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    Orações Subordinadas

    São chamadas de orações subordinadas as orações que apresentam uma função sintática em relação à oração principal.

    Na gramática da Língua Portuguesa são estabelecidos dois tipos de períodos: o período composto por subordinação e o período composto por coordenação. O período composto por subordinação é formado por duas ou mais orações, onde uma é a principal e a outra é a subordinada, pois é sintaticamente dependente dela. O período composto por coordenação, por sua vez, é formado somente por orações independentes e, desta forma, sem dependência sintática.

    Normalmente a oração independente sintaticamente apresenta sentido e constitui-se em um texto. Leia e note essa ideia na oração seguinte:

    O dia nasceu

    A oração “O dia nasceu” tem sentido próprio e, desta forma, é independente. Porém, caso essa oração seja inserida em uma camada gramatical inferior em relação à outra oração não será mais independente. Note:

    As crianças saíram quando o dia nasceu.

    Note que escrita deste modo, a oração apresenta a seguinte estrutura sintática:

    Oração principal = As crianças saíram
    Oração subordinada = quando o dia nasceu

    A oração “quando o dia nasceu” tem uma relação de dependência e exerce uma função sintática em relação à oração principal.

    Deste modo, a oração independente “O dia nasceu” transportou-se do nível sintático de independência para exercer, neste caso, a função sintática de oração subordinada adverbial temporal. Ela apresenta valor de advérbio e exprime o aspecto circunstancial de “tempo” em relação ao núcleo verbal “saíram” da oração principal.

    A marca para o reconhecimento da subordinação da oração “quando o dia nasceu”, que passou a funcionar como membro dependente da oração principal, é o “quando” que a introduziu. Deste modo, o “quando” trata-se de uma conjunção subordinativa temporal.

    Assim, as orações subordinadas serão gramaticalmente classificadas de acordo com a função sintática (se são termos essenciais, integrantes ou acessórios) que tais orações exercerem em relação à oração principal.

    As funções sintáticas que podem ser exercidas pelas orações subordinadas são: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, aposto, complemento nominal, adjunto adverbial e adjunto adnominal.

    Desta forma, as orações subordinadas apresentam valor de substantivos, adjetivos e advérbios. Por tal motivo tais orações são classificadas como orações subordinadas substantivas, orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais.

    As orações subordinadas apresentam especificidades gramaticais dentro das unidades sintáticas. 

    Período Composto Por Orações Subordinadas Substantivas

    As orações subordinadas substantivas apresentam valor de substantivo e desempenham a função sintática de sujeitoobjeto diretoobjeto indiretopredicativo do sujeitocomplemento nominal ou aposto em relação à oração principal. 

    As orações subordinadas substantivas geralmente iniciam-se com conjunções subordinativas “que” e “se”. O “que” emprega-se quando o verbo exprime certeza e o “se” quando o verbo exprime dúvida. Em alguns casos também podem iniciadas por pronome ou advérbio interrogativo ou exclamativo.

    Confira os exemplos dos tipos das orações subordinadas, de acordo com a sua função sintática:

    Subjetiva: são as orações que desempenha a função de sujeito em relação à oração principal.
    Exemplo 1: Consta que os alunos já retornaram do recreio.

    Objetiva direta: são as orações que desempenham a função de objeto direto do núcleo verbal da oração principal.
    Exemplo 2: Acreditamos que a senhora deve retornar pela tarde.

    Objetiva indireta: são as orações que desempenham a função de objeto indireto do núcleo verbal da oração principal.
    Exemplo 3: Convenceu-o de que a amizade verdadeira nunca acaba.

    Predicativa: são as orações que desempenham a função de predicativo do sujeito da oração principal.
    Exemplo 4: A realidade é que todos eles foram embora.

    Completiva nominal: são as orações que desempenham a função de complemento nominal em relação à oração principal.
    Exemplo 5: Estava convencido de que ela era inocente.

    Apositiva: são as orações que desempenham a função sintática de aposto em relação à oração principal.
    Exemplo 6: Dei-lhe uma sugestão: (que) viaje para onde quiser.

    Período Composto Por Orações Subordinadas Adjetivas

    As orações subordinadas adjetivas, como o nome sugere, possuem valor de adjetivo em relação à oração principal. Desta forma, elas determinam o substantivo antecedente.

