia;
Imóveis;
Imundície;
Espécie.
As palavras paroxítonas e o Acordo Ortográfico
Segundo as regras de acentuação do atual acordo ortográfico, diversos acentos foram abolidos nas palavras paroxítonas:
o acento agudo nos ditongos abertos oi e ei;
o acento circunflexo nos ditongos oo e ee;
o acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos.
Palavras paroxítonas
Escrita atual e correta
Escrita antes do acordo
ditongo aberto oi
jiboia; boia; paranoia; heroico; joia.
jibóia; bóia; paranóia; heróico; jóia.
ditongo aberto ei
ideia; europeia; alcateia; geleia; plateia.
idéia; européia; alcatéia; geléia; plateia.
ditongo oo
abençoo; perdoo; voo; magoo; enjoo.
abençôo; perdôo; vôo; magôo; enjôo.
ditongo ee
eles deem; eles creem; eles leem; eles veem.
eles dêem; eles crêem; eles lêem; eles vêem.
i ou u antes de ditongos
baiuca; feiura.
baiúca; feiúra.
Nota: O acordo ortográfico apenas aboliu o acento agudo nos ditongos abertos oi e ei nas palavras paroxítonas. Nas palavras oxítonas, mantém-se o acento agudo: herói, lençóis, papéis.
Paroxítonas, proparoxítonas e oxítonas
Quando classificamos as palavras quanto à posição da sílaba tônica, além de paroxítonas, as palavras podem ser também classificadas de proparoxítonas e oxítonas.
Nas palavras proparoxítonas, a sílaba tônica é a antepenúltima:
sílaba (sí-la-ba);
matemática (ma-te-má-ti-ca);
fósforo (fós-fo-ro).
Nas palavras paroxítonas, a sílaba tônica é a penúltima:
criança (cri-an-ça);
corajoso (co-ra-jo-so);
louvável (lou-vá-vel).
Nas palavras oxítonas, a sílaba tônica é a última:
entender (en-ten-der);
coração (co-ra-ção);
xadrez (xa-drez).
Aprenda todas as regras de acentuação gráfica do português.
Paroxítonas ou proparoxítona?
As palavras terminadas em -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo podem ser consideradas paroxítonas ou proparoxítonas. Se o encontro consonantal for entendido como um ditongo, são paroxítonas (his-tó-ria). Se o encontro consonantal for entendido como um hiato, são proparoxítonas (his-tó-ri-a).
Embora o atual acordo ortográfico as considere proparoxítonas, diversos gramáticos afirmam ser paroxítonas terminadas em ditongo crescente:
história (his-tó-ria);
série (sé-rie);
gênio (gê-nio);
glória (gló-ria);
início (i-ní-cio);
exíguo (e-xí-guo);
lírio (lí-rio);
mágoa (má-goa);
tênue (tê-nue);
rádio (rá-dio);
cárie (cá-rie);
miséria (mi-sé-ria).
Palavras paroxítonas e erros de prosódia
Existe uma parte da fonética que trata da acentuação tônica das palavras. Chama-se prosódia. Erros de prosódia são comuns, principalmente a transformação de palavras paroxítonas em proparoxítonas.
As seguintes palavras são paroxítonas, erradamente pronunciadas como proparoxítonas:
rubrica (rúbrica está errado)
recorde (récorde está errado)
libido (líbido está errado)
pudico (púdico está errado)
alcoolemia (alcoolêmia está errado)
filantropo (filantropo está errado)
avaro (ávaro está errado)
Nota: No caso da palavra Nobel, erradamente se transforma a palavra em paroxítona, acentuando a sílaba no, quando a palavra é oxítona, tendo bel como silaba tônica (No-BEL).
Palavras paroxítonas e dupla prosódia
Algumas palavras apresentam dupla prosódia, ou seja, dupla acentuação tônica, pronúncia e grafia, apesar de serem a mesma palavra e possuírem o mesmo significado.
