Na Língua Portuguesa, o hiato acontece quando duas vogais se encontram em uma palavra mas são separadas na separação silábica.
São exemplos de hiato:
Pa-ra-í-ba
Sa-ú-de
La-go-a
Ma-es-tro
So-ar
Bu-ro-cra-ci-a
E-pi-de-mi-a
Hi-e-na
Ma-re-si-a
Te-a-tro
Fi-el
Se-ri-a-do
Mo-e-da
E-lo-gi-o
U-ni-cór-ni-o
Xin-to-ís-mo
Ti-a
Zo-dí-a-co
Te-o-ri-a
Zo-o-ló-gi-co
Vo-o
Ur-gên-ci-a
Vi-a-gem
Se-rei-a
Pi-o-lho
Ju-iz
Fa-ís-ca
Vo-o
Do-er
Ál-co-ol
Ju-í-zo
Su-a-do
Ba-ú
Ra-i-nha
Tra-í-do
Vi-ú-vo
A-or-ta
Ru-í-do
Co-or-te
Ti-o
Le-al
Anu-i-da-de
Pre-en-cher
Mo-i-nho
Hi-a-to
La-go-a
Lu-a
Po-e-sia
Se-re-i-a
Fi-el
Con-te-ú-do
Pi-a-no
A-men-do-im
Ru-im
Vi-a-gem
Pi-o-lho
A-é-re-o
Ca-o-lho
Sa-ú-de
A-in-da
Se-ri-a-do
Tra-i-dor
Ru-í-na
Pa-ís
Di-ur-no
Bu-ro-cra-ci-a
Co-e-lho
Jo-e-lho
Re-e-le-ger
Co-o-pe-rar
Cru-el
Di-a
Hiato, ditongo e tritongo
Existem três tipos de encontros vocálicos. São eles o hiato, o ditongo e o tritongo. Vale recordar que encontro vocálico trata-se do encontro de vogais ou semivogais (sons vocálicos pronunciadas com menos força) em uma palavra, sem a presença de consoantes entre elas.
Os hiatos configuram-se como o encontro de duas vogais em sílabas diferentes. São exemplos de hiato: piada (pi-a-da), piolho (pi-o-lho) e moeda (mo-e-da).
Os ditongos configuram-se como o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba. São exemplos de ditongo: caixa (cai-xa), beijo (bei-jo) e sabão (sa-bão).
Os tritongos configuram-se como o encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba. São exemplos de tritongo: Paraguai (Pa-ra-guai), saguão (sa-guão) e iguais (i-guais).
Diferença entre hiatos e ditongos
Apesar dos hiatos e ditongos se tratarem de encontros vocálicos, os hiatos são separados no momento da separação de sílabas. As vogais permanecem na mesma sílaba e não se separam no ditongo. Por exemplo: peixe (pei-xe), mãe (mãe), herói (he-rói). Já no hiato, cada vogal permanece em uma sílaba diferente. Por exemplo: rainha (ra-i-nha), iate (i-a-te), país (pa-ís).
Pronome pode ser definido como palavras que pertencem a uma classe de palavras que pode ser utilizada na substituição do substantivo. A finalidade do pronome é indicar a pessoa do discurso, bem como situar no tempo e no espaço sem que o seu nome seja utilizado.
O pronome pode ser dividido em dois tipos: pronomes adjetivos, aqueles que acompanham ou modificam os substantivos, como no exemplo: “Meu boné é verde, aqueles bonés são pretos”; pronomes substantivos, que desempenham a função de substantivo, como no exemplo “Ele é meu namorado”. Assim, os pronomes podem ser pronomes interrogativos, pronomes oblíquos, pronomes relativos, pronomes demonstrativos, pronomes indefinidos, pronomes possessivos, pronomes pessoais e pronomes de tratamento. Tais pronomes sofrem variações com relação ao número, gênero e pessoa. A seguir, aprenda o que é pronome adjetivo.
O pronome adjetivo é utilizado a fim de se modificar o substantivo que acompanha, como um adjetivo. Sempre que o pronome adjetivo consta em uma oração ele acompanha um determinado substantivo, concordando sempre em número, pessoa e gênero. Por exemplo, “Estão as coisas em minha mala azul”. Nessa oração, o pronome “minha” determina “mala”. Outro exemplo: “Por outras regiões te procurei”. “Outras” é o pronome adjetivo que determina o substantivo “regiões”.