    As orações subordinadas adjetivas têm valores semânticos diferentes. Para compreender melhor esses valores confira a simulação da seguinte situação comunicativa de uma reunião de professores. A coordenadora pedagógica diz:

    Fala 1:
    – Se todos estiverem de acordo, nesse currículos escolar vamos adotar um novo projeto pedagógico. Os alunos que têm dificuldade com Português terão aulas extras.

    A segunda frase afirmada pela coordenadora pedagógica apresenta a seguinte estrutura sintática:
    oração principal = Os alunos
    oração subordinada adjetiva = que têm dificuldade com Português
    oração principal = terão aulas extras

    Na fala 1, quem “terá aulas extras”? A coordenadora pedagógica tem por objetivo planejar aulas extras somente para uma parte dos alunos. Neste caso, os alunos que têm dificuldade com Português.

    A mesma oração afirmada pela coordenadora pedagógica foi reescrita de uma forma diferente, agora entre vírgulas. Confira:

    Fala 2:
    Os alunos, que têm dificuldade com Português, terão aulas extras.

    Note que, com a fala 2 escrita dessa forma, a coordenadora pedagógica mudou de objetivo. Isso porque, quem “terá aulas extras” serão todos os alunos agora.

    Nos dois casos há orações subordinadas adjetivas com valor de adjetivo e que modificam o substantivo “alunos”.

    Contudo, a fala 1 trata-se uma oração subordinada adjetiva restritiva pois particulariza o sentido do substantivo. Na fala 2 trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa pois universaliza o sentido do substantivo.

    Desta forma, as orações subordinadas adjetivas são classificadas em:

    Adjetiva restritiva: são as orações que particularizam o sentido do substantivo ou do pronome e ligam-se sem vírgulas ao antecedente;

    Adjetiva explicativa: são as orações que universalizam o sentido do substantivo ou do pronome antecedente e estão entre vírgulas.

    Período Composto Por Orações Subordinadas Adverbiais

    As orações subordinadas adverbiais apresentam valor de advérbio ou de locução adverbial e exercem a função sintática de adjunto adverbial em relação ao núcleo verbal da oração verbal.

    As orações adverbiais expressam diversas circunstâncias diante da oração principal e, por tal motivo, são classificadas como:

    Causais: São as orações que expressam a circunstância de causa de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas causais.
    Exemplo 1: Não foi à reunião de pais porque viajou.

    Consecutivas: São as orações que expressam a circunstância de consequência de algo apresentado na oração principal e iniciam-se por conjunções subordinativas consecutivas.
    Exemplo 2: Estudou tanto que adormeceu.

    Conformativas: São as orações que expressam a circunstância de conformidade entre algo apresentado nelas e na oração principal, e são iniciadas com conjunções subordinativas conformativas.
    Exemplo 3: Conforme afirmou, pagará a escola ainda hoje.

    Concessivas: São as orações que expressam a circunstância de concessão de algo apresentado na oração e iniciam-se com conjunções subordinativas concessivas.
    Exemplo 4: Pedro não notou nada, embora estivesse atento.

    Comparativas: São as orações que expressam a circunstância de comparação de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas comparativas.
    Exemplo 5: João viaja como um presidente.

    Condicionais: São as orações que expressam a circunstância de condição de algo apresentado na oração principal e iniciam-se com conjunções subordinativas condicionais.
    Exemplo 6: Visitaremos nossos primos hoje, se não chover.

    Finais: São as orações que expressam a circunstância de finalidade de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas finais.
    Exemplo 7: Maria tentou de tudo para que seu filho passasse no vestibular.

    Proporcionais: São as orações que expressam a circunstância de proporção de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas proporcionais.
    Exemplo 8: Conforme se aproximava o início das férias, a expectativa da turma aumentava.

    Temporais: São as orações que expressam a circunstância de tempo de algo apresentado na oração principal e iniciam-se com conjunções subordinativas temporais.
    Exemplo 9: Fico empolgado sempre que visito o nordeste.

  • Orações subordinadas

    Orações subordinadas

    Orações Subordinadas: Substantivas, Adjetivas e Adverbiais

    Foto: Reprodução (pixabay.com)

    São orações subordinadas aquelas que exercem uma função sintática em relação à oração principal. São estabelecidos dois tipos de períodos na gramática da língua portuguesa. São eles o período composto por coordenação e o período composto por subordinação. O período composto por coordenação é formado exclusivamente por orações independentes e sem dependência sintática. Já o período composto por subordinação é formado por duas ou mais orações, sendo uma a principal e a outra subordinada pois depende sintaticamente dela.