Exemplos de dupla prosódia:
logotipo (paroxítona) e logótipo (proparoxítona)
xérox (paroxítona) e xerox (oxítona)
acrobata (paroxítona) e acróbata (proparoxítona)
hieroglifo (paroxítona) e hieróglifo (proparoxítona)
Exercício
Complete as frases com uma palavra paroxítona, conforme o exemplo.
Equivoco-me e não há mais o que fazer: já temos ali um equívoco.
___ para não sair antes de almoçar. Mas, do que adianta falar?
Durante o discurso anunciou: “E, finalmente, ___ minha candidatura para prefeito!”
Sempre que ___ daquela vista, tenho ótimos trabalhos fotográficos.
Não ___ mais guardanapos. Já contamos o suficiente!
Resposta (selecione o texto a baixo para revelar a resposta):
O adjetivo é um modificador do substantivo e pode variar em gênero, número e grau.
Os graus de um adjetivo podem ser flexionados em três níveis: normal, comparativo e superlativo. Eles são utilizados para fazer comparações ou elevar as características atribuídas aos substantivos.
Grau normal
No grau normal, o adjetivo caracteriza um ou mais seres, sem indicar intensidade.
Minha filha é bonita.
O sapato é preto.
Eles são bagunceiros.
Grau comparativo
É importante ressaltar que o processo de gradação pode dar-se por dois meios: o sintático e o morfológico. Assim, o comparativo pode indicar que:
um ser possui determinada qualidade em grau superior, igual ou inferior a outro;
o mesmo ser possui uma qualidade superior, igual ou inferior a outra que também possui.
Dessa maneira, temos os seguintes graus do comparativo:
Grau comparativo de inferioridade
Grau comparativo de inferioridade = menos (adjetivo) que/do que
Ana é menos preguiçosa que Pedro.
A revista é menos pesada do que o jornal.
Grau comparativo de igualdade
Grau comparativo de igualdade = tão (adjetivo) quanto/ como/ quão
Regina é tão educada como Bruna.
Química é tão importante quanto física.
Ele é tão decidido quão teimoso.
Grau comparativo de superioridade
Grau comparativo de superioridade = mais (adjetivo) que/ do que
Bruno é mais atento que Daniel.
O lápis é mais comprido do que a caneta.
GRAU COMPARATIVO DE SUPERIORIDADE IRREGULAR
Alguns adjetivos formam o grau comparativo de superioridade de modo irregular, com formas sintéticas.
(mais) bom = melhor
(mais) mau = pior
(mais) grande = maior
(mais ) pequeno = menor
Grau superlativo
O grau superlativo pode expressar:
1) que um ser possui uma qualidade em elevado grau;
2) que, comparando com outros seres que possuem a mesma qualidade, um sobressai-se por possuí-la em grau maior ou menor que os demais.
Dessa forma, temos os seguintes graus de superlativo:
Grau superlativo relativo
O grau superlativo relativo caracteriza um ou mais seres em maior ou menor grau que os demais seres.
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE INFERIORIDADE
Grau superlativo relativo de inferioridade = o menos (adjetivo)
José é o menos inteligente da classe.
Joana é a menos faladora das meninas.
GRAU SUPERLATIVO RELATIVO DE SUPERIORIDADE
Grau superlativo relativo de superioridade = o mais (adjetivo)
Ela é a pessoa mais educada deste mundo!
Meu irmão é o mais rápido dos corredores.
Grau superlativo absoluto
O grau superlativo absoluto caracteriza um ou mais seres, atribuindo qualidades em grau muito elevado.
1. (FEBASP) “Os homens são os melhores fregueses” – os melhores encontram-se no grau:
a) comparativo de superioridade b) superlativo relativo de superioridade c) superlativo absoluto sintético d) superlativo absoluto analítico de superioridade
Resposta(selecione o texto a baixo para revelar):
Alternativa b: superlativo relativo de superioridade.
