Substantivo é o termo responsável por nomear objetos, seres, lugares, ações, etc. Existem 9 tipos de substantivos: próprio, comum, abstrato, coletivo, concreto, composto, simples, derivado e primitivo. Os substantivos são flexionados em gênero, número e grau.
As palavras da Língua Portuguesa são classificadas entre dez classes gramaticais: preposição, pronome, interjeição, artigo, substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção e numeral. Dentre todas , a mais numerosa é a dos substantivos.

O substantivo é uma classe de palavras responsável por nomear seres, objetos, ações, sentimentos, lugares, ideias, etc. São flexionados em gênero, número e grau e classificados por tipos, por exemplo: substantivo comum, substantivo coletivo e substantivo próprio. Desta forma, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma variável que existe para dar nome:

  • às pessoas (José, Carlos, João, Maria…); às qualidades (a beleza da natureza, a teimosia da garota, a magnitude da vida…);
  • aos sentimentos (raiva, amor, rancor…);
  • aos objetos (lâmpada, sapato, caixa, cigarro…);
  • aos lugares (escritório, apartamento, corredor, rodoviária, Paraguai, Recife…);
  • aos seres reais e imaginários (duende, fada, gato, cachorro…);
  • às ações (tapa, corrida, movimento…).
  • Os substantivos podem ser precedidos por numerais (um menino), pronomes (o menino), ou adjetivos (lindo menino).
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Quais são os tipos de substantivos?

Segundo a norma culta, os substantivos são classificados em nove tipos diferentes: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e primitivo.

Substantivo comum

O substantivo comum refere-se a qualquer objeto ou ser de uma determinada espécie sem particularizá-lo. Exemplos:

  • homem;
  • cachorro;
  • vaca;
  • caneca;
  • revista;
  • cidade.

Substantivo próprio

O substantivo próprio particulariza e destaca algum ser em particular dentro de determinada espécie. Geralmente, é escrito com letra maiúscula. Exemplos:

  • José;
  • Tailândia;
  • Sergipe;
  • Atlético.

Substantivo coletivo

O substantivo coletivo designa um conjunto ou pluralidade de seres da mesma espécie.Exemplos:

  • fauna;
  • multidão;
  • alcateia;
  • bosque;
  • manada.

Substantivo abstrato

O substantivo abstrato é responsável por nomear ações, qualidades, sentimentos e estados que dependem de outro ser concreto para que existam. Exemplos:

  • beleza;
  • coragem;
  • ensino;
  • pobreza;
  • alegria.

Substantivo concreto

O substantivo concreto nomeia seres que possuem existência própria e independente.Exemplos:

  • caneta;
  • mulher;
  • leão;
  • zebra.

Substantivo composto

O substantivo composto é formado por mais de um elemento, por meio da “composição de palavras”.Exemplos:

  • asa-delta;
  • couve-flor;
  • guarda-roupa.

Substantivo simples

O substantivo simples representa nomes formados por apenas uma palavra. Exemplos:

  • areia;
  • sapato;
  • ar;
  • amizade;
  • cheiro.

Substantivo derivado

O substantivo derivado é formado a partir de outras palavras.

Exemplos:

  • biblioteca;
  • noitada;
  • aguaceiro;
  • pedregulho.

Substantivo primitivo

Ao contrário do derivado, o substantivo primitivo é único e não deriva de outras palavras, mas pode originar diferentes termos. Exemplos:

  • revista;
  • dia;
  • água;
  • moita.

Como você pode perceber, é possível que um mesmo substantivo possua diversas classificações diferentes.

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Flexão do substantivo

O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo e aumentativo). Muitas dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na nossa rotina. A palavra “macaco”, por exemplo (que é singular e masculina), tem várias versões para indicar:

  • Plural: macacos.
  • Feminino: macaca.
  • Aumentativo: macacão.
  • Diminutivo: macaquinho.

Como os substantivos são flexionados?

Flexão de gênero

Uma confusão comum entre quem está aprendendo sobre substantivos ocorre geralmente com os conceitos de “gênero” e “sexo”. Os gêneros se referem a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles dotados de sexo ou não. Por exemplo: o cão, a cadela, a mesa, a mulher, o caderno e o telefone.
São considerados masculinos os substantivos que geralmente seguem os artigos:

  • “o”;
  • “os”;
  • “um”;
  • “uns”.

Os femininos, por sua vez, costumam ser precedidos dos artigos:

  • “a”;
  • “as”;
  • “uma”;
  • “umas”.

Determinados substantivos que se referem a pessoas ou animais apresentam uma discrepância entre gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma palavra masculina, mesmo que o termo esteja se referindo a uma pessoa do sexo feminino. O principal instrumento para classificar um substantivo quanto ao gênero é o artigo, responsável por diferenciar quando um substantivo como “estudante” é feminino ou masculino, visto que a palavra em si não deixa isso explícito.

Na língua portuguesa existem dois gêneros e substantivos uniformes e biformes. São chamados de uniformes aqueles que têm uma forma única para ambos os gêneros, como é o caso dos comuns-de-dois, como “estudante”. Neles, o gênero precisa ser diferenciado pelo artigo, caso contrário, será desconhecido. Outros exemplos de substantivos que se comportam assim são:

  • a maquinista, o maquinista;
  • o dentista, a dentista;
  • o agente, a agente;
  • o colega, a colega;
  • o cliente, a cliente;
  • a doente, o doente;
  • o fã, a fã;
  • o gerente, a gerente;
  • a imigrante, o imigrante; e
  • a jornalista, o jornalista.