    No geral, a oração independente sintaticamente tem sentido e constitui-se em um texto. Confira o exemplo:

    “A chuva caiu”

    A oração “a chuva caiu” é independente, pois ela tem sentido próprio. Entretanto, se essa oração for inserida em uma camada gramatical inferior em relação à outra oração, ela não será mais independente. Confira:

    “Todos se molharam quando a chuva caiu.”

    Note que escrita de tal forma, a oração apresenta a seguinte estrutura sintática:

    Oração principal = Todos se molharam
    Oração subordinada = quando a chuva caiu

    A oração “quando a chuva caiu” tem uma relação de dependência e exerce uma função sintática em relação à oração principal.

    Neste caso, a oração independente “a chuva caiu” transportou-se do nível sintático de independência para exercer a função sintática de oração subordinada adverbial temporal, uma vez que tem valor de advérbio e exprime o aspecto circunstancial de “tempo” em relação ao núcleo verbal “molharam” da oração principal.

    Foto: Reprodução (pixabay.com)

    Podemos reconhecer a subordinação da oração “quando a chuva caiu”, que passou a funcionar como membro dependente da oração principal, através da palavra “quando” que a introduziu. O “quando” configura-se como uma conjunção subordinativa temporal.

    Desta forma, as orações subordinadas são gramaticalmente classificadas de acordo com a função sintática, ou seja, se são termos essenciais, integrantes ou acessórios, que exercerem em relação à oração principal.

    As unções sintáticas que as orações subordinadas podem exercer são: objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, complemento nominal, aposto, adjunto adverbial e adjunto adnominal. Assim, as orações subordinadas têm valor de adjetivos, substantivos e advérbios e, por isso, são classificadas como orações subordinadas substantivas, orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais. As orações subordinadas têm especificidades gramaticais dentro das unidades sintáticas. 

    Período composto por orações subordinadas substantivas

    As orações subordinadas substantivas apresentam valor de substantivo e exercem a função sintática de objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, aposto ou complemento nominal em relação à oração principal. 

    Foto: Reprodução (pixabay.com)

    Geralmente as orações subordinadas substantivas são iniciadas com conjunções subordinativas “se” e “que”. O “se” é empregado quando o verbo exprime duvida e, em alguns casos, quando as orações são iniciadas por pronome ou advérbio exclamativo ou interrogativo. Já o “que” é empregado quando o verbo exprime certeza.

    Confira abaixo exemplos dos tipos de orações subordinadas, de acordo com a sua função sintática:

    • apositivas: são as orações que exercem função sintática de aposto em relação à oração principal. Exemplo: Dei a ele um conselho: (que) seguisse seu rumo na vida.
    • completivas nominais: são as orações cuja função é exercer o complemento nominal em relação à oração principal. Exemplo: Tinha convicção de que ela era a culpada.
    • objetivas diretas: são as orações que exercem a função de objeto direto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Acreditamos que a senhora deve trabalhar pela tarde.
    • objetivas indiretas: são as orações que exercem a função de objeto indireto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Convenceu-o de que o problema era passageiro. 
    • predicativas: são as orações que exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo: A verdade é que todos foram negados.
    • subjetivas: são as orações que exercem a função de sujeito em relação à oração principal. Exemplo: Consta que as dívidas já foram pagas.
    Foto: Reprodução (pixabay.com)

    Período composto por orações subordinadas adjetivas

    As orações subordinadas adjetivas, como o nome sugere, são aquelas que têm valor de adjetivo em relação à oração principal e, consequentemente, determinam o substantivo antecedente.

    As orações subordinadas adjetivas apresentam valores semânticos diferentes. Para que você entenda melhor tais valores, vamos simular uma reunião de professores em situação comunicativa. A coordenadora pedagógica afirma:

    Fala 1:
    – Nesse currículo escolar, se todos concordarem, vamos adotar um novo projeto pedagógico. Os alunos que têm dificuldade com química terão aulas extras.