2. (FAAP-SP) Acentuadíssimas – adjetivo de acentuadas flexionado no grau:
a) comparativo de superioridade b) comparativo de igualdade c) superlativo relativo de superioridade d) superlativo absoluto sintético e) superlativo absoluto relativo
Resposta(selecione o texto a baixo para revelar):
Alternativa d: superlativo absoluto sintético.
3. (Unimep-SP) O adjetivo está mal flexionado em grau em:
a) livre: libérrimo b) magro: macérrimo c) doce: docílimo d) triste: tristíssimo e) fácil: facílimo
Resposta(selecione o texto a baixo para revelar):
Alternativa c: doce: docílimo.
4. (UEPG) Assinale a frase em que o adjetivo está no grau superlativo relativo de superioridade.
a) Estes operários são capacíssimos. b) O quarto estava escuro como a noite. c) Não sou menos digno de meus pais. d) Aquela mulher é podre de rica. e) Você foi o amigo mais sincero que eu tive.
Resposta(selecione o texto a baixo para revelar):
Alternativa e: Você foi o amigo mais sincero que eu tive.
Orações coordenadas são orações que estão ligadas uma à outra apenas pelo sentido, sendo sintaticamente independentes. Ligam-se através de conjunções ou de vírgulas. Quando são separadas é possível entender seu sentido, independente da oração que esteja próxima. Apesar de não dependerem de outras orações para existirem, podem fazer uso de outras para completar o seu sentido. Esse tipo de ligação nas orações coordenadas ocorre quando há presença de conectivos como, por exemplo, as conjunções. As orações coordenadas são classificadas em dois tipos: assindéticas e sindéticas.
Orações assindéticas
As orações coordenadas assindéticas são caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, não são ligadas através de nenhum conectivo.
Exemplos
Saí cedo da loja, peguei um táxi, fui ao parque, voltei tarde.
Cheguei no colégio, fui direto à sala de aula.
Faço uma torta, uns salgados, uns biscoitos.
Orações sindéticas
As orações coordenadas sindéticas são caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção ou locução coordenativa.
Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Exemplos
Amo pizza, mas estou de dieta.
João vai sofrer muito, pois sua tia é inconsequente.
Está chovendo muito aqui, logo, vamos voltar para a loja.
Classificações
Aditivas: estabelecem ideia de adição, soma. Exemplo: Não venderemos a loja, nem (alugaremos) a casa.
São conjunções aditivas: e, nem, mas, também.
– Adversativas: estabelecem oposição, adversidade. Exemplo: Gostaria de ter comido, mas não tive tempo.
São conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
– Alternativas: estabelecem alternância. Exemplo: Siga o GPS ou peça informações.
São conjunções alternativas: ou…ou, ora…ora, já…já, quer…quer, siga…siga.
– Conclusivas: estabelecem conclusão. Exemplo: São todos doidos portanto não podem entender.
São conjunções conclusivas: portanto, logo, por isso, pois, assim.
– Explicativas: estabelecem explicação. Exemplo: Senti calor, porque estava com agasalho.
São conjunções explicativas: que, porque, pois, porquanto.
Orações Coordenadas versus Orações Subordinadas
As orações subordinadas, como o próprio nome já indica, são aquelas que dependem de uma oração principal. Isto é, são orações que possuem função sintática com a principal. Isto quer dizer que as orações subordinadas são dependentes e precisam da oração principal para completar seu sentido. Diferente das coordenadas que são independentes
Vídeo-aulas
Orações Coordenadas
Período Composto por Coordenação ♫ Paródia “Morro do Dendê” ♫
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS e ASSINDÉTICAS | Aprenda tudo!
Os pronomes de tratamento são expressões que assumem valor semântico de pronomes. O próprio nome já sugere que eles, estão em função ou ficam em lugar do nome ou dos substantivos. Os pronomes de tratamento são classificados como pronomes pessoais de tratamento. Isso ocorre porque a língua portuguesa dispõe de vários vocábulos adequados a cada situação comunicativa, considerando a posição social do interlocutor. Dessa forma, os pronomes de tratamento fazem referência à segunda pessoa do discurso, ou seja, aquela com quem se fala.
