Quando lemos ou escrevemos um texto, temos duas formas de nos referir a fala de um personagem: com o discurso direto ou indireto.
Discurso direto
O discurso direto é aquele ao qual reproduzimos nossas palavras e as do interlocutor em um diálogo. É comum o uso de verbos declarativos, como: respondeu, disse, perguntou, afirmou, ponderou, sugeriu, indagou, entre outros…
Exemplos
Hoje eu estava falando com a Maria de manhã, e ela disse: “Não fui passear com meu cão ontem”.
Por que acordou tão cedo? Perguntou-lhe com cara de brava.
Uma pessoa na rua me perguntou:
— Que horas são, por favor?
Características do discurso direto
- É uma transcrição exata da fala das personagens;
- É antecedido pelo travessão, que indica quando começa a fala de uma personagem e quando há a mudança de interlocutores.
- Acontece sem a participação do narrador;
- Após o verbo de elocução, há dois-pontos e uma mudança de linha para um novo parágrafo;
- É introduzido por verbos de elocução que anunciam o discurso (dizer, responder, perguntar, comentar, observar, falar, retrucar, replicar, aconselhar, gritar, exclamar, murmurar);
Discurso indireto
É uma maneira indireta de dizer o que o personagem disse.
No discurso indireto, não damos voz aos personagens, nós dizemos o que eles dizem. O narrador usa as sua próprias maneira para transmitir a fala das personagens.
Utilizamos conjunções como: Se e Que.
Exemplos
Eu estava indo ao trabalho de manhã, quando fui abordado por um sujeito na rua que me perguntou se eu sabia que horas eram.
A minha vizinha queria saber se eu tinha açúcar para emprestar.
Ela disse que ia para o bar depois da faculdade.
Discurso indireto livre
No discurso indireto livre, o narrador introduz a fala das personagens no meio da narração, sem qualquer indício da mudança da voz do narrador para a voz da personagem.
Exemplos
Denise chegou rápido da faculdade. Estava com muita fome. Vou almoçar depois de alimentar meu gato. Ela sempre se preocupa muito com seus bichinhos de estimação.