Categoria: Morfologia

  • Substantivo sobrecomum

    Substantivo sobrecomum

    substantivo sobrecomum é um tipo de substantivo uniforme, ou seja, que apresenta somente um termo para os dois gêneros (masculino e feminino).

    Ele é utilizado para nomear pessoas, por exemplo, a palavra “neném”, utilizada para os dois gêneros: a neném menino; a neném menina.

    Lista de substantivos sobrecomuns

    • a testemunha;
    • o carrasco;
    • o algoz;
    • a pessoa;
    • o anjo;
    • o monstro;
    • a estrela de cinema;
    • o indivíduo;
    • a criança;
    • o ente;
    • a criatura;
    • o neném;
    • o ser;
    • o defunto;
    • o verdugo;
    • o apóstolo;
    • a vítima;
    • o cônjuge;
    • o ídolo;
    • o gênio;

    Exemplos de uso dos substantivos sobrecomuns

    Vítima

    • A vítima é um homem de trinta anos.
    • A vítima é uma mulher de trinta anos.

    Anjo

    • Meu aluno é um anjo!
    • Minha aluna é um anjo!

    Gênio

    • Aquele garoto é um gênio.
    • Aquela garota é um gênio.

    Defunto

    • Ficou evidente que o defunto era de Bruno.
    • defunto descoberto no sítio era de Joana.

    A estrela (de cinema)

    • Arnold é uma grande estrela do cinema desde a juventude.
    • Angelina Jolie é uma estrela de cinema e uma mulher linda.

    O membro

    • Julio foi membro do exército na Primeira Guerra Mundial.
    • Patrícia era membro do grupo de estudos em sua cidade natal.

    O monstro

    • Naquela manhã chuvosa, Felipe parecia um monstro.
    • Julia estava igual um monstro após a operação.

    A pessoa

    • Ele é a pessoa mais dócil que já conheci.
    • Ela é a pessoa mais agradável do trabalho.

    A testemunha

    • Rodrigo foi testemunha do crime passional.
    • Cristina foi testemunha do roubo que aconteceu no banco.

    Como distinguir os gêneros?

    Para haver distinção de gênero com os substantivos sobrecomuns é necessário que sejam fornecidas indicações de pertencerem ao sexo masculino ou ao sexo feminino:

    • A vítima foi uma criança do sexo masculino.
    • O cônjuge do sexo feminino deu início ao processo de divórcio.

    Diferença entre substantivos sobrecomuns e comuns de dois gêneros

    Tanto os substantivos sobrecomuns como os substantivos comuns de dois gêneros apresentam um só gênero para o masculino e para o feminino.

    A diferença é…
    nos substantivos sobrecomuns não há marca de distinção de gênero;
    nos substantivos comuns de dois gêneros a distinção de gênero é feita através de artigos (o, a, um, uma) e outros determinantes (aquele, esta, meu,…).

    Substantivos sobrecomuns:

    • o cônjuge;
    • o indivíduo;
    • a pessoa;
    • o ídolo;
    • a testemunha;

    Substantivos comuns de dois gêneros:

    • o dentista – a dentista;
    • o colega – a colega;
    • o gerente – a gerente;
    • o jovem – a jovem;
    • o estudante – a estudante;

    Diferença entre substantivos sobrecomuns e epicenos

    Tanto os substantivos sobrecomuns como os substantivos epicenos apresentam um só gênero para o masculino e para o feminino, não havendo marca de distinção de gênero.

    A diferença é…
    os substantivos sobrecomuns nomeias pessoas;
    os substantivos epicenos nomeiam animais.

    Substantivos sobrecomuns:

    • a criança;
    • a vítima;
    • a criatura;
    • o defunto;
    • o ser;

    Substantivos epicenos:

    • a baleia;
    • a cobra;
    • a barata;
    • o boto;
    • o jacaré;
    • o polvo;

    Exercício

    (UFSC) Há substantivos que têm um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos. Uma das alternativas seguintes constituída de três substantivos desta espécie é:

    a) A criança, a vítima, o selvagem.
    b) A criança, a testemunha, o agente.
    c) A vítima, a jovem, o parente.
    d) A criança, a vítima, o cônjuge.
    e) A testemunha, a patroa, o mestre.