Lista dos Pronomes de Tratamento
Confira a lista dos pronomes, da sua utilização e das respectivas abreviaturas:
Pronome
Abreviaturas
Utilização
Singular
Plural
Senhor(es) e Senhora(s)
sr. e sra.
srs. e sras.
Tratamento formal.
Você(s)
v.
v.
Tratamento informal.
Vossa(s) Alteza(s)
V.A.
VV. AA.
Príncipes e princesas, duques e duquesas.
Vossa(s) Eminência(s)
V. Ema., V. Em.a ou V. Em.a
V. Emas., V. Em.as ou V. Em.as
Cardeais.
Vossa(s) Excelência(s)
V. Ex.a ou V. Ex.a
V. Ex.as ou V. Ex.as
Altas autoridades: Presidente da República, ministros, deputados, embaixadores.
Vossa Excelentíssima Reverendíssima
V. Ex.a Rev.ma
V. Ex.as Rev.mas
Bispos e arcebispos.
Vossa(s) Magnificência(s)
V. Mag.a. ou V. Mag.a
V. Mag.as ou V. Mag.as
Reitores de universidades.
Vossa(s)Majestade(s)
V. M.
VV. MM.
Reis e rainhas, imperadores e imperatrizes.
Vossa Reverência
V. Rev.a
V. Rev.as
Sacerdotes e outras autoridades religiosas do mesmo nível.
Vossa(s) Reverendíssima(s)
V. Revma., V. Rev.ma ou V. Rev.ma
V. Revma., V. Rev.mas ou Rev.mas
Sacerdotes e outras autoridades religiosas do mesmo nível.
Vossa Santidade
V. S.
–
Papa.
Vossa(s) Senhoria(s)
V. S.a ou V.S.a
V. S.as ou V.S.as
Oficiais, funcionários graduados e tratamento comercial.
Regras
1) Embora estejamos a nos dirigir à 2.ª pessoa, a concordância verbal deve ser feita mediante a utilização do verbo na 3.ª pessoa.
Exemplos:
Você precisa de ajuda?
Agradeço que Vossa Senhoria analise o assunto assim que possível.
2) O possessivo “Vossa” de alguns pronomes de tratamento deve ser substituído pelo “Sua” quando o pronome de tratamento se refere não à pessoa com que se fala (2.ª pessoa), mas de quem se fala (3.ª pessoa).
Exemplos:
Vossa Magnificência gostaria de assinar os diplomas agora?
Sua Magnificência gostaria de assinar os diplomas agora. Dê-me a pasta, por favor.
Pronomes de tratamento familiar e cerimonioso
No dia a dia é muito comum a utilização dos pronomes de tratamentos para nos referirmos às pessoas nas mais diversas situações de comunicação. Em determinadas circunstâncias de fala, os interlocutores são pessoas que fazem parte do convívio social ou da intimidade do emissor. Nesse caso, é uma comunicação mais informal e por isso utiliza-se as formas de tratamento você ou vocês. Veja nos exemplos abaixo: • Vocês podem falar mais baixo? Perguntou a professora de química na sala de aula. • Júlia, se você precisar de ajuda é só pedir. • Primo, você quer um chocolate? • João e Maria, vocês precisam de mais água? Perguntou a vizinha. Em outras situações de fala, o emissor tem a necessidade de se colocar com mais formalidade. Assim, os interlocutores não são pessoas conhecidas de quem emite a informação e o contexto comunicativo exige respeito e formalidade. O ambiente de trabalho, os atendimentos hospitalares e bancários são exemplos de contextos comunicativos mais formais. Nesses casos, utiliza-se as formas de tratamento senhor (es) ou senhora (s). Veja abaixo: • O senhor pode solicitar as notas fiscais no setor de atendimento ao cliente, orientou o fiscal da loja. • As senhoras desejam ajudam? Perguntou o agente de segurança às clientes. • Os senhores desejam fazer o pagamento com cartão de crédito ou de débito? Perguntou o vendedor aos empresários. • Dona Catarina, a senhora precisa sair de táxi hoje? Perguntou o porteiro.