Pronome Adjetivo X Pronome Substantivo
O pronome adjetivo acompanha o substantivo em uma oração, e o pronome substantivo substitui o substantivo. Por exemplo: “Vitor entende linguagem de sinais” passaria para: “Ele entende linguagem de sinais”, onde o pronome substantivo “ele” substitui o substantivo próprio “Vitor”.
Exemplos de pronome adjetivo
Meu cunhado chega hoje ao Brasil. (O pronome adjetivo meu determina o substantivo comum cunhado.)
Suas perguntas serão respondidas pelo advogado. (O pronome adjetivo suas determina o substantivo comum perguntas.)
Aqueles alunos passaram na prova com distinção. (O pronome adjetivo aqueles determina o substantivo comum alunos.)
Este manual é muitíssimo indicado. (O pronome adjetivo este determina o substantivo comum manual.)
Orações Subordinadas: Substantivas, Adjetivas e Adverbiais
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São orações subordinadas aquelas que exercem uma função sintática em relação à oração principal. São estabelecidos dois tipos de períodos na gramática da língua portuguesa. São eles o período composto por coordenação e o período composto por subordinação. O período composto por coordenação é formado exclusivamente por orações independentes e sem dependência sintática. Já o período composto por subordinação é formado por duas ou mais orações, sendo uma a principal e a outra subordinada pois depende sintaticamente dela.
No geral, a oração independente sintaticamente tem sentido e constitui-se em um texto. Confira o exemplo:
“A chuva caiu”
A oração “a chuva caiu” é independente, pois ela tem sentido próprio. Entretanto, se essa oração for inserida em uma camada gramatical inferior em relação à outra oração, ela não será mais independente. Confira:
“Todos se molharam quando a chuva caiu.”
Note que escrita de tal forma, a oração apresenta a seguinte estrutura sintática:
Oração principal = Todos se molharam Oração subordinada = quando a chuva caiu
A oração “quando a chuva caiu” tem uma relação de dependência e exerce uma função sintática em relação à oração principal.
Neste caso, a oração independente “a chuva caiu” transportou-se do nível sintático de independência para exercer a função sintática de oração subordinada adverbial temporal, uma vez que tem valor de advérbio e exprime o aspecto circunstancial de “tempo” em relação ao núcleo verbal “molharam” da oração principal.
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Podemos reconhecer a subordinação da oração “quando a chuva caiu”, que passou a funcionar como membro dependente da oração principal, através da palavra “quando” que a introduziu. O “quando” configura-se como uma conjunção subordinativa temporal.
Desta forma, as orações subordinadas são gramaticalmente classificadas de acordo com a função sintática, ou seja, se são termos essenciais, integrantes ou acessórios, que exercerem em relação à oração principal.
As unções sintáticas que as orações subordinadas podem exercer são: objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, complemento nominal, aposto, adjunto adverbial e adjunto adnominal. Assim, as orações subordinadas têm valor de adjetivos, substantivos e advérbios e, por isso, são classificadas como orações subordinadas substantivas, orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais. As orações subordinadas têm especificidades gramaticais dentro das unidades sintáticas.
Período composto por orações subordinadas substantivas
Asorações subordinadas substantivas apresentam valor de substantivo e exercem a função sintática de objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, aposto ou complemento nominal em relação à oração principal.
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Geralmente as orações subordinadas substantivas são iniciadas com conjunções subordinativas “se” e “que”. O “se” é empregado quando o verbo exprime duvida e, em alguns casos, quando as orações são iniciadas por pronome ou advérbio exclamativo ou interrogativo. Já o “que” é empregado quando o verbo exprime certeza.
Confira abaixo exemplos dos tipos de orações subordinadas, de acordo com a sua função sintática:
apositivas: são as orações que exercem função sintática de aposto em relação à oração principal. Exemplo: Dei a ele um conselho: (que) seguisse seu rumo na vida.
completivas nominais: são as orações cuja função é exercer o complemento nominal em relação à oração principal. Exemplo: Tinha convicção de que ela era a culpada.
objetivas diretas: são as orações que exercem a função de objeto direto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Acreditamos que a senhora deve trabalhar pela tarde.
objetivas indiretas: são as orações que exercem a função de objeto indireto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Convenceu-o de que o problema era passageiro.
predicativas: são as orações que exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo: A verdade é que todos foram negados.
subjetivas: são as orações que exercem a função de sujeito em relação à oração principal. Exemplo: Consta que as dívidas já foram pagas.
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Período composto por orações subordinadas adjetivas
As orações subordinadas adjetivas, como o nome sugere, são aquelas que têm valor de adjetivo em relação à oração principal e, consequentemente, determinam o substantivo antecedente.