    Para revelar a resposta selecione o texto a baixo que está em verde:

    Alternativa d) A criança, a vítima, o cônjuge.
    Os substantivos da alternativa correta são substantivos sobrecomuns, em que uma palavra é utilizada para os dois gêneros.

    Videoaulas

    Substantivo Sobrecomum

    Substantivo comum de dois gêneros, sobrecomum e epiceno

    Referências

    https://www.todamateria.com.br/substantivo-sobrecomum/
    https://www.normaculta.com.br/substantivo-sobrecomum/

  • Composição por justaposição

    Composição por justaposição

    Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos de composição:

    • composição por justaposição;
    • composição por aglutinação.

    Justaposição

    Justaposição é o processo que ocorre quando os elementos ou palavras estão lado a lado. Estar lado a lado significa que, quando são unidas duas ou mais palavras ou radicais, nenhuma delas é alterada sonora ou ortograficamente. Apesar de não haver alteração nas palavras que participaram da composição, o significado da nova palavra formada é próprio.

    Exemplos de palavras compostas por justaposição

    • mandachuva;
    • roda-viva;
    • fim de semana;
    • cor-de-rosa;
    • água-de-colônia:
    • arco-íris;
    • chapéu de chuva;
    • peixe-espada;
    • girassol;
    • malmequer;
    • segunda-feira;
    • cavalo-marinho;
    • vaivém;
    • paraquedas;
    • pontapé;
    • amor-perfeito;
    • passatempo;
    • pé de moleque;
    • guarda-roupa;
    • madrepérola;
    • bem-me-quer;
    • beija-flor;
    • couve-flor;
    • pé-de-meia;
    • guarda-chuva;
    • varapau.
    • cachorro-quente;
    • saca-rolhas;

    Composição por Aglutinação

    Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos:

    • Pernalta
    • Planalto
    • Aguardente
    • Embora

    Videoaulas

    Formação de Palavras – Composição

    Composição por justaposição e aglutinação – Atualização da Aula 4 – Formação das Palavras

    Palavras compostas por JUSTAPOSIÇÃO

    Referências

    https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/composicao.htm
    https://www.normaculta.com.br/composicao-por-justaposicao/
    https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf6.php

  • Preposição

    Preposição

    Preposição é toda palavra variável que conecta dois ou mais termos da oração. Uma relação de subordinação onde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro.

    Em regra, na língua portuguesa, a palavra que precisa da utilização da preposição é chamada de antecedente ou regente, já a palavra introduzida é classificada como consequente ou regida.

    As preposições são elementos fundamentais para a produção de textos, uma vez que elas promovem uma maior compreensão e coerência diante do que é escrito.

    Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:

    • Complementos verbais: Obedeço “aos meus pais”.
    • Complementos nominais: continuo obediente “aos meus pais”.
    • Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”.
    • Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”.
    • Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi abordado por dois ladrões.

    Tipos e Exemplos de Preposições

    • Preposição de lugar: O carro veio de Curitiba.
    • Preposição de modo: Os homens eram colocados em cadeiras.
    • Preposição de tempoPor quatro anos ele morou lá.
    • Preposição de distânciaA oito quilômetros daqui passa uma estrada.
    • Preposição de causaCom a seca, o boi começou a adoecer.
    • Preposição de instrumento: Ele cortou a árvore com o facão.
    • Preposição de finalidade: A praça foi decorada para o evento.