São substantivos biformes a maioria daqueles que terminam em “o” e “a”, “ão” ou “ã”, “or”, “ês”, “l” e “z”. Existem também aqueles cuja última sílaba é “esa”, “essa” e “isa” e formações que não se encaixam em nenhum desses grupos.

Dentro dos substantivos biformes existem palavras de formação irregular, como “ator”, “ateu”, “europeu”, “embaixador”, “avô”, “guri”, “rei”, “mandarim”, “judeu”, “galo”, “sultão” e “pigmeu”, por exemplo. Cada um desses tem uma forma particular de se transformar em substantivo feminino, respectivamente “atriz”, “ateia”, “europeia”, “embaixatriz”, “avó”, “guria”, “rainha”, “mandarina”, “judia”, “galinha”, “sultana” e “pigmeia”.

Em tais casos, conhecendo ambas as palavras você conseguirá flexionar seu gênero. As principais substantivos biformes que são exclusivos para cada gênero abaixo:

  • homem, mulher
  • genro, nora;
  • boi, vaca;
  • cavalheiro, dama;
  • pai, mãe;
  • carneiro, ovelha;
  • zangão, abelha;
  • bode, cabra;
  • cavalo, égua; e
  • cavaleiro, amazona;

Dentre os substantivos biformes existem aqueles que significam coisas distintas quando aplicados em um gênero diferente. Isso é algo importante de se saber porque pode mudar drasticamente o sentido das suas frases. Por exemplo:

  • Entrou com o capital para se tornar sócio da empresa (dinheiro);
  • São Paulo não é a capital do Brasil, mas sim sua maior cidade (localização);
  • José é o cabeça do negócio (chefe);
  • A minha cabeça está doendo (parte do corpo);
  • Há muito tempo não ouço o rádio (aparelho); e
  • Adoro sintonizar essa rádio (estação).
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Flexão de número

A flexão substantiva de número trata-se de colocá-los no singular ou no plural. Na língua portuguesa, o plural de maneira geral é demonstrado com a inclusão da letra “s” no fim das palavras, entretanto há exceções para essa regra. Se o plural de “menino” é “meninos” e o plural de “pessoa” é “pessoas”, a mesma regra não pode ser dita para aquelas palavras que terminam com as letras “al”, “el”, “ol” e “ul”. Nessas devemos trocar a letra “l” por “is”. Desta forma:

  • jornal – jornais;
  • papel – papéis;
  • barril – barris;
  • anzol – anzóis;
  • anel – anéis; e
  • azul – azuis;

Entretanto, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com qualquer letra do idioma existem exceções também naqueles cujas últimas letras são “r” e “z”. Para flexioná-los deve-se adicionar o sufixo “es”:

  • dor – dores;
  • amor – amores;
  • luz – luzes; e
  • cruz – cruzes;

Se existem paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por tal motivo palavras como “ônibus” são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x” também não variam, portanto “o xérox” e “os xérox” são a maneira correta de se escrever. Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo “es” para se tornarem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que flexiona-se como “países”.

Todos os substantivos que terminam em “n” formam plural em “es” ou “s”, como “pólen” e “pólens”, por exemplo. Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do “ens”, como “armazém” que vira “armazéns”. Tudo terminado em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende da palavra que estamos flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira “pães” e “cidadão” vira “cidadãos”.

Flexão de grau

A flexão de grau identifica a grandeza de um determinado substantivo. Ou seja, o seu aumentativo. Ela existe para que não haja a necessidade de se fazer construções como “ele era um boi grande” o tempo todo. E para que possamos, em seu lugar, optar pelo simples “ele era um boizão”. Apesar de comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, também podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando queremos indicar pequeneza.

Portanto, os dois graus do substantivo são aumentativo e diminutivo. Mas ainda que, na flexão, a nossa tendência seja estudá-los enquanto componentes das palavras eles também podem aparecer associados a elas. Uma “menininha” é a forma sintética de dizer “menina pequena”, que, por sua vez, é a forma analítica de expressar a mesma grandeza. Alguns dos exemplos de flexão de grau mais comuns são:

  • boca – bocarra – boquinha;
  • amigo – amigão – amiguinho;
  • moça – mocetona – moçoila; e
  • povo – povaréu – poviléu.
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A qual área da gramática o substantivo pertence?

Os substantivos pertencem à morfologia, área responsável por estudar a formação, estruturação, flexão e classificação de todas as palavras da língua portuguesa.

Um diferencial dessa área é que ela realiza um estudo detalhado de palavras e termos isolados, e não agrupados em frases, orações ou períodos. A análise morfológica é responsável por catalogar todas as palavras que conhecemos naquelas dez classes gramaticais que você viu na introdução.

Quais são as funções sintáticas dos substantivos?

Você já sabe que a língua portuguesa possui uma quantidade muito grande de substantivos que podem assumir funções diferentes, dependendo do contexto em que se encontram.
A função sintática de cada substantivo representa o papel que aquela palavra desempenha dentro de uma oração, levando em consideração todas as outras palavras que o acompanham naquele contexto (diferente da morfologia, que estuda o substantivo sozinho). Sendo assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções sintáticas:

  • Sujeito (Antônio foi embora; cigarros causam doenças);
  • Predicativo (ela é um amor; o primeiro colocado foi Pedro);
  • Objeto (preciso de um lápis novo; procurei algumas flores lá fora);
  • Complemento nominal (a leitura do artigo é necessária para a prova);
  • Vocativo (Mãe, vamos embora!);
  • Adjunto (o rosto de Luís é muito bonito; comprei arroz no supermercado);
  • Aposto (Laura, a vítima, desmaiou na hora);
  • Agente da passiva (Foi assaltado por aquele rapaz).

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