As orações subordinadas adjetivas apresentam valores semânticos diferentes. Para que você entenda melhor tais valores, vamos simular uma reunião de professores em situação comunicativa. A coordenadora pedagógica afirma:
Fala 1: – Nesse currículo escolar, se todos concordarem, vamos adotar um novo projeto pedagógico. Os alunos que têm dificuldade com química terão aulas extras.
A segunda frase dita pela coordenadora pedagógica tem a seguinte estrutura sintática: oração principal = Os alunos oração subordinada adjetiva = que têm dificuldade com química oração principal = terão aulas extras
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Na fala 1, quem “terá aulas extras”? A coordenadora pedagógica tem como objetivo planejar aulas extras somente para alguns alunos. No caso apresentado aqui, aqueles que têm dificuldade com química.
A mesma frase dita pela coordenadora pedagógica foi reescrita de outra forma e, agora, entre vírgulas. Veja:
Fala 2: Os alunos, que têm dificuldade com química, terão aulas extras.
Observe que, com a fala 2 escrita de tal forma, mudou-se o objetivo da coordenadora pedagógica, já que quem “terá aulas extras” agora serão todos os alunos.
Ambos os casos apresentam orações subordinadas adjetivas com valor de adjetivo e que modificam o substantivo “alunos”. A fala 1, porém, é uma oração subordinada adjetiva restritiva pois particulariza o sentido do substantivo. Já a fala 2 configura-se como uma oração subordinada adjetiva explicativa pois universaliza o sentido do substantivo.
Desta forma, as orações subordinadas adjetivas são classificadas em:
•adjetiva restritiva: são as orações que particularizam o sentido do substantivo ou do pronome e ligam-se sem vírgulas ao antecedente;
•adjetiva explicativa: são as orações que universalizam o sentido do substantivo ou do pronome antecedente e estão entre vírgulas.
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Período composto por orações subordinadas adverbiais
Asorações subordinadas adverbiais têm valor de advérbio ou de locução adverbial e apresentam função sintática de adjunto adverbial em relação ao núcleo verbal da oração verbal. As orações adverbiais expressam diversas circunstâncias diante da oração principal e são classificadas como:
proporcionais: são orações proporcionais aquelas que expressam a circunstância de proporção de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas proporcionais. Exemplo: Conforme aproximava-se o dia da prova final, a tensão de Renan aumentava.
condicionais: são orações condicionais aquelas expressam a circunstância de condição de algo apresentado na oração principal e iniciam-se com conjunções subordinativas condicionais. Exemplo: Iremos ao rodízio japonês hoje, se não chover.
conformativas: são orações conformativas aquelas que expressam a circunstância de conformidade entre algo apresentado nelas e na oração principal, e são iniciadas com conjunções subordinativas conformativas. Exemplo: Conforme prometeu, pagará a dívida ainda hoje.
temporais: são orações temporais aquelas que expressam a circunstância de tempo de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas temporais. Exemplo: Fico empolgado sempre que viajo para o Recife.
finais: são orações finais aquelas que expressam a circunstância de finalidade de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas finais. Exemplo: João fez de tudo para que sua filha estudasse na Itália.
consecutivas: são orações consecutivas aquelas que expressam a circunstância de consequência de algo apresentado na oração principal e são iniciadas por conjunções subordinativas consecutivas. Exemplo: Andou tanto que cansou-se.
comparativas: são orações comparativas aquelas que expressam a circunstância de comparação de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas comparativas. Exemplo: Guilherme estuda como um louco.
causais: são orações causais aquelas que expressam a circunstância de causa de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas causais. Exemplo: Não compareceu à reunião de família pois viajou.
concessivas: são orações concessivas aquelas que expressam a circunstância de concessão de algo apresentado na oração e são iniciadas com conjunções subordinativas concessivas. Exemplo: Fernando não notou nada, embora estivesse atento.
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Exercício
Assinale a única alternativa que possui uma oração subordinada adjetiva restritiva:
a) ( ) As crianças que não ganharam presentes choraram muito.
b) ( ) Meu pai, que sempre me apoiou, merece todo meu amor.
c) ( ) O livro, que conquistou o país todo, tornou-se um best-seller.
d) ( ) As pessoas, que visitavam a cidade, hospedaram-se no famoso hotel Copacabana Palace.
e) ( ) As flores, que são colhidas ao amanhecer, compõem o famoso perfume francês.