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    Regência verbal

    Na Língua Portuguesa, a regência verbal e a regência nominal tratam-se de um processo em que um determinante termo rege outro termo determinado a ele, responsável por estabelecer uma relação de subordinação entre eles. A subordinação costuma ser marcada pela preposição que liga um termo ao outro, bem como pela ausência dela.

    Como a regência verbal ocorre?

    A regência verbal, tal qual seu nome denuncia, configura-se como a relação de subordinação entre um verbo e outro termo, podendo ser este tanto o complemento como a preposição.

    Assim, quando um verbo é intransitivo (necessita de complemento) ou transitivo direto (necessita de complemento, entretanto sem preposição), afirma-se que ele não é regido por preposição. Confira os exemplos:

    → verbo + complemento

    • Os estudantes tinham boas notas.
    • Ela adorava pilotar a própria moto.
    • Eles finalizaram o trabalho?

    Nos exemplos vistos acima, não houve necessidade do verbo precisar ser regido por nenhuma preposição para dar sentido ao enunciado.

    Quando o verbo é transitivo indireto, é correto afirmar que uma preposição “rege” esse verbo. Em outras palavras, a preposição é necessária para ligá-lo ao seu complemento e atribuir o significado adequado ao enunciado. Confira os exemplos:

    → verbo + preposição + complemento

    • Eles opinaram sobre o caso.
    • É verdade que ela se separou do Pedro?
    • Eu me dediquei para conseguir a nota.

    Nos exemplos vistos acima, o verbo é regido por uma preposição cuja finalidade é ligado ao complemento para atribuir sentido ao enunciado: opinar sobre, separar-se de, dedicar-se para. O verbo depende da preposição, ou seja, está subordinado a ela.

    Verbos com mais de uma regência

    A importância da preposição é tamanha que, inúmeras vezes, o mesmo verbo pode ser regido por preposições diferentes para indicar significados diferentes. Confira os exemplos:

    → Assistir/assistir a

    • Sem preposição (transitivo direto) = “ajudar”, “auxiliar”:
      A enfermeira assistiu o médico durante a operação.
    • Com preposição (transitivo indireto) = “ver”, “presenciar”, “acompanhar”:
      Eles já assistiram a esse filme diversas vezes, gostaram muito.

    → Aspirar/aspirar a

    • Sem preposição (transitivo direto) = “cheirar”:
      Aspiraram os perfumes e optaram pela melhor fragrância.
    • Com preposição (transitivo indireto) = “ter por objetivo”, “pretender”:
      Aspirava a melhores vagas de emprega.

    → Custar/custar a

    • Sem preposição (transitivo direto) = “ter valor”:
      Aquele vestido custou muito caro.
    • Com preposição (transitivo indireto) = “ser custoso a alguém”:
      Custou ao garoto abrir mão da sua vontade.

    → Informar/informar a

    • Informa-se algo a alguém, portanto, é transitivo direto e indireto, tendo os dois complementos:
      Informei o acontecimento à gerente e ao supervisor.

    → Implicar/implicar com

    • Sem preposição (transitivo direto) = “ter consequências”:
      O cancelamento da compra implicará uma multa.
    • Com preposição (transitivo indireto) = “provocar”, “irritar”, “antipatizar”:
      Os meninos viviam implicando com o mais novo.

    → Visar

    Sem preposição (transitivo direto) = “olhar”, “avistar”, “assinar”:

    • O vendedor visou o cliente / A professora visou a prova.
    • Com preposição (transitivo indireto) = “ter por objetivo”, “pretender”:
    • Eles visavam ao cargo mais alto da empresa.

    Quais são as diferenças entre regência verbal e nominal?

    regência nominal também pode se referir à relação de subordinação entre dois termos. Contudo, enquanto a regência verbal trata da relação entre um verbo e seu complemento, a regência nominal é responsável por tratar da relação entre nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e seus complementos.

    Um nome possui a mesma regência do verbo do qual deriva. Confira exemplos:

    • Ela tinha uma opinião sobre o caso.
    • Ela opinou sobre o caso.
    • Eu me esforcei para conquistar a vaga.
    • Eu fiz esforço para conquistar a vaga.
    • As crianças viviam implicando com o mais novo.
    • As crianças tinham implicância com o mais novo.

    Videoaulas

    Referências:

    www.brasilescola.uol.com.br/gramatica/regencia-verbal.htm

    www.portugues.com.br/gramatica/regencia-verbal-.html