    A segunda frase dita pela coordenadora pedagógica tem a seguinte estrutura sintática:
    oração principal = Os alunos
    oração subordinada adjetiva = que têm dificuldade com química
    oração principal = terão aulas extras

    Foto: Reprodução (pixabay.com)

    Na fala 1, quem “terá aulas extras”? A coordenadora pedagógica tem como objetivo planejar aulas extras somente para alguns alunos. No caso apresentado aqui, aqueles que têm dificuldade com química.

    A mesma frase dita pela coordenadora pedagógica foi reescrita de outra forma e, agora, entre vírgulas. Veja:

    Fala 2:
    Os alunos, que têm dificuldade com química, terão aulas extras.

    Observe que, com a fala 2 escrita de tal forma, mudou-se o objetivo da coordenadora pedagógica, já que quem “terá aulas extras” agora serão todos os alunos.

    Ambos os casos apresentam orações subordinadas adjetivas com valor de adjetivo e que modificam o substantivo “alunos”. A fala 1, porém, é uma oração subordinada adjetiva restritiva pois particulariza o sentido do substantivo. Já a fala 2 configura-se como uma oração subordinada adjetiva explicativa pois universaliza o sentido do substantivo.

    Desta forma, as orações subordinadas adjetivas são classificadas em:

    adjetiva restritiva: são as orações que particularizam o sentido do substantivo ou do pronome e ligam-se sem vírgulas ao antecedente;

    adjetiva explicativa: são as orações que universalizam o sentido do substantivo ou do pronome antecedente e estão entre vírgulas.

    Foto: Reprodução (pixabay.com)

    Período composto por orações subordinadas adverbiais

    As orações subordinadas adverbiais têm valor de advérbio ou de locução adverbial e apresentam função sintática de adjunto adverbial em relação ao núcleo verbal da oração verbal. As orações adverbiais expressam diversas circunstâncias diante da oração principal e são classificadas como:

    • proporcionais: são orações proporcionais aquelas que expressam a circunstância de proporção de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas proporcionais.
      Exemplo: Conforme aproximava-se o dia da prova final, a tensão de Renan aumentava.
    • condicionais: são orações condicionais aquelas expressam a circunstância de condição de algo apresentado na oração principal e iniciam-se com conjunções subordinativas condicionais. Exemplo: Iremos ao rodízio japonês hoje, se não chover.
    • conformativas: são orações conformativas aquelas que expressam a circunstância de conformidade entre algo apresentado nelas e na oração principal, e são iniciadas com conjunções subordinativas conformativas.
      Exemplo: Conforme prometeu, pagará a dívida ainda hoje.
    • temporais: são orações temporais aquelas que expressam a circunstância de tempo de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas temporais.
      Exemplo: Fico empolgado sempre que viajo para o Recife.
    • finais: são orações finais aquelas que expressam a circunstância de finalidade de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas finais.
      Exemplo: João fez de tudo para que sua filha estudasse na Itália.
    • consecutivas: são orações consecutivas aquelas que expressam a circunstância de consequência de algo apresentado na oração principal e são iniciadas  por conjunções subordinativas consecutivas.
      Exemplo: Andou tanto que cansou-se.
    • comparativas: são orações comparativas aquelas que expressam a circunstância de comparação de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas comparativas.
      Exemplo: Guilherme estuda como um louco.
    • causais: são orações causais aquelas que expressam a circunstância de causa de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas causais.
      Exemplo: Não compareceu à reunião de família pois viajou.
    • concessivas: são orações concessivas aquelas que expressam a circunstância de concessão de algo apresentado na oração e são iniciadas com conjunções subordinativas concessivas.
      Exemplo: Fernando não notou nada, embora estivesse atento.
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    Exercício

    Assinale a única alternativa que possui uma oração subordinada adjetiva restritiva:

    a) ( ) As crianças que não ganharam presentes choraram muito.

    b) ( ) Meu pai, que sempre me apoiou, merece todo meu amor.

    c) ( ) O livro, que conquistou o país todo, tornou-se um best-seller.

    d) ( ) As pessoas, que visitavam a cidade, hospedaram-se no famoso hotel Copacabana Palace.

    e) ( ) As flores, que são colhidas ao amanhecer, compõem o famoso perfume francês.

    Resposta: a)

    Videoaulas

    Referências:

    www.educamaisbrasil.com.br

    www.exercicios.mundoeducacao.uol.com.br