    Classificação das preposições

    As preposições podem ser de dois tipos:

    1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.
    Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até…

    2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
    Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado…

    Locuções prepositivas

    Quando temos um grupo de palavras com valor e emprego de uma preposição, damos a esse conjunto o nome de locução prepositiva. As principais locuções prepositivas são constituídas de um advérbio ou de uma locução adverbial seguido da preposição dea e com. Alguns exemplos de locuções prepositivas estão na tabela a seguir:

    abaixo dede acordo comjunto a
    acerca dedebaixo dejunto de
    acima dede modo anão obstante
    a fim dedentro depara com
    à frente dediante depor baixo de
    antes deembaixo depor cima de
    a respeito deem cima depor dentro de
    atrás deem frente depor detrás de
    através deem razão dequanto a
    com respeito afora desem embargo de

    Combinação, Contração e Crase

    Importante notar que, algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Assim, quando na junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma combinação, por exemplo:

    • ao (a + o)
    • aos (a + os)
    • aonde (a + onde

    Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda fonética, teremos a chamada contração, por exemplo:

    • do (de + o)
    • dum (de + um)
    • desta (de + esta)
    • no (em + o)
    • neste (em + este)
    • nisso (em + isso)

    Por fim, toda fusão de vogais idênticas forma uma crase:

    • à = contração da preposição a + o artigo a
    • àquilo = contração da preposição a + a primeira vogal do pronome aquilo.

    Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a) e pro (para o). Essas palavras não pedem acento, já que se trata de palavras átonas. por exemplo:

    • Este é um país que vai pra frente.
    •  pra faculdade, e não pro bar!

    Resumo

    A preposição, apesar de não assumir uma função sintática na oração, liga os termos de uma sentença. Por isso ela é chamada de conectivo ou palavra relacional. O uso correto das preposições é muito importante para a construção de um texto coeso.

    Curiosidades

    A preposição ‘após’, em alguns casos, pode assumir a função de advérbio, com o sentido de atrás, depois.
    A expressão ‘dês’ é a mesma que ‘desde’, contudo ela acontece com pouca frequência em autores mais atuais.
    A expressão ‘trás’ é usada apenas em locuções adverbiais e prepositivas. Exemplo: por trás, para trás, para trás de.

    Videoaulas

    Interjeição, Conjunção e Preposição ♫ Paródia Show das Poderosas [Prof Noslen]

    PREPOSIÇÕES | Aula de Português para concursos, vestibulares, provas, ENEM

    PREPOSIÇÕES – Língua Portuguesa [Pablo Jamilk]

    Referências

    https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/preposicao
    https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/preposicao.htm
    https://www.portugues.com.br/gramatica/preposicoes.html
    https://www.todamateria.com.br/preposicao/

  • Pronomes pessoais oblíquos

    Pronomes pessoais oblíquos

    Os pronomes pessoais oblíquos são aqueles que se referem às pessoas do discurso tendo função de complemento (não de sujeito) na oração. Quando as pessoas do discurso (1ª, 2ª ou 3ª pessoa do singular ou do plural) são o sujeito da oração, trata-se do pronome pessoal reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles). No caso dos pronomes pessoais oblíquos, essas pessoas não assumem função de sujeito do enunciado, e sim de complemento (muitas vezes, de objeto direto ou indireto, por exemplo).

    Quais são os pronomes oblíquos?

    Confira os pronomes oblíquos de acordo com a pessoa do discurso:

     Pronomes pessoais oblíquos
    átono s (sem preposição)tônicos (com preposição)
    singularmemim, comigo
    teti, contigo
    lhe, o, a, seele, ela, si, consigo
    pluralnosnós, conosco
    vosvós, convosco
    lhes, os, as, seeles, elas, si, consigo

    Uso dos pronomes oblíquos átonos

    • os pronomes metenos, vos e se são empregados como objetos direto ou indireto: Exemplos: Eles me respeitam. (respeitar alguém – objeto direto) ou Entregaram-te o documento ontem. (entregar a alguém – objeto indireto).
    • os pronomes oaos e as são empregados como objetos diretos. Exemplo: Fechou-a e saiu. (fechou algo – objeto direto).
    • os pronomes lhe e lhes são empregados como objetos indiretos. Exemplo: Devolverei se estas coisas pertencerem-lhes. (pertencer a alguém – objeto indireto)

    Quando seguidos de verbos que terminam em –z-s ou –r, os pronomes o, aosas assumem as formas lolaloslas. Neste caso, a terminação verbal é retirada.

    Exemplos:

    • faz + o = fá-lo
    • comes + os = comê-los
    • estudar + a = estudá-la

    Mas, quando seguidos de verbos que terminam em som nasal, os pronomes assumes as formas nonanosnas:

    Exemplos:

    • leram + o = leram-no
    • retém + a = retém-na
    • põe + os = põe-nos
    • ouvem + as = ouvem-nas

    Uso dos pronomes oblíquos tônicos

    Precisam estar acompanhados de alguma preposição para que o enunciado faça sentido. Observe nos exemplos:

    Ele contou tudo para ti.

    Nesse enunciado, o sujeito da oração “ele” executou a ação (“contar”) ao complemento “para ti”, que representa a 2ª pessoa do singular. Por isso, “ti” é um pronome oblíquo. Como esse pronome necessariamente é acompanhado da preposição “para”, trata-se de um pronome oblíquo tônico.

    Elas virão até nós para descobrir isso.

    No enunciado, o sujeito “elas” realizará a ação (“vir”), e “nós” assume a função de complemento do enunciado (“até nós”), sendo, portanto, pronome oblíquo. Como vem acompanhado da preposição “até”, trata-se de um pronome oblíquo tônico.

    Nós podemos viajar com eles.

    No último enunciado, o sujeito “nós” realiza a ação (“poder viajar”), “eles” assume a função de complemento e está acompanhado da preposição (“com”). Assim, “eles” assume função de pronome oblíquo tônico.

    Outros pronomes pessoais

    Além dos pronomes pessoais do caso oblíquo, existem outros pronomes pessoais, como os pronomes pessoais do caso reto e os pronomes de tratamento.

    10 frases com pronomes oblíquos

    Para fixar este conteúdo, vamos observar algumas frases com pronomes oblíquos e suas classificações:

    • Eles a escutaram até o final. (pronome oblíquo átono)
    • Queriam-na como a principal estrela da noite. (pronome oblíquo átono)
    • Você não nos contou sobre isso. (pronome oblíquo átono)
    • Eu te liguei ontem, mas você não me atendeu. (pronome oblíquo átono)
    • Não nos vemos mais com tanta frequência. (pronome oblíquo átono)
    • Fiz tudo o que podia por eles. (pronome oblíquo tônico)
    • Vamos comigo ao parque? (pronome oblíquo tônico)
    • Vocês já conversaram com ela? (pronome oblíquo tônico)
    • Elas foram sem nós. (pronome oblíquo tônico)
    • Esse presente é para ti. (pronome oblíquo tônico)

    Exercícios

    1. (UFPR) Quais são as frases que têm o pronome oblíquo mal empregado?

    1. Ninguém falou-me jamais dessa maneira.
    2. Bons ventos o levem!
    3. Ele recordar-se-á com certeza do vexame sofrido.
    4. As pastas que perderam-se, não foram as mais importantes.
    5. Confesso que tudo me pareceu confuso.
    6. Me empreste o livro!
    7. Por que permitir-se-iam esses abusos?

    a) 1 – 4 – 6 – 7
    b) 2 – 3 – 5 – 7
    c) 1 – 2 – 3 – 6
    d) 3 – 4 – 5 – 6
    e) 1 – 3 – 5 – 7

    Selecione a palavra em branco a baixo para revelar a resposta, ou copie e cole em algum lugar:

    Alternativa a: 1 – 4 – 6 – 7.

    2. A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em qualquer outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a descobrir. Os mares parecem guardar as respostas sobre a origem da vida e uma potencial revolução para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e materiais para comunicações. Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conservação e o conhecimento da biodiversidade, e os especialistas sabem que ela é muitas vezes maior do que hoje conhecemos. Das planícies abissais — o verdadeiro fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfície da Terra — vimos menos de 1%. Hoje sabemos que essa planície, antes considerada estéril, está cheia de vida. Nos últimos anos, não só se fizeram novos registros, como também se descobriram novas espécies de peixes e invertebrados marinhos — como estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos. Em relação à pesca, porém, há más notícias. Pesquisadores alertam que diversidade não é sinônimo de abundância. Há muitas espécies, mas as populações, em geral, não são grandes.

    A mais ambiciosa empreitada para conhecer a biodiversidade dos oceanos é o Censo da Vida Marinha, que reúne 1.700 cientistas de 75 países e deverá estar pronto em 2010. Sua meta é inventariar toda a vida do mar, inclusive os micro-organismos, grupo que representa a maior biomassa da Terra. Uma pequena arraia escura, em forma de coração, é a mais nova integrante da lista de peixes brasileiros. Ela foi coletada entre os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, a cerca de 900 metros de profundidade. Como muitas espécies marinhas recém-identificadas, esta também é uma habitante das trevas.

    O mar oferece outros tipos de riqueza. Estudos feitos no exterior revelaram numerosas substâncias extraídas de animais marinhos e com aplicação comercial. Há substâncias de poderosa ação antiviral e até mesmo anticancerígena. Há também uma esponja cuja estrutura inspirou fibras óticas que transmitem informação com mais eficiência. Outros compostos recém-descobertos de bactérias são transformados em cremes protetores contra raios ultravioletas. Vermes que devoram ossos de baleias produzem um composto com ação detergente. Já o coral-bambu é visto como um substituto potencial para próteses ósseas.

    (Adaptado de Ana Lucia Azevedo. Revista O Globo. 19 de março de 2006, p.18-21)

    A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente está feita de modo INCORRETO em:

    a) parecem guardar as respostas = parecem guardá-las.

    b) que ocupa a maior parte da superfície da Terra = que a ocupa.

    c) oferece outros tipos de riqueza = oferece-os.

    d) revelaram numerosas substâncias = revelaram-nas.

    e) produzem um composto = produzem-lhe.

    Selecione o texto a baixo para revelar a resposta:

    Alternativa E. O complemento do verbo “produzir” não tem preposição. Portanto, o pronome que substitui o complemento é “produzem-no”.

    3. (Udesc) Assinale com V a colocação verdadeira e com F a colocação falsa dos pronomes oblíquos átonos, nos períodos abaixo:

    ( ) Ele tem dado-se muito bem com esse nosso clima.
    ( ) Talvez a luz contínua e ofuscante tenha-me afetado a visão.
    ( ) Ninguém retirara-se antes do encerramento do conclave.
    ( ) Tudo me parecia bem até que me alertaram do perigo que corria.
    ( ) Em se tratando de artes, preferimos sempre a divina música.
    ( ) Dir-se-ia que fatos dessa natureza não mais ocorreriam.
    A sequência correta de letras, de cima para baixo, é:

    a) F, F, V, F, V, V
    b) V, V, F, V, F, F
    c) F, V, F, V, V, V
    d) F, V, V, F, V, V
    e) V, F, F, V, F, F

    Selecione a resposta a baixo para revelar:

    Alternativa c: F, V, F, V, V, V

    4. Ensino que ensine

    Jogar com as ambiguidades, cultivar o improviso, juntar o que se pretende irreconciliável e dividir o que se supõe unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas como soluções e o inesperado como caminho são traços da cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por que não também manancial de grandes feitos, tanto na prática como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma ser o oposto dessa fecundidade indisciplinada: dogmas confundidos com ideias, informações sobrepostas a capacitações, insistência em métodos “corretos” e em respostas “certas”, ditadura da falta de imaginação. Nega-se voz aos talentos, difusos e frustrados, da nação. Essa contradição nunca foi tema do nosso debate nacional.

    Entre nós, educação é assunto para economistas e engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse construir escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a ver com falta de rigor ou com modismo pedagógico. E exige professorado formado, equipado e remunerado para cumprir essa tarefa libertadora.

    Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas soluções únicas, atenção para as formulações alternativas, as soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas, tão importante quanto o encontro de soluções. Em leitura e escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar, não de suprimir possibilidades de interpretação; defesa, crítica e revisão de ideias; obrigação de escrever todos os dias, formulando e reformulando sem fim. Em ciência, o despertar para a dialética entre explicações e experimentos e para os mistérios da relação entre os nexos de causa e efeito e sua representação matemática. Em história, e em todas as disciplinas, as transformações analisadas de pontos de vista contrastantes.

    Isso é educação. O resto é perda de tempo. (…) Quem lutará para que a educação no Brasil se eduque?

    (Roberto Mangabeira Unger, Folha de S. Paulo, 09/01/2007)

    Nosso sistema de ensino tem falhas estruturais; para revolucionar nosso sistema de ensino, seria preciso despir nosso sistema de ensino dos dogmas que norteiam nosso sistema de ensino.

    Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por

    a) revolucioná-lo – despi-lo – o norteiam

    b) o revolucionar – despi-lo – lhe norteiam

    c) revolucionar-lhe – despir-lhe – o norteiam

    d) revolucioná-lo – despir-lhe – norteiam-no

    e) o revolucionar – despir-lhe – o norteiam

    Selecione a resposta para revelar o texto em branco:

    Alternativa A. Todos os pronomes oblíquos substituem complementos sem preposição, por isso seriam “o”. Os verbos no infinitivo (“revolucionar” e “despir”) fazem com que o pronome seja colocado após o verbo e, por terminarem em -r, perdem essa consoante final e fazem com que o pronome “o” passe a ser “lo”, gerando as formas “revolucioná-lo” e “despi-lo”. Em relação ao último verbo, o pronome relativo “que” atrai o pronome oblíquo “o” e, portanto, temos a forma “que o norteiam”.

    Aulas em vídeos

    PRONOMES CASO RETO E OBLÍQUO

    Pronomes oblíquos

    PRONOME PESSOAL – Reto e Oblíquo l Português On-line

    Referências

    Pronomes Oblíquos
    https://www.todamateria.com.br/pronomes-obliquos/

    Pronomes pessoais oblíquos
    https://www.normaculta.com.br/pronomes-pessoais-obliquos/

    Pronomes pessoais oblíquos
    https://www.portugues.com.br/gramatica/pronomes-pessoais-obliquos.html

    Pronomes pessoais oblíquos
    https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/pronomes-pessoais-obliquos.htm

  • Pronomes pessoais do caso reto

    Pronomes pessoais do caso reto

    Os pronomes pessoais do caso reto são aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas.

    Pronomes pessoais retos

    1.ª pessoa do singular – eu
    2.ª pessoa do singular – tu
    3.ª pessoa do singular – eleela
    1.ª pessoa do plural – nós
    2.ª pessoa do plural – vós
    3.ª pessoa do plural – eleselas

    Exemplos de uso dos pronomes pessoais retos

    • Eu escrevi o texto.
    • Tu escreveste o texto.
    • Ele escreveu o texto.
    • Nós escrevemos o texto.
    • Vós escrevestes o texto.
    • Eles escreveram o texto.

    Eu entreguei a petição hoje. (sujeito)
    A beneficiada é ela. (predicativo)

    Os pronomes tu e vós também podem ter a função de vocativo:

    Tu, que sabes a matéria, vem à frente e ensina.
    “Ó vós, que não sabeis do Inferno, olhai, vinde vê-lo…!” (Cecília Meireles)

    Pronome Oblíquo

    Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou  indireto) ou complemento nominal. Por exemplo:

    Ofertaram-nos frutas. (objeto indireto)

    Os pronomes oblíquos variam de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.

    Vídeo-aulas

    Classes Gramaticais – Pronomes Pessoais retos

    Pronomes do caso reto

    Pronomes Pessoais dos Casos Reto e Oblíquo