Diferença entre os pronomes “Sua” e “Vossa”
Existe uma lógica diferenciada no uso do “sua” e do “vossa” na referência ao interlocutor na comunicação. Veja a seguir: Oração 1: Solicitamos que Vossa Alteza nos conceda o abono dos impostos. Oração 2: Nossa expectativa é que Sua Alteza conceda o abono dos impostos aos estrangeiros. Na oração 1 é possível identificar que o emissor dirige a mensagem diretamente ao príncipe. Assim, a comunicação é diretamente realizada com a 2 ª pessoa do discurso. E nesse caso, especificamente, utiliza-se o “vossa”. Já na oração 2 o emissor fala a respeito do príncipe e não diretamente com ele. Por isso, utiliza-se o “sua”.
Resumo sobre pronomes de tratamento
Os pronomes de tratamento são utilizados como alternativas para os pronomes pessoais em linguagens mais formais ou técnicas. Mesmo sendo utilizado para se referir a um interlocutor, é importante que o pronome de tratamento sempre seja emprego na terceira pessoa.
Por exemplo: Você pode me emprestar sua camisa? (correto). Você pode me emprestar tua camisa? (errado).
Exemplos de pronomes de tratamento: você, senhor ou senhora, vossa senhoria, vossa excelência, vossa magnificência, vossa santidade, vossa reverendíssima, entre outros.
Exercícios resolvidos
Questão 1 (FGV-2018) Relacione os pronomes de tratamento, listados a seguir, aos respectivos cargos.
Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.
a) 5, 2, 4, 1 e 3. b) 4, 1, 2, 3 e 5. c) 5, 3, 2, 1 e 4. d) 5, 1, 3, 2 e 4. e) 4, 2, 3, 1 e 5.
Respostas
1 – Alternativa d), Vossa Santidade refere-se ao Papa, Vossa Excelência a almirantes, Vossa Senhoria a coronéis, Vossa Magnificência a reitores e Vossa Reverendíssima a cônegos.
Vídeo Aulas
Pronomes de tratamento
Pronomes de tratamento – Atualização da aula 3 – Morfologia
Se você fica em dúvida quanto uso do “mais” e do “mas”, saiba quando usá-los!
As duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas. Porém, os seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes.
Mas é usado, principalmente, com sentido de porém, todavia, contudo. Mais indica, principalmente, o aumento da quantidade, sendo antônima de menos.
Mas
É usado principalmente como conjunção que introduz uma contrariedade, uma adversidade.;
É uma conjunção adversativa e equivale a “porém”, “contudo”, “entretanto”, “no entanto”;
A palavra “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio.
Exemplos
Ele estudou, mas não conseguiu passar.
Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora.
Maria é uma boa aluna, mas fica nervosa na prova.
Já tenho muitos livros, mas não consigo parar de comprar outros.
João está estressado, mas ele costuma ser calmo.
O resultado saiu, mas ela não foi aprovada.
Hoje acordei animada, mas não quis ir trabalhar.
Mais
É, na maioria das vezes, um advérbio de intensidade e corresponde ao contrário de “menos”;
Pode ser um substantivo comum, uma conjunção, um advérbio de intensidade, uma preposição ou um pronome indefinido;
Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.
No plural, pode significar também: os outros, os demais, os restantes.
Exemplos
Meus amigos têm mais qualidades do que defeitos;
Vou embora, os mais que se decidam;
Fale mais alto, por favor;
Quero ir mais vezes para a América;
Isto é o mais que ele consegue fazer;
Sílvia é a menina mais bonita da turma.
Três mais três são seis.
Vou mais minha irmã ao cinema;
Não faço mais nada do que for preciso;
Hoje vivemos num mundo melhor e muito mais justo;
Mario foi à festa com seu amigo mais sua namorada.
Más
A palavra “más” com acento é o plural de “má”, ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por exemplo: