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  • Orações subordinadas

    Orações subordinadas

    Orações Subordinadas: Substantivas, Adjetivas e Adverbiais

    Foto: Reprodução (pixabay.com)

    São orações subordinadas aquelas que exercem uma função sintática em relação à oração principal. São estabelecidos dois tipos de períodos na gramática da língua portuguesa. São eles o período composto por coordenação e o período composto por subordinação. O período composto por coordenação é formado exclusivamente por orações independentes e sem dependência sintática. Já o período composto por subordinação é formado por duas ou mais orações, sendo uma a principal e a outra subordinada pois depende sintaticamente dela.

    No geral, a oração independente sintaticamente tem sentido e constitui-se em um texto. Confira o exemplo:

    “A chuva caiu”

    A oração “a chuva caiu” é independente, pois ela tem sentido próprio. Entretanto, se essa oração for inserida em uma camada gramatical inferior em relação à outra oração, ela não será mais independente. Confira:

    “Todos se molharam quando a chuva caiu.”

    Note que escrita de tal forma, a oração apresenta a seguinte estrutura sintática:

    Oração principal = Todos se molharam
    Oração subordinada = quando a chuva caiu

    A oração “quando a chuva caiu” tem uma relação de dependência e exerce uma função sintática em relação à oração principal.

    Neste caso, a oração independente “a chuva caiu” transportou-se do nível sintático de independência para exercer a função sintática de oração subordinada adverbial temporal, uma vez que tem valor de advérbio e exprime o aspecto circunstancial de “tempo” em relação ao núcleo verbal “molharam” da oração principal.

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    Podemos reconhecer a subordinação da oração “quando a chuva caiu”, que passou a funcionar como membro dependente da oração principal, através da palavra “quando” que a introduziu. O “quando” configura-se como uma conjunção subordinativa temporal.

    Desta forma, as orações subordinadas são gramaticalmente classificadas de acordo com a função sintática, ou seja, se são termos essenciais, integrantes ou acessórios, que exercerem em relação à oração principal.

    As unções sintáticas que as orações subordinadas podem exercer são: objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, complemento nominal, aposto, adjunto adverbial e adjunto adnominal. Assim, as orações subordinadas têm valor de adjetivos, substantivos e advérbios e, por isso, são classificadas como orações subordinadas substantivas, orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais. As orações subordinadas têm especificidades gramaticais dentro das unidades sintáticas. 

    Período composto por orações subordinadas substantivas

    As orações subordinadas substantivas apresentam valor de substantivo e exercem a função sintática de objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo do sujeito, aposto ou complemento nominal em relação à oração principal. 

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    Geralmente as orações subordinadas substantivas são iniciadas com conjunções subordinativas “se” e “que”. O “se” é empregado quando o verbo exprime duvida e, em alguns casos, quando as orações são iniciadas por pronome ou advérbio exclamativo ou interrogativo. Já o “que” é empregado quando o verbo exprime certeza.

    Confira abaixo exemplos dos tipos de orações subordinadas, de acordo com a sua função sintática:

    • apositivas: são as orações que exercem função sintática de aposto em relação à oração principal. Exemplo: Dei a ele um conselho: (que) seguisse seu rumo na vida.
    • completivas nominais: são as orações cuja função é exercer o complemento nominal em relação à oração principal. Exemplo: Tinha convicção de que ela era a culpada.
    • objetivas diretas: são as orações que exercem a função de objeto direto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Acreditamos que a senhora deve trabalhar pela tarde.
    • objetivas indiretas: são as orações que exercem a função de objeto indireto do núcleo verbal da oração principal. Exemplo: Convenceu-o de que o problema era passageiro. 
    • predicativas: são as orações que exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo: A verdade é que todos foram negados.
    • subjetivas: são as orações que exercem a função de sujeito em relação à oração principal. Exemplo: Consta que as dívidas já foram pagas.
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    Período composto por orações subordinadas adjetivas

    As orações subordinadas adjetivas, como o nome sugere, são aquelas que têm valor de adjetivo em relação à oração principal e, consequentemente, determinam o substantivo antecedente.

    As orações subordinadas adjetivas apresentam valores semânticos diferentes. Para que você entenda melhor tais valores, vamos simular uma reunião de professores em situação comunicativa. A coordenadora pedagógica afirma:

    Fala 1:
    – Nesse currículo escolar, se todos concordarem, vamos adotar um novo projeto pedagógico. Os alunos que têm dificuldade com química terão aulas extras.

    A segunda frase dita pela coordenadora pedagógica tem a seguinte estrutura sintática:
    oração principal = Os alunos
    oração subordinada adjetiva = que têm dificuldade com química
    oração principal = terão aulas extras

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    Na fala 1, quem “terá aulas extras”? A coordenadora pedagógica tem como objetivo planejar aulas extras somente para alguns alunos. No caso apresentado aqui, aqueles que têm dificuldade com química.

    A mesma frase dita pela coordenadora pedagógica foi reescrita de outra forma e, agora, entre vírgulas. Veja:

    Fala 2:
    Os alunos, que têm dificuldade com química, terão aulas extras.

    Observe que, com a fala 2 escrita de tal forma, mudou-se o objetivo da coordenadora pedagógica, já que quem “terá aulas extras” agora serão todos os alunos.

    Ambos os casos apresentam orações subordinadas adjetivas com valor de adjetivo e que modificam o substantivo “alunos”. A fala 1, porém, é uma oração subordinada adjetiva restritiva pois particulariza o sentido do substantivo. Já a fala 2 configura-se como uma oração subordinada adjetiva explicativa pois universaliza o sentido do substantivo.

    Desta forma, as orações subordinadas adjetivas são classificadas em:

    adjetiva restritiva: são as orações que particularizam o sentido do substantivo ou do pronome e ligam-se sem vírgulas ao antecedente;

    adjetiva explicativa: são as orações que universalizam o sentido do substantivo ou do pronome antecedente e estão entre vírgulas.

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    Período composto por orações subordinadas adverbiais

    As orações subordinadas adverbiais têm valor de advérbio ou de locução adverbial e apresentam função sintática de adjunto adverbial em relação ao núcleo verbal da oração verbal. As orações adverbiais expressam diversas circunstâncias diante da oração principal e são classificadas como:

    • proporcionais: são orações proporcionais aquelas que expressam a circunstância de proporção de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas proporcionais.
      Exemplo: Conforme aproximava-se o dia da prova final, a tensão de Renan aumentava.
    • condicionais: são orações condicionais aquelas expressam a circunstância de condição de algo apresentado na oração principal e iniciam-se com conjunções subordinativas condicionais. Exemplo: Iremos ao rodízio japonês hoje, se não chover.
    • conformativas: são orações conformativas aquelas que expressam a circunstância de conformidade entre algo apresentado nelas e na oração principal, e são iniciadas com conjunções subordinativas conformativas.
      Exemplo: Conforme prometeu, pagará a dívida ainda hoje.
    • temporais: são orações temporais aquelas que expressam a circunstância de tempo de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas temporais.
      Exemplo: Fico empolgado sempre que viajo para o Recife.
    • finais: são orações finais aquelas que expressam a circunstância de finalidade de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas finais.
      Exemplo: João fez de tudo para que sua filha estudasse na Itália.
    • consecutivas: são orações consecutivas aquelas que expressam a circunstância de consequência de algo apresentado na oração principal e são iniciadas  por conjunções subordinativas consecutivas.
      Exemplo: Andou tanto que cansou-se.
    • comparativas: são orações comparativas aquelas que expressam a circunstância de comparação de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas comparativas.
      Exemplo: Guilherme estuda como um louco.
    • causais: são orações causais aquelas que expressam a circunstância de causa de algo apresentado na oração principal e são iniciadas com conjunções subordinativas causais.
      Exemplo: Não compareceu à reunião de família pois viajou.
    • concessivas: são orações concessivas aquelas que expressam a circunstância de concessão de algo apresentado na oração e são iniciadas com conjunções subordinativas concessivas.
      Exemplo: Fernando não notou nada, embora estivesse atento.
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    Exercício

    Assinale a única alternativa que possui uma oração subordinada adjetiva restritiva:

    a) ( ) As crianças que não ganharam presentes choraram muito.

    b) ( ) Meu pai, que sempre me apoiou, merece todo meu amor.

    c) ( ) O livro, que conquistou o país todo, tornou-se um best-seller.

    d) ( ) As pessoas, que visitavam a cidade, hospedaram-se no famoso hotel Copacabana Palace.

    e) ( ) As flores, que são colhidas ao amanhecer, compõem o famoso perfume francês.

    Resposta: a)

    Videoaulas

    Referências:

    www.educamaisbrasil.com.br

    www.exercicios.mundoeducacao.uol.com.br

     

  • Substantivo

    Substantivo

    Substantivo é o termo responsável por nomear objetos, seres, lugares, ações, etc. Existem 9 tipos de substantivos: próprio, comum, abstrato, coletivo, concreto, composto, simples, derivado e primitivo. Os substantivos são flexionados em gênero, número e grau.
    As palavras da Língua Portuguesa são classificadas entre dez classes gramaticais: preposição, pronome, interjeição, artigo, substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção e numeral. Dentre todas , a mais numerosa é a dos substantivos.

    O substantivo é uma classe de palavras responsável por nomear seres, objetos, ações, sentimentos, lugares, ideias, etc. São flexionados em gênero, número e grau e classificados por tipos, por exemplo: substantivo comum, substantivo coletivo e substantivo próprio. Desta forma, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma variável que existe para dar nome:

    • às pessoas (José, Carlos, João, Maria…); às qualidades (a beleza da natureza, a teimosia da garota, a magnitude da vida…);
    • aos sentimentos (raiva, amor, rancor…);
    • aos objetos (lâmpada, sapato, caixa, cigarro…);
    • aos lugares (escritório, apartamento, corredor, rodoviária, Paraguai, Recife…);
    • aos seres reais e imaginários (duende, fada, gato, cachorro…);
    • às ações (tapa, corrida, movimento…).
    • Os substantivos podem ser precedidos por numerais (um menino), pronomes (o menino), ou adjetivos (lindo menino).
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    Quais são os tipos de substantivos?

    Segundo a norma culta, os substantivos são classificados em nove tipos diferentes: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e primitivo.

    Substantivo comum

    O substantivo comum refere-se a qualquer objeto ou ser de uma determinada espécie sem particularizá-lo. Exemplos:

    • homem;
    • cachorro;
    • vaca;
    • caneca;
    • revista;
    • cidade.

    Substantivo próprio

    O substantivo próprio particulariza e destaca algum ser em particular dentro de determinada espécie. Geralmente, é escrito com letra maiúscula. Exemplos:

    • José;
    • Tailândia;
    • Sergipe;
    • Atlético.

    Substantivo coletivo

    O substantivo coletivo designa um conjunto ou pluralidade de seres da mesma espécie.Exemplos:

    • fauna;
    • multidão;
    • alcateia;
    • bosque;
    • manada.

    Substantivo abstrato

    O substantivo abstrato é responsável por nomear ações, qualidades, sentimentos e estados que dependem de outro ser concreto para que existam. Exemplos:

    • beleza;
    • coragem;
    • ensino;
    • pobreza;
    • alegria.

    Substantivo concreto

    O substantivo concreto nomeia seres que possuem existência própria e independente.Exemplos:

    • caneta;
    • mulher;
    • leão;
    • zebra.

    Substantivo composto

    O substantivo composto é formado por mais de um elemento, por meio da “composição de palavras”.Exemplos:

    • asa-delta;
    • couve-flor;
    • guarda-roupa.

    Substantivo simples

    O substantivo simples representa nomes formados por apenas uma palavra. Exemplos:

    • areia;
    • sapato;
    • ar;
    • amizade;
    • cheiro.

    Substantivo derivado

    O substantivo derivado é formado a partir de outras palavras.

    Exemplos:

    • biblioteca;
    • noitada;
    • aguaceiro;
    • pedregulho.

    Substantivo primitivo

    Ao contrário do derivado, o substantivo primitivo é único e não deriva de outras palavras, mas pode originar diferentes termos. Exemplos:

    • revista;
    • dia;
    • água;
    • moita.

    Como você pode perceber, é possível que um mesmo substantivo possua diversas classificações diferentes.

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    Flexão do substantivo

    O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo e aumentativo). Muitas dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na nossa rotina. A palavra “macaco”, por exemplo (que é singular e masculina), tem várias versões para indicar:

    • Plural: macacos.
    • Feminino: macaca.
    • Aumentativo: macacão.
    • Diminutivo: macaquinho.

    Como os substantivos são flexionados?

    Flexão de gênero

    Uma confusão comum entre quem está aprendendo sobre substantivos ocorre geralmente com os conceitos de “gênero” e “sexo”. Os gêneros se referem a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles dotados de sexo ou não. Por exemplo: o cão, a cadela, a mesa, a mulher, o caderno e o telefone.
    São considerados masculinos os substantivos que geralmente seguem os artigos:

    • “o”;
    • “os”;
    • “um”;
    • “uns”.

    Os femininos, por sua vez, costumam ser precedidos dos artigos:

    • “a”;
    • “as”;
    • “uma”;
    • “umas”.

    Determinados substantivos que se referem a pessoas ou animais apresentam uma discrepância entre gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma palavra masculina, mesmo que o termo esteja se referindo a uma pessoa do sexo feminino. O principal instrumento para classificar um substantivo quanto ao gênero é o artigo, responsável por diferenciar quando um substantivo como “estudante” é feminino ou masculino, visto que a palavra em si não deixa isso explícito.

    Na língua portuguesa existem dois gêneros e substantivos uniformes e biformes. São chamados de uniformes aqueles que têm uma forma única para ambos os gêneros, como é o caso dos comuns-de-dois, como “estudante”. Neles, o gênero precisa ser diferenciado pelo artigo, caso contrário, será desconhecido. Outros exemplos de substantivos que se comportam assim são:

    • a maquinista, o maquinista;
    • o dentista, a dentista;
    • o agente, a agente;
    • o colega, a colega;
    • o cliente, a cliente;
    • a doente, o doente;
    • o fã, a fã;
    • o gerente, a gerente;
    • a imigrante, o imigrante; e
    • a jornalista, o jornalista.

    São substantivos biformes a maioria daqueles que terminam em “o” e “a”, “ão” ou “ã”, “or”, “ês”, “l” e “z”. Existem também aqueles cuja última sílaba é “esa”, “essa” e “isa” e formações que não se encaixam em nenhum desses grupos.

    Dentro dos substantivos biformes existem palavras de formação irregular, como “ator”, “ateu”, “europeu”, “embaixador”, “avô”, “guri”, “rei”, “mandarim”, “judeu”, “galo”, “sultão” e “pigmeu”, por exemplo. Cada um desses tem uma forma particular de se transformar em substantivo feminino, respectivamente “atriz”, “ateia”, “europeia”, “embaixatriz”, “avó”, “guria”, “rainha”, “mandarina”, “judia”, “galinha”, “sultana” e “pigmeia”.

    Em tais casos, conhecendo ambas as palavras você conseguirá flexionar seu gênero. As principais substantivos biformes que são exclusivos para cada gênero abaixo:

    • homem, mulher
    • genro, nora;
    • boi, vaca;
    • cavalheiro, dama;
    • pai, mãe;
    • carneiro, ovelha;
    • zangão, abelha;
    • bode, cabra;
    • cavalo, égua; e
    • cavaleiro, amazona;

    Dentre os substantivos biformes existem aqueles que significam coisas distintas quando aplicados em um gênero diferente. Isso é algo importante de se saber porque pode mudar drasticamente o sentido das suas frases. Por exemplo:

    • Entrou com o capital para se tornar sócio da empresa (dinheiro);
    • São Paulo não é a capital do Brasil, mas sim sua maior cidade (localização);
    • José é o cabeça do negócio (chefe);
    • A minha cabeça está doendo (parte do corpo);
    • Há muito tempo não ouço o rádio (aparelho); e
    • Adoro sintonizar essa rádio (estação).
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    Flexão de número

    A flexão substantiva de número trata-se de colocá-los no singular ou no plural. Na língua portuguesa, o plural de maneira geral é demonstrado com a inclusão da letra “s” no fim das palavras, entretanto há exceções para essa regra. Se o plural de “menino” é “meninos” e o plural de “pessoa” é “pessoas”, a mesma regra não pode ser dita para aquelas palavras que terminam com as letras “al”, “el”, “ol” e “ul”. Nessas devemos trocar a letra “l” por “is”. Desta forma:

    • jornal – jornais;
    • papel – papéis;
    • barril – barris;
    • anzol – anzóis;
    • anel – anéis; e
    • azul – azuis;

    Entretanto, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com qualquer letra do idioma existem exceções também naqueles cujas últimas letras são “r” e “z”. Para flexioná-los deve-se adicionar o sufixo “es”:

    • dor – dores;
    • amor – amores;
    • luz – luzes; e
    • cruz – cruzes;

    Se existem paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por tal motivo palavras como “ônibus” são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x” também não variam, portanto “o xérox” e “os xérox” são a maneira correta de se escrever. Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo “es” para se tornarem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que flexiona-se como “países”.

    Todos os substantivos que terminam em “n” formam plural em “es” ou “s”, como “pólen” e “pólens”, por exemplo. Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do “ens”, como “armazém” que vira “armazéns”. Tudo terminado em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende da palavra que estamos flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira “pães” e “cidadão” vira “cidadãos”.

    Flexão de grau

    A flexão de grau identifica a grandeza de um determinado substantivo. Ou seja, o seu aumentativo. Ela existe para que não haja a necessidade de se fazer construções como “ele era um boi grande” o tempo todo. E para que possamos, em seu lugar, optar pelo simples “ele era um boizão”. Apesar de comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, também podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando queremos indicar pequeneza.

    Portanto, os dois graus do substantivo são aumentativo e diminutivo. Mas ainda que, na flexão, a nossa tendência seja estudá-los enquanto componentes das palavras eles também podem aparecer associados a elas. Uma “menininha” é a forma sintética de dizer “menina pequena”, que, por sua vez, é a forma analítica de expressar a mesma grandeza. Alguns dos exemplos de flexão de grau mais comuns são:

    • boca – bocarra – boquinha;
    • amigo – amigão – amiguinho;
    • moça – mocetona – moçoila; e
    • povo – povaréu – poviléu.
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    A qual área da gramática o substantivo pertence?

    Os substantivos pertencem à morfologia, área responsável por estudar a formação, estruturação, flexão e classificação de todas as palavras da língua portuguesa.

    Um diferencial dessa área é que ela realiza um estudo detalhado de palavras e termos isolados, e não agrupados em frases, orações ou períodos. A análise morfológica é responsável por catalogar todas as palavras que conhecemos naquelas dez classes gramaticais que você viu na introdução.

    Quais são as funções sintáticas dos substantivos?

    Você já sabe que a língua portuguesa possui uma quantidade muito grande de substantivos que podem assumir funções diferentes, dependendo do contexto em que se encontram.
    A função sintática de cada substantivo representa o papel que aquela palavra desempenha dentro de uma oração, levando em consideração todas as outras palavras que o acompanham naquele contexto (diferente da morfologia, que estuda o substantivo sozinho). Sendo assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções sintáticas:

    • Sujeito (Antônio foi embora; cigarros causam doenças);
    • Predicativo (ela é um amor; o primeiro colocado foi Pedro);
    • Objeto (preciso de um lápis novo; procurei algumas flores lá fora);
    • Complemento nominal (a leitura do artigo é necessária para a prova);
    • Vocativo (Mãe, vamos embora!);
    • Adjunto (o rosto de Luís é muito bonito; comprei arroz no supermercado);
    • Aposto (Laura, a vítima, desmaiou na hora);
    • Agente da passiva (Foi assaltado por aquele rapaz).